Review | Supergirl 2x03/04/05 - Welcome to Earth/Survivors/Crossfire
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Supergirl
definitivamente está passando por um boa fase. Depois de começar a segunda
temporada com o pé direito, a série não parou de trazer melhorias positivas e
momentos marcantes. Seja com referências à antiga série da Mulher Maravilha ou
com a introdução de novos e promissores personagens, esse promete ser um ótimo
ano para a Garota de Aço.
Muito se passou nesses três episódios envolvendo tanto os
confrontos com os inimigos quanto o lado pessoal dos personagens, e eu quero
começar esta review falando deste segundo tópico. A primeira coisa que precisa
ser comentada é a sexualidade da Alex, e aí só me resta parabenizar tanto os
roteiristas quanto à intérprete Chyler Leigh. Representatividade é algo
muito importante, especialmente quando se fala em algo com um público tão amplo
e variado quanto o das séries de heróis, e a forma como retrataram isso foi
bem inteligente. De modo sutil, se desenvolvendo aos poucos e sem soar como
algo estereotipado, a maneira como a Alex entendeu, aceitou e expôs sua
sexualidade soou muito natural e convincente. Chyler merece os parabéns por sua
representação dessa situação como um todo, mas mais especificamente por aquele
último diálogo entre a sua personagem e a Maggie no bar. Ela conseguiu tornar
tudo aquilo muito real, e realmente expressou os sentimentos que a Alex estava
sentindo. Espero que o próximo passo, ela conversando sobre isso com a Kara,
seja tão bem feito quanto o que vimos até aqui.
E homossexualidade não foi o único assunto polêmico
retratado nestes episódios. Dois temas muito relevantes para o atual cenário
político norte americano (e de grande parte do mundo atual) foram explorados da
mesma forma sutil e inteligente: imigração e controle de armas. Uma coisa que
podemos perceber é que a série, infelizmente, tem medo de ir a fundo nesses temas. Talvez levando em conta uma possível repercussão negativa ou simplesmente não
querendo colocar uma carga política muito pesada em algo direcionado para todas
as idades, Supergirl evita dar muito
destaque para assuntos mais políticos e escolhe apenas tocar na superfície.
Independente da forma, o que importa aqui é que esses assuntos apareceram, e ao longo desses episódios vimos diferentes pontos de vista nos dois temas. Alguns se baseiam em fatos e outros em ideais, e ideias falsos sobre direitos. Alguns se baseiam em um discurso de aceitação e outros em um discurso de ódio. O paralelo com a recém-encerrada corrida presidencial americana é tão óbvio que não vou nem me aprofundar nisso, mas acho que já deu para entender o que a série quis fazer. Também vale mencionar que racismo e xenofobia foram temas citados ao longo dos episódios, e mesmo que tenham escolhido por não ir mais a fundo na parte política, é muito bom ver que a série realmente se esforça para tratar de assuntos relacionados à opressão.
Independente da forma, o que importa aqui é que esses assuntos apareceram, e ao longo desses episódios vimos diferentes pontos de vista nos dois temas. Alguns se baseiam em fatos e outros em ideais, e ideias falsos sobre direitos. Alguns se baseiam em um discurso de aceitação e outros em um discurso de ódio. O paralelo com a recém-encerrada corrida presidencial americana é tão óbvio que não vou nem me aprofundar nisso, mas acho que já deu para entender o que a série quis fazer. Também vale mencionar que racismo e xenofobia foram temas citados ao longo dos episódios, e mesmo que tenham escolhido por não ir mais a fundo na parte política, é muito bom ver que a série realmente se esforça para tratar de assuntos relacionados à opressão.
Mas nem só de polêmica vive Supergirl, e alguns personagens novos e extremamente relevantes
também marcaram esses episódios. Começando com a mais que especial participação
de Lynda Carter no papel de presidente dos EUA. As mais marcantes referências
foram o giro da Kara para se livrar do fogo, homenageando a forma como a Mulher
Maravilha da série televisiva trocava de roupa, e a fala da presidente se
referindo ao seu “outro jato” mais legal do que o Air Force One. Mas mais do
que referências, nós descobrimos que a atual presidente dos EUA é uma alienígena
disfarçada, e não tenho dúvidas de que isso vai trazer desdobramentos
interessantes.
Falando em futuro interessante, a Miss Marte não só apareceu na série, mas também já descobrimos que ela é, na verdade, da raça dos marcianos brancos, que escravizou e matou a raça do J’onn J’onzz. Se as interações entre os dois marcianos já tinham sido boas até aqui (e eu realmente gostei da forma como isso foi trabalhado), mal posso esperar para ver o que ele vai fazer quando descobrir a verdade.
Falando em futuro interessante, a Miss Marte não só apareceu na série, mas também já descobrimos que ela é, na verdade, da raça dos marcianos brancos, que escravizou e matou a raça do J’onn J’onzz. Se as interações entre os dois marcianos já tinham sido boas até aqui (e eu realmente gostei da forma como isso foi trabalhado), mal posso esperar para ver o que ele vai fazer quando descobrir a verdade.
Outro alienígena relevante é Mon-El, o Mike. Nos quadrinhos, ele é um personagem da Legião dos Super-Heróis, e eu realmente não estava
esperando sua introdução na série. Em alguns momentos sendo usado como gancho para
falar sutilmente sobre preconceito, em outros servindo de alívio cômico, o
personagem foi até agora uma boa adição para a série e espero que logo possamos
vê-lo em ação.
Agora comentando um pouco sobre as antagonistas destes
episódios: Scorcher, uma vilã pouco relevante dos Jovens Titãs que serviu mais
como plano de fundo para outros temas do que para qualquer outra
coisa; Roulette, vilã já conhecida para aqueles que assistiam Liga da Justiça
Sem Limites, a personagem foi bem mais marcante do que a anterior, com direito a
um diálogo ótimo entre ela e Supergirl e a uma promessa de retorno (que eu
espero que seja algo bem planejado e grandioso); por último, a mãe de Lena
Luthor, e o mais incrível aqui é justamente seu parentesco com a outra
personagem. Ela vem sendo o rosto do Cadmus para nós já um certo tempo, mas
agora que vimos mais de suas motivações e da sua forma de agir, a personagem está
se tornando mais interessante. Por enquanto a vilã da temporada está cumprindo
bem o seu papel.
A série está conseguindo balancear bem o andamento do enredo
com o desenvolvimento dos personagens, e a qualidade geral do que estamos vendo
é definitivamente maior do que aquilo que tínhamos no começo da temporada
passada. E digo ainda mais: Supergirl
é, no momento, a melhor série de heróis da parceria DC e CW. As outras estão em
momentos positivos também, mas parece que as histórias da Garota de Aço acharam
o ponto ideal para balancear ação, comédia e drama, fazendo com que os
episódios sejam realmente bons de assistir. Tomara que continue assim.