Review | Supergirl 2x06/07 - Changing/The Darkest Place

Supergirl não para de surpreender. Uma semana antes do grande crossover, a série está em um de seus melhores momentos até hoje e não parece que isso acaba tão cedo. Um dos maiores destaques até aqui está sendo o lado pessoal dos personagens, especialmente da Alex, e novamente a surpresa foi positiva. As conversas que ela e Kara tiveram no sexto episódio foram muito boas. Admito que houve um choque inicial da minha parte quando achei que a Kara estava reagindo de modo negativo à notícia, mas a explicação dela para sua forma de agir (a culpa que sentia por não dar espaço para sua irmã) me pareceu sincera.

Mas o que interessa mesmo são as interações entre Alex e Maggie, e aqui vieram mais momentos bons. Primeiro falando sobre a atuação, novamente sou obrigado a parabenizar a interprete da Alex, sua atuação nos momentos mais frágeis da personagem (em especial na sua conversa com a irmã após levar o fora) foi incrível e passou uma veracidade surpreendente. E no que se refere ao fato de que o casal não se uniu, tenho que admitir que fiquei feliz. O episódio seguinte já deixou claro o que eu esperava: elas não vão se afastar definitivamente. E é bom que tentem criar um relacionamento lentamente, esse casal em específico precisa ser bem trabalhado e explorado sem pressa. Não podem arriscar de estragar algo que está dando tão certo.

Falando em casais, eu não sei como me sinto em relação à Kara e Mon-El juntos. Ainda acho que ela não precisa de um interesse amoroso tão cedo, mas vamos ver como desenvolvem isso. Só espero que não façam algo apressado e com dramas desnecessariamente chatos, como foi na primeira temporada com ela e o James. Mas saindo um pouco desses relacionamentos positivos, também é necessário falar sobre o que está acontecendo entre os dois marcianos da série. Era óbvio que o fato de que a Miss Marte é uma marciana branca acabaria gerando problemas e raiva em J’onn, mas não imaginei que algo tão grande fosse acontecer tão rápido. E a informação de que ele está virando um marciano branco realmente me pegou de surpresa. Depois do relacionamento da Alex, essa é a história secundária que mais me interessa. Os roteiristas estão acertando no ritmo do desenvolvimento aqui também, e eu espero que isso se mantenha assim.

Já que o assunto é ritmo, a trama principal finalmente está se acelerando, o que é uma notícia muito boa. A série não teve muitos vilões interessantes até agora, então colocar o foco de vez no Cadmus definitivamente é o caminho certo. Claro que nem tudo é perfeito: a forma como Mike foi sequestrado foi muito mal feita; o Parasita que poderia ser um vilão promissor foi muito mal aproveitado, sendo já desintegrado; e a história do Jimmy como guardião realmente não me agrada. Mas nenhum desses problemas acaba sendo grande o bastante para tirar a atenção dos outros tantos acertos da série.

O Cadmus também merece a atenção que está recebendo devido à quantidade de perguntas interessantes que nos foram colocadas no último episódio: o que é o projeto Medusa? Será que o pai da Alex, de fato, estava ajudando ou aquilo era parte dos planos da mãe de Lena e Lex? Como eles sabiam sobre a Fortaleza da Solidão e o que era necessário para acessar suas informações? Muito mais promissores do que o projeto Myriad da temporada passada, o Cadmus está fazendo não uma, mas várias perguntas para as quais nós queremos respostas, e isso é um ponto positivo inegável. E olha que eu nem citei o Superman Ciborgue e a possibilidade de vermos a Supergirl sendo clonada. Talvez seja arriscado prometer tanto, mas se o início das histórias for alguma indicação de como será o fim, então não parece que é necessário se preocupar muito, basta esperar pelo próximo ótimo episódio.

Com o enredo principal mais promissor das séries da CW e com tramas secundárias muito bem planejadas e executadas, Supergirl se aproxima do final da primeira metade desta temporada com uma qualidade acima do esperado e promessas de coisas ainda melhores. Que venha o crossover!