Review | Once Upon a Time 6x06/07 - Dark Waters/Heartless
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Depois de um tropeço em seu quinto episódio, OUaT acabou surpreendendo positivamente
nos dois que o seguiram. Sem nada particularmente inovador, a série conseguiu
mais uma vez reciclar algo que já foi utilizado, só que desta vez de uma forma
bem mais interessante.
Dark Waters foi
pouco relevante para a temporada como um todo, mas o foco no (extremamente
confuso) passado do Capitão Gancho acabou sendo uma boa aposta. A introdução do
Capitão Nemo (Vinte Mil Léguas Submarinas) foi, com certeza, a melhor parte do
episódio, e eu gostaria que suas histórias ganhassem um pouco mais de espaço.
Apesar de o personagem não parecer se encaixar exatamente bem no contexto da
série, ele poderia ser o gancho para algumas histórias bem diferentes.
E se estamos falando do Killian, uma coisa que sempre é
verdade é que ele e a Emma têm conversas bem escritas. Os diálogos entre
eles não soam melosos ou repetitivos, e o amor deles não é perfeito como o dos
pais dela, o que faz com que tudo soe mais real e o casal seja, de fato, interessante. Isso ficou bem visível tanto neste episódio quanto no seguinte,
mais especificamente na cena em que os dois estão no cofre da Regina. Tomara
que nunca errem a mão com esses dois.
Diferente do sexto episódio, Heartless deu uma boa andada na história e colocou a Rainha Má
definitivamente no centro das atenções. Não vou me estender em elogios à atriz
novamente, até eu já acho que está ficando chato, mas a forma como ela está
trabalhando a personagem nesta temporada está incrível. Tão malvada quanto
antes, só que dessa vez mais cínica e cômica, a personagem não é a mesma que
víamos no começo da série, e isso é bem interessante. A Regina da primeira
temporada era maldosa porque sofreu no passado, e isso a afetou drasticamente. Já a Rainha Má da sexta temporada é a representação de tudo o que ela tinha de
ruim, só que sem nada para usar como compasso moral, sem nenhuma bondade ou
escrúpulo. Ela está mais cruel, e sua forma de agir e de falar mostram isso muito
bem. Ver a personagem em cena é a melhor parte da série.
E se gosto tanto de vê-la, não é surpresa que este episódio onde
ela colocou seu plano cruel em prática foi meu favorito da temporada até aqui.
A Maldição do Sono não é nada novo, mas a forma como foi utilizada é a minha
favorita (e a mais cruel) até agora. Esse é um bom exemplo onde um enredo
reciclado não se tornou algo negativo porque foi bem feito. Separar desse modo
o casal que deu início a todas essas histórias é uma ideia brilhante e tornou a
dinâmica da série bem mais interessante.
Outro ponto positivo foram os flashbacks envolvendo os Charmings. É impressionante
como depois de seis anos eles ainda conseguem criar interações inéditas entre o
David e a Branca, e mais incrível ainda é que as cenas não foram chatas. Fez
sentido ver isso neste momento logo antes deles serem separados. E falando em
separação novamente, a Belle colocou o Rumple em seu devido lugar. Toda vez que ela
dá um fora nele, eu comemoro como se fosse um gol. Assistir esta última conversa
deles gerou a mesma reação. A característica da personagem é ver o que está
além das aparências, o que faz com que ela seja uma das poucas a saber da
enorme fraqueza de Gold. E isso fica ainda mais interessante levando em conta
que ela é a única pessoa que pode esfregar isso na cara dele, humilhá-lo e
ainda sair viva em seguida. Vê-la o chamando de fraco foi quase tão bom quanto
ver a Rainha Má com o coração da Branca em suas mãos.
Conseguindo desenvolver tanto os personagens quanto o
enredo, os dois últimos episódios de OUaT
conseguiram animar e interessar o público. A impressão que fica é que se os cliffhangers e ameaças de morte já não são convincentes ou interessantes, pelo menos o caminho até o final feliz traz
algumas surpresas agradáveis para o público.