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Review | The Flash 2x22/23 - Invincible/The Race of His Life (Season Finale)


2x22 - Invincible


Para um episódio que veio com uma promessa enorme de ação e desfechos, fomos apresentados a algo bastante sonolento. Não, o episódio não foi ruim, foi apenas muito mais focado em conversas e tramas pessoais do que ação geral contra Zoom.

Logo de início vemos como o vilão está aterrorizando a cidade no maior estilo Slade Wilson, mas o grande foco são as batalhas internas dos personagens. Caitlin alucinando com Zoom, Barry com sua grande moral e confiança, Wally lutando para mostrar que é digno de ter sido salvo... Todas essas pequenas tramas tiveram grande espaço, ofuscando coisas que poderiam ter sido mais exploradas.


Outra promessa que o episódio fez foi a participação de Katie Cassidy como Sirene Negra. Confesso que não esperava muito da personagem em The Flash, mas foi justamente essa participação que me fez sofrer pela morte de Laurel em Arrow. A atriz pareceu mais confortável no papel de uma vilã e conseguiu convencer muito mais como Sirene Negra do que Canário Negro. Durante os primeiros trinta minutos, assistimos conversas, planos sendo feitos, mais conversas e o vilão tentando trazer a escuridão interior de Barry, no que pareceu bastante enrolação e repetitivo. Zoom deveria ter agido. Rápido. Essas desviadas morais que ele apresentou não foram bem vindas e tiraram todo o misticismo que foi colocado lá no início da temporada, quando espancou Barry e o arrastou pela cidade. O Zoom que se mostrou ao final da temporada parece apenas uma versão CW romantizada do personagem que eu esperei que ele fosse ser. Mas ainda assim é um vilão melhor que o Flash Reverso.

Por fim, temos a parceria Mercury-STAR Labs para impedir os meta-humanos trazidos por Zoom ao mesmo tempo em que Cisco vibra com o futuro: a destruição da Terra-2. Chegamos então ao ponto alto do episódio: um jantar de comemoração interrompido por Zoom, que sequestra Henry e o leva para a casa de infância de Barry. Aqui vemos outra falha que poderia ter ficado de fora a respeito do Zoom, a tentativa de forçar uma escuridão em Barry o leva a matar Henry na frente do herói apenas para provar que os dois possuem um passado extremamente semelhante.

Apesar do gancho já esperado para a Season Finale, o episódio não foi um dos melhores da série. Alguns pontos foram trabalhados extensamente, enquanto outros ficaram de lado, deixando o episódio desequilibrado e até cansativo.

P.S.: Dra. McGee mostrando que de fato não é burra e a reação do Wally ao ver que o Barry é o Flash foram os pontos altos de comédia do episódio. Só não vê quem não quer, né...



2x23 - The Race of His Life (Season Finale)



O episódio começa exatamente no ponto em que o anterior parou, e vemos um começo bastante sofrido no qual os personagens lidam com a morte de Henry, principalmente Barry, que está disposto a matar Zoom para vingar seu pai. Importante esse interesse do herói, porque é partindo desse sentimento gutural de vingança que mais da metade do episódio segue!

Após o enterro de Henry, Zoom aparece novamente, dessa vez para propor um desafio ao Flash: uma corrida para descobrir quem é o homem mais rápido vivo. Claro que não seria assim tão fácil, e rapidamente o Team Flash descobre que o plano de Zoom é coletar a energia gerada por ele e pelo Flash na corrida para iniciar um Magnetar, capaz de destruir todo o Multiverso em apenas um pulso energético. Claro que o Barry, motivado por sua raiva, decide que vai apostar a corrida, mas o Team decide que ele está incapaz de pensar racionalmente e o prendem em uma cela.

Acho que não preciso nem comentar o quão ruim essa ideia parece porque não só eles impedem o Flash de participar, como decidem impedir o vilão sozinhos usando dardos tranquilizantes. Depois do plano falhar miseravelmente e Joe ser capturado, Wally aparece no STAR Labs e liberta Barry na tentativa de salvar seu pai, e esse marca a corrida com Zoom. E é aí que tudo fica muito confuso...

Todos se lembram dos remanescentes temporais e como é confuso tudo isso, mas vou tentar explicar de uma maneira que fique fácil. Se Barry volta no tempo para o momento exato em que ele resolve voltar no tempo, mas ele não faz isso de verdade, ele acaba criando uma espécie de paradoxo no qual existem dois Flashes ao mesmo tempo. Fazer isso muitas vezes provoca a força de aceleração, que resolve mandar seus dementadores para corrigir o erro que foi criado. É isso que Zoom fez no começo do episódio, e essa é a mesma estratégia que Barry usa para continuar na corrida e destruir o Magnetar ao mesmo tempo. É assim que Barry derrota Zoom, matando-o sem matá-lo de verdade! A explicação que é dada ao Wally após a luta foi necessária para explicar ao público como tudo funcionou, porque se ficasse só na cena o episódio seria extremamente confuso.

Preciso comentar que os efeitos estão incríveis. A CW consegue fazer cenas muito boas envolvendo o Flash e seus vilões, principalmente corridas em câmera lenta, e nesse episódio não foi diferente. Por fim, dois pontos precisam ser abordados: o mistério do homem na máscara de ferro e o gancho para a terceira temporada. Após ser resgatado do covil de Zoom, finalmente vemos o rosto do Jay Garrick que Zoom mantinha preso, e ele é ninguém menos que Henry Allen da Terra-3. Isso também resolve outro problema, e Garrick é o responsável por levar Jesse e Harry de volta para a Terra-2.

Confesso que foi triste ver Harry partir... Essa temporada me fez criar grande afeição pelo personagem e espero que ele retorne na próxima como Harrison Wells, que nunca foi morto por Eobard Thawne. O que nos leva ao gancho: depois de todos os traumas sofridos por Barry, ele toma uma decisão impactante não só para a sua vida, mas para todo o Universo Televisivo da DC, abrindo brechas para corrigir erros de outras séries (oremos por Arrow), além da própria The Flash.

Sofrendo por todas suas perdas, Barry decide voltar no tempo e salvar Nora. Sim, ele resolve mudar toda a sua história ao impedir que o Flash Reverso a assassinasse. Isso implica em diversos fatores, como ele nunca se tornar o Flash e até mesmo não ter memória alguma de ter feito isso, algo que é explorado na saga Ponto de Ignição (leia mais aqui). Deixando tudo isso no ar, agora só nos resta esperar pela próxima temporada, que provavelmente só chega em outubro.

No geral, a segunda temporada de The Flash foi ousada, mas também irregular. Mostraram-se corajosos ao explorar um assunto tão complexo como o Multiverso e o fizeram de maneira admirável, provando que é possível trazer algo do tipo para o público mais leigo dos quadrinhos. Por outro lado, tivemos alguns problemas como episódios tediosos, falhas e previsibilidade de roteiro, além de pontas que poderiam ter sido mais exploradas (Supergirl, Legends of Tomorrow). Outra coisa que senti foi uma leve desconexão com o resto das séries, mas isso foi necessário dada a complexidade do roteiro que tentaram apresentar. Uma boa temporada, uma boa adaptação e uma grande ansiedade para a da próxima temporada.

The Flash 1629353945174642199

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