[Review] Supergirl 1x02 - Stronger Together
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A série da Supergirl começou da maneira que todos esperavam: uma história de
origem onde a personagem principal está descobrindo suas habilidades e
cometendo erros no processo. Não é diferente do que vimos em The Flash, mas parece
que dessa vez não teremos que esperar tanto para que as cosias comecem a ficar
interessantes.
Se olharmos com atenção, praticamente
todas as séries que se baseiam nos personagens da Marvel ou da DC tiveram um
começo lento. Com exceção de Demolidor, nós tivemos que acompanhar
episódios iniciais que iam desde simplesmente chatos e desinteressantes (os
primeiros de Arrow e The Flash) a séries que sofreram com episódios muito ruins
até fazerem uma reviravolta incrível no fim (Agents of S.H.I.E.L.D. e Gotham).
Depois de tudo isso, parece que os produtores aprenderam algumas lições. E ainda que este segundo episódio de Supergirl
não tenha sido fantástico, ele mostrou que não é por se tratar de um herói no
início da carreira que as coisas precisam ser chatas.
Mas é óbvio que a série ainda
está no começo e, por isso, tem certa propensão a cometer erros. A luta entre
Kara e Astra foi um ótimo exemplo disso: com uma coreografia ruim e erros visíveis
desde a luta no chão até a vergonha alheia que foi o momento em que elas
trocaram socos enquanto voavam. Outro exemplo de problema foi a cena na qual
eles descobriram que o alienígena se alimentava de produtos químicos. Tudo ali
soou extremamente forçado e artificial, e que me desculpe o ator interpretando
o agente que foi dar a notícia para a irmã da garota de aço, mas ele não deve
ganhar nenhum Emmy por sua atuação neste episódio.
Apesar desses problemas, o resto
do episódio teve um saldo positivo bem grande, com destaque para os efeitos especiais.
Se a luta aérea foi feia, todo o resto ficou bem bonito. Todas as vezes em que
os efeitos especiais precisaram ser usados, eles deram certo. E não tem
exemplo melhor do que o choque entre as visões de calor das kryptonianas, esse
momento foi bom demais. Outra cena muito boa, dessa vez relaciona à coreografia
de luta e não aos efeitos, foi o treinamento entre Kara e sua irmã. É até
estranho ver uma cena tão bem construída no mesmo episódio daquela citada
anteriormente, mas pelo menos isso mostra um potencial para acertar, o que é
muito bom em um começo de série.
Mesmo com esses pontos
positivos na produção existe algo que não pode ser negado: a garota de aço é o maior acerto da série.
Melissa Benoist está muito boa no papel e consegue ser convincente em todos os
momentos, desde as cenas mais dramáticas até aquelas mais descontraídas. Aliás,
as cenas de alívio cômico vêm sendo muito boas até aqui, parece que os
roteiristas já encontraram a quantidade certa de comédia que podem colocar na
série. E melhor ainda: já sabem em quais momentos isso deve acontecer. Outro
acerto grande na parte dos personagens é a chefe da Kara, Cat Grant. No piloto
ela já foi muito boa, mas neste episódio ela mostrou que não está lá só representando
o estereótipo de chefe chato, mas sim para contribuir com o andamento da série.
Mais Cat na série, por favor.
Com um episódio mais interessante
que o piloto, momentos engraçados na medida certa e algumas cenas muito
bem construídas, Supergirl parece
ser uma boa pedida para quem quer uma série de herói não tão dark e intensa como algumas atuais. Só
falta diminuírem um pouco o drama de novela mexicana para decolar de
vez.