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Resenha | A Garota na Teia de Aranha

A Garota na Teia de Aranha é o primeiro livro da nova parte da trilogia Millennium. A primeira parte escrita por Stieg Larsson foi...


A Garota na Teia de Aranha é o primeiro livro da nova parte da trilogia Millennium. A primeira parte escrita por Stieg Larsson foi um grande sucesso e atraiu consigo uma grande legião de fãs. Após a morte do autor, os fãs acreditaram que a história acabaria ali, porém, agora, nove anos depois do lançamento do terceiro livro, Lisbeth está de volta. Quem assume a criação dessa nova era da história é David Lagercrantz, que não deixa absolutamente nada a desejar.

Ao decorrer da leitura é inevitável não fazer comparações com o modo de escrever dos dois autores, porém o trabalho de David é esplendoroso em vários aspectos: ele consegue retomar aqueles personagens de maneira real, a quantidade de informações no livro é impressionante, a inserção de novos personagens fundamentais para a trama atual e o gancho para os próximos dois livros é bem construído durante toda a trama. Contudo, a história de David é mais “enxugada”, a gama de personagens diminui, as tramas não são mais tão profundas e tudo ocorre de forma rápida. Nada impede o bom desenvolvimento dessas trama, mas fica claro que, apesar de Lisbeth estar de volta, não teremos totalmente o que tínhamos antes. A escrita muito bem amarrada e pensada de Stieg faz muita falta.

David trás com bastante esperteza o tema de invasão digital e roubo de informações. A revista Millennium está à beira da falência, Mikael Blomkvist caiu no esquecimento desde o último escândalo investigado por ele, Lisbeth Salander já não dá as caras há muito tempo e ninguém sabe do seu paradeiro. Diferentemente dos primeiros livros, o escândalo que norteia toda a história não envolve só a Suécia. Inserir os Estados Unidos e toda essa polêmica de tráfego de informações digitais prova a audácia de David e que ele quer entregar algo à altura dos fãs da série.

Depois de uma denúncia e um pedido de socorro do que pode ser o seu próximo escândalo, Mikael descobre que Frans Balder tem informações vitais aos Estados Unidos. O que ele não contava é que Lisbeth já estava em contato com Balder e já investigava, por conta própria, as denúncias que ele havia feito. Lisbeth e Mikael se esbarrarão no decorrer do livro e terão mais um mistério para resolver.

A crítica social e profunda que Larsson carregava em seus livros, aqui já não existe mais. O enfoque neste é dar continuidade a uma boa história, sendo essa um pouco mais leve que a primeira. A Garota na Teia de Aranha é um ótimo livro e resgata tudo aquilo que os fãs estavam sentindo falta. Com mais duas obras prometidas para 2017 e 2019, a nova aventura de Salander e Mikael está só começando.

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