Review | Penny Dreadful 3x02 - Predators Far and Near
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"Blood of my blood."
Penny é famosa não só por misturar os monstros mais conhecidos da literatura sobrenatural, mas também por enredar-nos plots concisos e que muitas vezes nos fazem surtar.
Tendo em vista isso, a temporada começou nos mostrando um pouco da história de
Ethan e como ele terá de agir sendo perseguido no Velho Oeste norte-americano.
E é neste episódio que a história dele é puxada para algo que até então não me
passava pela cabeça: a cultura apache. Claro que, se tratando do contexto
histórico, eles deveriam meio que citar isso, contudo me surpreendi bastante
quando vemos Kaetenay (o velho apache que recruta Sir Malcolm) usando de magia indígena
para contatar Ethan. Além disso, ele também nos conta sua história, que lembra
muito a relação de Malcolm com Vanessa.
Do outro lado do oceano, vemos que
Ethan consegue fugir de seus captores após se transformar e ver Hecate na noite
ajudando-o. O mais intrigante é a citação ao “velho demônio” que ele pergunta a uma senhora indígena, demônio este que todos desconhecem a localização. Mas ela também informa que provavelmente todos como Ethan morreram ou estão
morrendo na América. Alguém sabe dizer quem/o que é esse tal demônio que o
Chandler procura? Pois meus conhecimentos apaches são muito rasos ainda e só
neste episódio deu vontade de ver mais sobre o assunto na série.
Já em Londres, algumas coisas estranhas andam acontecendo
para variar. O episódio começa com Lily (ou Brona) e Dorian invadindo uma
sessão de bondage da época, que terminaria em morte. Depois nos é
explicado o fato das nossas criaturas terem feito um salvamento. Lily também
passou por isso e foi salva na sua antiga vida como Brona. Só que o casal tem
grandes planos para essa menina, que aceita a nova vida sem se importar com as
consequências. Visto aqui que Brona terminou virando p$t% nas ruas da cidade e
sem um teto, então acredito que saberemos um pouco mais do passado da
personagem já que ela foi salva “por uma boa alma” para chegar a este ponto.
Uma das cenas mais lindas foi no final, quando Lily vê
Victor do lado de fora de sua casa exercendo a obsessão por ela. “Você me criou assim como eu o criei”, diz
Lily a Victor não mais com ódio ou pena, mas com ternura no olhar, o alerta
para ele seguir em frente desse seu primeiro amor. Afinal, ela e Dorian têm
planos grandes (provavelmente envolvendo a garota) e que não será nada bonito
de se assistir segundo a própria personagem de Billie Piper. Pena que Victor
esteja convencido, graças a seu amigo Henry, que tem um
laboratório muito maior, mais esquisito e ainda a convicção de cura após alguns
sucessos como vemos neste episódio. Para Henry, criminosos malucos podem voltar
à sanidade e, quem sabe, até serem bons homens controlados, porém ainda não
confio nele.
Não menos importante, temos que falar sobre a Vanessa. Agora
que sabemos que Drácula está à solta e espionando-a em todos os cantos da
cidade, inclusive em suas sessões de terapia, a coisa fica muito mais séria
após a grande revelação no final do episódio. Mas seria algo meio esperado,
já que Ives nunca se envolve com ninguém sem motivo aparente. A pior parte até
então é ver que seu progresso psicológico está funcionando, e a primeira sessão
dela com a Dr. Seward não foi nada fácil para nenhuma das duas. Sinceramente, eu não sei o que pode vir por aí neste plot da Ives, mas a série é boa por isso
mesmo: nos segurar pelo mistério.