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[Fica a Dica] Especial: Três mangás para ler durante as férias de janeiro


É janeiro. É férias. E o que não pode faltar nesses dias em que não temos obrigações para cumprir? Uma boa leitura, óbvio. O Fica a Dica de hoje é especial por ser o primeiro do ano e também por ser o primeiro do site a falar sobre mangás. Então o que vem pela frente é uma curta lista com três mangás (já finalizados) para serem lidos do começo ao fim nesses tempos ociosos. As leituras indicadas são para qualquer pessoa que goste do gênero ou que nunca tenha lido e tenha interesse. Sendo assim, mesmo que você não goste muito dessa mídia é possível que tenha algo aqui que te faça mudar de ideia.


Os Cavaleiros do Zodíaco: Episódio G



É seguro afirmar que, aqui no Brasil, qualquer pessoa que goste de animes e mangás conhece Os Cavaleiros do Zodíaco. Você pode não gostar, ou pode simplesmente nunca ter lido/assistido, mas com certeza já ouviu falar. Os Cavaleiros do Zodíaco: Episódio G é um spin-off da série original de Masami Kurumada e conta o que aconteceu alguns anos antes daquilo que vimos na história de Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki. Com foco nos 12 cavaleiros de ouro que apareceram na saga clássica, esse mangá pode (e deve) ser lido mesmo por aqueles que não gostaram muito do que Kurumada apresentou em sua história.

O personagem principal dessa vez é o Cavaleiro de Ouro de Leão, Aiolia, e nós acompanhamos sua vida dentro do santuário na Grécia. Os primeiros capítulos, mais introdutórios, nos familiarizam com o nome do protagonista (que eu pessoalmente acho muito mais interessante que aquele da série original) e, principalmente, exploram a forma como ele lida com o fato de que seu irmão foi morto como traidor. Não demora muito para os confrontos começarem, e somos apresentados aqueles que serão os inimigos dessa saga: Cronos, Senhor do Tempo, e os Titãs.

Esse spin-off tem várias características marcantes, e a primeira que precisa ser comentada é o traço de Megumu Okada. Extremamente detalhista e diferente do original, os traços de Okada são motivo de divisão entre os fãs. Alguns acham que o excesso de detalhes atrapalha e não é possível entender muito do que acontece nas cenas de luta. Outros consideram esse estilo como o melhor entre todas as séries relacionadas a CDZ devido justamente aos detalhes. Eu, particularmente, adoro a arte desse mangá e acho que basta apenas olhar tudo com mais atenção e calma para entender o que está acontecendo. Aliás, atenção e calma também são necessárias para acompanhar o enredo. Muito mais complexo e denso do que o que é visto na obra original, esse mangá é recomendado para quem quer realmente ler o que está escrito ao invés de simplesmente olhar as imagens e ler um ou outro balão com nome de golpe. Para quem já gosta de Saint Seiya e por qualquer motivo nunca leu essa história, é preciso comentar que uma das melhores coisas nele é a atenção aos Cavaleiros de Ouro. Figurantes na maior parte da história original, aqui eles têm o merecido destaque. E todos têm suas personalidades e poderes explorados. É óbvio que uns mais do que outros, mas todos possuem um momento para brilhar.

Com personagens bem explorados, cenas de ação fantásticas e uma história muito bem contada, Os Cavaleiros do Zodíaco: Episódio G é uma ótima leitura para todos que querem um mangá cheio de lutas incríveis e personagens interessantes.


Claymore



Claymore é provavelmente o menos conhecido dessa lista e, com certeza, o mais violento dos três. Com uma quantidade considerável de Gore (cenas de violência física que envolvem sangue e/ou ferimentos graves), esse mangá pode não parecer a melhor opção para todos os públicos, mas se esse conteúdo não é problemático para você, então vale a pena dar uma chance para essa história.

O enredo se passa em um continente fictício baseado na Idade Média. Nesse lugar, as pessoas convivem com monstros chamados de Youmas, criaturas que se alimentam de órgãos internos dos seres humanos. Mais rápidos e fortes do que uma pessoa normal (e com a capacidade de tomar a forma daqueles que eles consomem), os Youmas são a grande ameaça a ser combatida e quem caça eles para proteger os humanos são as guerreiras chamadas de Claymores. Elas carregam uma enorme espada nas costas (uma Claymore, e daí o nome delas) e se caracterizam por trem olhos prateados, cabelos loiros ou brancos e orelhas pontudas. Elas são híbridos geneticamente modificados, uma mistura entre humanos e Youmas, e obedecem à Organização, uma entidade que protege as pessoas que podem pagar pelos seus serviços. Nós acompanhamos a história da mais fraca entre as guerreiras de olhos prateados, Claire, e o seu desenvolvimento como pessoa e como combatente.

Esse mangá tem um dos traços inicias mais feios que já vi, mas se vocês conseguirem ignorar esse detalhe e se atentar à história, o que verão é um dos mangás de ação mais incríveis dos últimos tempos (e a arte dele melhora muito eventualmente). Claymore também é a prova de que não é porque as personagens principais são mulheres adultas que o fan-service é necessário. Ecchi (cenas sensuais com nudez parcial e/ou completa) não é um elemento presente na história e sua falta não é sentida em nenhum momento. E falando na história, essa tem um dos desenvolvimentos mais interessantes que já li. É comum mangás de ação desenvolverem demais os poderes dos personagens e/ou alongarem bastante a história, de modo que as coisas começam a perder o sentido. Esse é um problema que não é visto aqui. A história que começa simples, vai evoluindo e ficando mais interessante sem nunca perder o sentido ou ficar absurda, de modo que o enredo flui muito naturalmente e o final vem da forma e na hora corretas. Outro ponto positivo são as personagens que vemos no decorrer da aventura de Claire. Elas são todas complexas e não se prendem aos clichês que costumam aparecer em quase todas as histórias. Assim, cada uma delas traz algo interessante e apenas acrescentam à ótima experiência que é acompanhar essa saga.

Com ótimas personagens, ação muito intensa e frequente e um enredo ótimo apresentado em ritmo certo, Claymore é uma leitura mais fácil que os outros dois e, com certeza, a opção para passar o tempo durante as férias.


Puella Magi Madoka Magica



Puella Magi Madoka Magica é, entre todos dessa lista, o mangá que mais vai te surpreender e te emocionar. Um tema muito comum entre mangás e animes são as garotas mágicas. Existem histórias fantásticas que possuem esse elemento em seu enredo (Sailor Moon e Cardcaptor Sakura são ótimos exemplos) e ele normalmente aparece de maneiras muito diferentes. As vezes com mais aventura e ação e outras com mais comédia. Mas independente da forma, esse é um tema bem recorrente. O que diferencia esse mangá dos outros é justamente o tanto que ele consegue inovar e fazer algo que eu nunca tinha visto dentro desse sub-gênero.

A história gira em torno de Madoka, uma garota até então normal que cruza com um ser mágico chamado Kyubey. Essa criatura oferece a ela e a sua amiga um acordo que parece interessante: qualquer desejo que elas tiverem será concedido por ele, desde que elas se tornem garotas mágicas e lutem contra as Bruxas que estão tentando destruir o mundo. E é depois desse começo genérico que começamos a perceber as diferenças entre essa série e outras parecidas; nenhuma das garotas mágicas que aparecem ao longo da série são menininhas ingênuas, que só querem saber de se divertir e salvam o mundo enquanto falam de meninos e sofrem para passar de ano. Cada personagem possui cicatrizes emocionais de diferentes proporções, e todas elas têm suas personalidades exploradas por completo. Elas não são totalmente boas e nem totalmente más, elas são seres humanos complexos que estão lidando com a situação em que se encontram da forma como conseguem. Elas dão risada, choram, lutam e morrem (cenas de Gore acontecem mais do que se esperaria), e nesse meio tempo o que vemos são algumas das personagens mais interessantes que uma série sobre garotas mágicas já produziu. O que começa como algo aparentemente simples evoluiu para uma série extremamente tocante, que explora de maneira incrível o psicológico de suas personagens e inova trazendo um conteúdo extremamente maduro para um tipo de mangá que é muito marcado por histórias mais cômicas ou despreocupadas.

Originalmente produzido em anime (disponível na Netflix) e depois adaptado para mangá, Puella Magi Madoka Magica é uma história de drama e ação com cenas violentas, lutas sangrentas e um enredo emocionante que vai te prender desde o começo.

Aproveite esse mês de férias com a nossa dica tripla.
Até a próxima, pessoal!
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