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[Review] The Walking Dead 5x04 - Slabtown

A ficha também já caiu para Beth: não há salvação a caminho...


A ficha também já caiu para Beth: não há salvação a caminho...

A menos que venha de nós mesmos.

The Walking Dead continua empolgando nesta temporada. Fechado o mini-arco de Gareth, chegou o momento de sabermos quem tinha sequestrado Beth, não que muita gente se importasse com isso. No final das contas, valeu a pena dedicar um episódio solo para a jovem, que com certeza não é uma personagem forte o suficiente como Carol, Michonne ou como era Andrea, para segurar 43 minutos sozinha. Os novos personagens que apareceram a ajudaram nisso, introduzindo um novo ambiente, o hospital, de maneira envolvente, resultando em um bom episódio.

Apesar de ser um novo cenário, a ideia não se distancia muito do que vimos nos três primeiros episódios da temporada: diferentes grupos e diferentes maneiras de sobreviver. E mesmo com aspectos muito divergentes, os grupos de Rick, Gareth e agora de Dawn, se assemelham no fato de que nenhum conseguiu permanecer civilizado como era na época pré-apocalíptica. No caso de Dawn existe a tentativa de manter as aparências, deixando implícita toda a selvageria que mantém seu hospital funcionando. Para alguém como Beth, que é bem menos ingênua do que era quando entrou na série, foi fácil perceber que havia algo errado em tamanha "boa vontade" para salvar pessoas.

O hospital funciona com um regime de servidão. Quem é salvo deve a esse grupo e paga ajudando com tarefas como limpeza ou improvisando na enfermagem. Até aí não seria nada demais, mas como foi com o Governador e depois com Gareth, a primeira impressão nunca é a que fica. As agressões e violências sexuais foram sendo expostas, provando que - mesmo com a negação de Dawn - este hospital já é um lugar típico do novo mundo estabelecido após a chegada dos walkers. A busca pelo "bem comum" da líder deste grupo é sem sentido, visto que não existe mais bem comum, e ainda se houvesse, não seria da forma como ela está idealizando. Ela espera pela volta do mundo como era, sem perceber que já é alguém do novo mundo, usando a violência como principal instrumento para manter sua própria ordem.

O bom senso ali, está em pessoas como Chris Noah, que sobreviveu esperando a oportunidade de fugir, e em Beth, que provou sua adaptação à nova realidade ao conseguir se livrar do "policial" estuprador usando sua experiência com walkers. Não se pode julgar o doutor Stevens também, que sobrevive à sua maneira, nesse caso se livrando um possível médico concorrente, que acabaria sendo sua ruína naquele hospital. O lugar é tudo para Stevens, sendo que ele não tem a mínima pretensão de sair de lá, como podemos perceber.

A sequência final, oscilando entre um porão escuro e a forte claridade da saída, foi o ponto alto do episódio. Beth sorri ao ver que Noah conseguiu escapar porque sabe que aquele hospital não é o mundo real. O mundo real está la fora e os walkers fazem parte disso. Ver Noah livre alegrou Beth independentemente dela continuar presa ali. E o roteiro bem pensado tratou de dar um sentido a sua permanência no local. Com Carol sendo a nova "resgatada" por aquele grupo, as coisas ficam muito mais interessantes. Eles, com certeza, não a pegariam se soubessem como ela explodiu o Terminal. Quem sabe esse hospital seja o próximo alvo de Carol? Beth estará lá para ajudar.

Enfim, mais um ótimo episódio da série, que vem resgatando a moral perdida aos poucos. Continuando assim, devemos ter uma temporada envolvente e divertida, que é tudo o que queremos. A ansiedade pelos próximos episódios cresce e fica a dúvida de como será o encontro entre o grupo de Rick e esse novo que surge agora, um grupo bem mais organizado que o de Gareth. Tenho um bom pressentimento em relação aos quatro episódios que vêm aí antes do hiato de fim de ano.

Considerações Finais

Todo Walker Odeia o Chris. Chris, o Greg morreu. Pena que, segundo seu relato para Beth, o Julius morreu também, mas Rochelle deve estar viva. Vá atrás de sua mãe, sim.

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