[Review] The Good Wife 5x22 - A Weird Year (Season Finale)
Tchau, a gente se vê na fall que vem!
https://siteloggado.blogspot.com/2014/05/review-good-wife-5x22-weird-year-season.html
Tchau, a gente se vê na fall que vem!
Eu me lembro de quando eu assisti
The Good Wife pela primeira vez. Era um domingo chuvoso como qualquer outro. O
cachorro estava latindo como se não houvesse amanhã, o vizinho pagodeiro
começou uma sessão de karaokê, e a internet estava desesperadamente lenta,
causada pela chuva que não parava de cair fazia três dias. Liguei meu
computador, e lá estava, nos meus downloads, aquela série que todo mundo estava
falando sobre, "uma das melhores da TV aberta", "confere lá que não há nada
igual", "um dos melhores dramas jurídicos que eu já tive o prazer de ver".
Foram tantos elogios que eu me cansei e fui assistir muito desconfiado, tanto
que resolvi que iria apenas ver o Piloto para verificar que série era essa que
ninguém fechava a matraca sobre.
Confesso, não foi amor à primeira
vista, eu precisei de bons quatro episódios para me acostumar com o ritmo do
roteiro. Porém, depois dessa fase de adaptação, eu me peguei pensando “que
série é essa, que passa no canal mais obtuso e padronizado da televisão, mas
que consegue me cativar tanto?”. Um roteiro tão afiado, personagens tão
complexos, mulheres fortes que são personagens principais e que montavam as
suas carreiras conforme a série se desenvolvia. Tudo isso numa série com
audiência terrível, em um canal cuja grade se compõe basicamente de “nome
título da série policial: inclua o nome da cidade onde se passa aqui”.
Ah se eu pudesse voltar dois anos
atrás e esquecer toda a série, apenas para poder aproveitar de novo tudo aquilo
que ela já me ofertou. Seria realmente muito bom, porque não há experiência
igual a assistir The Good Wife. Uma série que até quando está ruim, tá boa, e
quando tá boa, tá excelente. Porém uma temporada em especial marcou a série
para sempre, e eu, é claro, estou falando do seu quinto ano, que simplesmente sambou
na cara de TODO MUNDO e deixou as invejosas/recalcadas/inimigas no chão.
Perdoem-me o trocadilho, mas que
ano estranho foi esse. Não pelo fato da série ter sido maravilhosa, isso é de
praxe, mas aconteceu muita mais coisa dentro dessa temporada do que provavelmente
em toda série. Praticamente em todo episódio eles jogavam uma bomba no nosso
colo, e a gente simplesmente teve que lidar com isso. Apenas imaginem se um ano
atrás eu dissesse tudo que iria acontecer na quinta temporada, que o Will vai
morrer, que a Alicia e o Cary vão sair da firma e criar sua própria, que a
Diane vai querer entrar nessa nova firma e abandonar a L.G., que a Alicia pode
concorrer como Procuradora Geral e que os filhos da Alicia não teriam nenhum
plot desnecessário e chato. Eu sei que eu não acreditaria.
É apenas necessário traçar uma
simples linha do tempo para perceber que tudo mudou. A Alicia da 1ª temporada,
uma mulher pouco confiante, que ficava com medo de tomar suas próprias decisões
e sempre se perguntava como isso ou aquilo iria parecer para as outras pessoas,
não tem NADA a ver com a Alicia da quinta temporada, uma mulher segura de si, uma
mulher forte, que ousa, que tenta de tudo para conseguir o que quer, dentro ou
fora do tribunal.
A questão chave dessa temporada é
que tudo que nós achávamos seguro, dado como certo, foi virado de cabeça para
baixo e sacudido. A quarta temporada foi criticada pelo marasmo e má escolha de
arcos, ninguém contava com uma virada tão sensacional quanto essa. Com essa
temporada, todos os relacionamentos interpessoais e as dinâmicas entre os
personagens mudaram. Exemplo disso foi a morte de Will Gardner, um homem que
ainda faz a mais absoluta falta, um buraco no meio de um quadro perfeitamente
pintado; essa morte mudou todo o cenário da temporada. A morte do Will é a
representação perfeita de que a série não tem mais medo de ousar e sair do
lugar comum. Porque na minha review do primeiro episódio, eu coloquei lá: “The Good Wife volta para o seu quinto ano na
televisão e todos sabem que após tantos episódios, o roteiro tende a ficar
repetitivo e preguiçoso. Cabe aos escritores da série reverter esta situação e
se reinventar a cada temporada, criar novas dinâmicas e personagens. Manter o
que era bom e jogar fora o que deixou de ser, somente assim uma série vai para
frente.”. Bem, parece que os roteiristas entenderam, ou melhor, levaram
muito a sério, o recado.
A Season Finale foi um final
perfeito para uma temporada perfeita. O início foi excelente, com eles na vídeo
conferência e depois vendo o que acontecia na sala da L.G, com o David dizendo
que a L.G seria destruída em 48 horas. Eu pessoalmente não achei esse final tão
bom quando os das outras temporadas (que sempre foram os melhores em suas
respectivas temporadas), mas eu gostei da forma que o episódio foi construído,
aumentando o suspense conforme o tempo passava.
Mas esse episódio nos deixou com
uma série de cliffhangers que vão tornar uma tarefa difícil esperar até a fall.
A começar com a Diane saindo da L.G e querendo entrar na F.A. Gente, eu fiquei
é em choque, eu jurava que a mulher iria escolher sambar na cara do Canning e
continuar na própria firma, e dai ela vai lá trabalhar nas docas? Isso nos
deixa com vários questionamentos, porque sem a Diane lá, não há nenhum motivo
para continuar mostrando a L.G dentro da série, o que seria outro enorme passo
dentro da dinâmica dela.
Outro plot que ainda vai dar muito
que falar é essa cena final do Eli e da Alicia. Ele virando os olhos, a ideia
crescendo dentro da cabeça dele, não sabendo se falava ou não, bem divertido de
acompanhar. Mas enfim, Alicia agora tem a opção de ser Procuradora Geral do
estado de Illinois. Será que ela vai aceitar? Eu, sinceramente, não sei se eu
vou gostar dela lá ou não, porque Alicia sempre funcionou num escritório de
advocacia, e não comandando seu próprio time de procuradores. Vamos ter que
aguardar para ver.
Observações:
- Foi muito bom estar com vocês
nesse último ano!
- Sou super a favor de plot UFC
de véias, pra ver quem assa a lasanha mais rápido enquanto desce a porrada na
outra!
- "HOLY CRAP".