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Supergirl | 2x09 - Supergirl Lives


Supergirl já retorna do hiato com uma vontade muito grande de criar dramas desnecessários. Logo de início, já vemos Supergirl e o Guardião impedindo um assalto em uma joalheria, e Winn acaba no meio disso tudo e chega próximo de morrer. Em seguida, já somos jogados para cenas fofas do namoro de Alex, e tão rápido quanto isso vemos Jimmy e Kara competindo para soltar uma matéria sobre o assalto, cada um defendendo um dos vigilantes da cidade. Confesso que esses primeiros cinco minutos de episódio me deixaram desanimado com o retorno, mas minha opinião muda ao longo do desenvolvimento da trama.

O primeiro ponto positivo do episódio é a pouca aparição de Jimmy Olsen. Com exceção do início, sua participação é quase irrelevante na trama toda, o que me deixa bem feliz. Não tenho carinho  nenhum pelo personagem, toda vez que ele aparece em cena eu sinto uma leve vontade de fazer qualquer outra coisa que não seja prestar atenção, então episódios em que ele aparece pouco costumam me deixar contente com a série.

A grande trama começa quando uma mãe aparece na CatCo Worldwide Media pedindo ajuda para encontrarem Izzy, sua filha desaparecida, e Kara promete ajudá-la. Com a ajuda de Mon-El, Kara vai investigar uma clínica na qual várias pessoas que participaram de testes desapareceram, e de lá ambos descobrem que essas pessoas foram transportadas para um planeta chamado Maaldoria, um centro escravista e com um sol vermelho. Sem poderes, Kara e Mon-El são presos junto com as pessoas desaparecidas na Terra e descobrem que Roulette está por trás da venda de humanos "saudáveis" para serem escravizados e trabalharem em outros planetas.

A partir desse ponto, o episódio toma um rumo já conhecido nas séries de super-heróis (principalmente da CW), na qual o personagem principal precisa mostrar que é um herói mesmo sem seus poderes. Enquanto buscam uma maneira de fugir, o DEO descobre a localização de Supergirl e pretende enviar um time para resgatá-la. Aqui temos a cena mais desnecessária do episódio todo: vemos Alex brigando com Maggie e criando um drama completamente desnecessário e clichê, no qual ela não pode estar com alguém porque precisa proteger a irmã. Esse ponto é um dos mais fracos da CW, que não consegue de maneira alguma desenvolver uma história de romance sem colocar dramas ou pedras no caminho, que tornam as cenas maçantes e entediantes para qualquer um que assista.

Com tudo encaminhado para salvar Supergirl, Winn é forçado a se juntar ao time e viajar para Maaldoria, o que ele recusa por estar traumatizado com missões de campo desde que quase morreu. Sua participação aqui também é uma história de redenção e ele precisa mostrar que está no mesmo nível de heroísmo que os outros personagens. Com a equipe do DEO no planeta, Supergirl consegue escapar dos alienígenas, salvar as pessoas sequestradas e retorná-las para a Terra, como já era de se esperar. O episódio tem uma sequência final já comum aos episódios de Supergirl, na qual vemos os personagens discutindo "o que aprenderam" e mostrando que "as vivências que tiveram os impulsionam para frente". Winn decide retornar para as ruas com o Guardião, Mon-El quer se tornar um super-herói e ajudar Supergirl a defender National City, Alex e Maggie se resolvem, tudo maravilhoso. Porém, a cena final sugere que Mon-El não é quem diz ser e somos levados a acreditar que o príncipe de Daxam que ele costuma mencionar é ninguém menos que ele mesmo.

Supergirl retorna com um bom episódio, porém apresenta algumas falhas em continuidade e roteiro. Muito poderia ter sido explorado aqui, mas novamente vemos cenas de relacionamentos e crescimentos pessoais tomando grande parte do episódio. Tendo em vista que a série não segue tão fielmente o modelo "vilão da semana, vilão da temporada", Supergirl mostra cada vez mais que traz, neste ano, uma história de desenvolvimento pessoal, deixando a ação para os outros ramos do universo DCTV.
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