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Homeland | 6x01 - Fair Game


Procurando por complicações. 

Antecipando a estreia prevista para o dia 15 de janeiro, Homeland teve seu primeiro episódio vazado e assim tivemos a oportunidade de sentir o que vem por aí na sexta temporada da série. A season premiere, intitulada Fair Game, mantém o tom presente na produção desde seu início, contando com uma narrativa densa e lenta. Entretanto, a série muda novamente de cenário, voltando a se passar nos EUA, algo que não acontecia desde seus primeiros anos. Carrie agora vive em Nova York e dá sequência aos eventos vistos na quinta temporada, afastada da CIA e das missões.

Fair Game, como quase toda premiere de Homeland, entrega muito pouco ao seu público acerca da narrativa que a temporada pretende contar. Porém, a presença de elementos novos, e até então inéditos no universo da série, deixam o clima mais interessante e trazem algum ar de novidade para um show que já tem uma longa duração na TV. A novidade mais bacana, ao meu ver, é a inserção da figura da presidente eleita. Diferente de 24 Horas, que sempre contou com a presença do chefe da Casa Branca em suas temporadas, aqui essa figura sempre ficou nas sombras, sendo mencionada brevemente em alguns momentos no decorrer da série. A presidente eleita (talvez uma previsão equivocada dos roteiristas, que esperavam uma vitória de Hillary Clinton nas últimas eleições americanas?), Elizabeth Kane, não vê com bons olhos as atividades secretas da CIA e isso deve gerar algumas dores de cabeça para Saul e principalmente para o personagem menos carismático da série, Dar Adal, que já trama alguma coisa em relação à nova conjuntura política nos EUA. 

Longe disso tudo, temos uma Carrie que divide seu tempo com sua função na organização com Peter Quinn. Sim, ao contrário do que tinha concluído na temporada passada, Peter sobreviveu. A suposta morte de personagens já se tornou comum nas séries de TV, visto Jon Snow e Glenn. Eu discordo da forma como isso é utilizado nas séries, sendo mais um pretexto para gerar algum suspense do que agregar alguma coisa interessante na história. O caso de Quinn não é diferente. O episódio mostrou que sua recuperação será lenta e provavelmente não será total. Claro que isso afeta o psicológico de Quinn, alguém acostumado a estar sempre na ativa. Além disso, a presença de Carrie mais atrapalha do que ajuda, sendo um dos plots a ser melhor desenvolvido ao longo deste sexto ano. Agora, o que a suposta morte agregou a tudo isso? Nada. O episódio poderia ser exatamente o mesmo sem o suspense.

No mais, talvez o personagem mais interessante do episódio tenha sido o jovem Sekou pelo grau de ambiguidade que seus atos representam. Se ele é um perigo ou apenas alguém querendo chamar atenção com seus vídeos contrários aos EUA, só saberemos nos próximos episódios, mas acredito que no máximo ele desencadeie algum elemento pior, não se tornando o antagonista da temporada. O fato de Homeland se passar em Nova York tira um pouco o elemento de guerra visto nas últimas temporadas, quando Carrie visitou o Paquistão e a Síria, entretanto a cidade é quase que uma personagem à parte devido à sua vivacidade e infinitas possibilidades.

Escrito pelo criador da série, Alex Gansa, Fair Game traz a Homeland que estamos acostumados a ver, com algumas novidades que tornam a trama mais complexa, porém sem alterações em seu ritmo narrativo. O espectador que acompanha a série até aqui já tem consciência disso, e sabemos o potencial que ela alcança e proporciona em seus momentos mais tensos. Tudo isso não me deixa muito otimista em relação a temporada, porém com alguma expectativa de termos bons episódios. Por enquanto foi só um aquecimento.

Curiosidade
- A presidente eleita é interpretada por Elizabeth Marvel, que também participa da série House of Cards justamente no papel de uma presidenciável.
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