Crítica | Eu Fico Loko
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Fala LoGGadões e LoGGdonas do meu Brasil! Não, pera, aqui vamos falar de Eu Fico Loko, longa nacional baseado no livro escrito pelo youtuber Christian Figueredo, onde ele narra histórias de sua infância e adolescência, sempre apresentando diversas situações engraçadas e embaraçosas que ele viveu durante seu tempo de escola.
No longa, Christian (Filipe Bragança) é um típico adolescente, pouco popular na escola, também não tem vida fácil em casa devido à separação de seus pais. Antes de virar um youtuber famoso, ele sofreu bullying na escola e, como qualquer pessoa de sua idade, buscava se encaixar no meio da galera. Durante a projeção, o próprio Christian dá as caras, contando e comentando um pouco as cenas, utilizando-se do famoso recurso de quebrar a quarta parede.
Com direção de Bruno Garotti, o filme conta uma história de superação e de como dar a volta por cima, aliado com temas presentes na vida de todo adolescente, como as amizades, o primeiro beijo e a primeira desilusão amorosa. Utilizando uma trilha sonora bem bacana e bem escolhida, Eu Fico Loko acaba conversando direto com o público do canal do youtube. O filme tem drama, comédia e muitas situações engraçadas que fazem dele um entretenimento leve, descontraído e bem com cara de Sessão da Tarde. O roteiro que foi escrito em parceria com o próprio Christian, que foi ponto crucial para deixar a trama com a cara dele.
Um dos pontos fortes também é a escolha do elenco jovem, que é bem entrosado e funciona. Os atores estão interpretando personagens com idades próximas as deles, o que soa bem mais natural para quem assiste o filme. O destaque aqui fica para a atriz Giovanna Grigio, que interpreta Gabi, a primeira namorada do protagonista e que tem uma visão um pouco diferente das outras meninas, com atitudes bem independentes. Entre o elenco adulto, a sempre engraçada Suely Franco rouba a cena como a avó diferentona que está sempre dando conselhos e participando das maluquices do neto no canal do YouTube.
Eu Fico Loko mostra que o futuro realmente chegou em termos de representatividade nas novas mídias e acerta em saber conversar com o público já acostumado com celulares e redes sociais. Além disso, apresenta uma bela história que deve colocar no mapa do cinema nacional novas produções do gênero. Se forem acertadas igual a esta estamos no lucro, pois vale a pena a ida ao cinema.
