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[Review] Arrow 4x11/12 - A.W.O.L./Unchained


4x11 - A.W.O.L.


Esse episódio foi um daqueles difíceis de avaliar. Ao mesmo tempo em que ele trouxe várias coisas que eu gosto de ver na série, também evidenciou alguns problemas bem desagradáveis que até agora não tinham sido grandes o bastante a ponto de incomodar. Mesmo que o saldo tenha sido positivo algumas coisas precisam ser ditas.

Começando por aquilo que deu errado: as cenas de ação. Arrow sempre se destacou por ter uma equipe de dublês e corógrafos fantásticos, que sempre criava cenas de luta incríveis (a segunda temporada inteira, a primeira luta contra Ra's na temporada passada e a sequência contínua de luta no elevador no começo dessa são bons exemplos), mas recentemente o que vem acontecendo são erros bem perceptíveis e cenas que não são nada realistas. A chegada do Arqueiro Verde na A.R.G.U.S., junto da Canário Negro e da Speedy, é um bom exemplo. Soldados profissionais sendo nocauteados com um chute no peito, por cima do equipamento de proteção, e socos dados no ar (não, não desviaram dos socos, eles realmente foram no ar). Isso vem acontecendo há um tempo, pode ser porque eles precisavam encaixar alguma cena de luta e não tiveram tempo/vontade de planejar e fazer direito ou então pensaram que, por ser uma luta menor (com dublês de máscara), ninguém perceberia os erros, mas de qualquer forma ficou feio. O que eu mais estranho é que não são todas as lutas que são assim. Ou seja, eles poderiam ter feito melhor e acharam uma boa ideia deixar do jeito que está, e isso é bem triste.

Pensando um pouco no enredo, esse episódio escapou da história central da season para colocar Diggle e Felicity nos holofotes, e isso foi bem executado. Conheço gente que não gosta desse tipo de filler e que, por isso, não gostou do episódio. Mas é sempre válido explorar um pouco mais os personagens. As interações entre John e seu irmão foram bem interessantes, e o relacionamento dos dois foi bem explorado. Sabemos agora de onde vem os problemas de confiança entre os irmãos e, agora que os dois estão começando a se entender, pode ser que Andy se torne relevante na luta contra Darhk.

A primeira coisa a ser comentada sobre a Felicity é seu codinome. Como eu disse na review passada: essa personagem sempre foi uma referência à Oráculo, e acho que isso está indiscutível agora. Ela pode não ser a adaptação da personagem, mas o que aconteceu com ela somado aquele diálogo no qual o Oliver diz que o codinome Oráculo já estava sendo usado é a prova disso. Gostei da decisão de não usarem esse codinome, uma vez que, apesar de as habilidades da Felicity com computador lembrarem as da Barbara Gordon, ela não tem mais nada em comum com a personagem. E também tem o fato de que Overwatch é um codinome bem legal. Além disso, ela ainda teve que, literalmente, encarar seu passado para poder seguir em frente depois do que aconteceu com ela. Não foi a maneira mais apropriada de mostrar a evolução da personagem, mas não ficou ruim a ponto de prejudicar o episódio.

No geral, A.W.O.L. foi um bom episódio para quem gosta de ver desenvolvimento dos personagens, mesmo que isso envolva ignorar o enredo principal da história, e também para quem não queria que a Felicity fosse a Oráculo. Mas nesse ponto da série e principalmente depois dos problemas pelos quais ela já passou, algo apenas bom não deve ser aceitável, poderia e deveria ter sido melhor. Os problemas nas cenas de ação não começaram aqui, mas foi neste episódio que eles mais incomodaram. Esse tipo de coisa não pode acontecer em uma série assim, e isso precisa ser arrumado logo.




4x12 - Unchained


Só faltou o antigo Ra's voltar do túmulo para que Unchained fosse uma reunião completa da temporada passada. Por sorte foram escolhidos apenas os melhores aspectos do ano anterior da série, e o episódio teve qualidade com uma pitada de saudosismo. Mas calma que nem tudo foi perfeito.

Alguns parágrafos atrás eu disse que o episódio 11 foi aquele no qual os erros na coreografia de luta foram mais perceptíveis, e isso é verdade, mas foi neste aqui que ficou claro que essa falta de qualidade não é geral. Um pouco antes da cena em que Roy escapa da explosão da bomba nós vimos o Oliver chegando por trás dos caras armados e derrubando todos eles. Eu não sei vocês, mas eu tive a impressão de que ele estava brincando de pega-pega: era só encostar nos outros caras que eles perdiam. Só nela nós vimos: um cara sendo derrubado pelo ar, dois sendo nocauteados com um empurrão e um outro que, assim como no episódio anterior, ficou inconsciente depois de um chute no peito. Sério? As cenas de luta do primeiro episódio de Supergirl não parecem tão ruins depois de ver isso.

Mas alguns momentos antes houve o embate entre Nyssa e Katana. Duas das maiores lutadoras da série se enfrentaram em uma luta de espadas. Meu lado fanboy acha errado a Katana não ser capaz de vencer a Nyssa, mas meu lado mais objetivo adorou aquela luta. A ideia era mostrar equivalência entre elas, e todos os movimentos foram bem planejados. O ritmo estava certo, a força mostrada para dar cada golpe foi condizente com seu resultado. Foi uma cena simples e bem feita que aconteceu poucos minutos antes do fiasco que descrevi ali em cima. Sério, CW?

Ignorando essas cenas, por mais difícil que seja, o resto do episódio foi muito bom. A aguardada volta do Roy não poderia ter acontecido em um momento melhor, e a forma como fizeram isso foi bem interessante: não só trouxeram um dos personagens mais legais da série de volta, mas também acharam uma brecha para apresentar o pai da Felicity, que por acaso é um dos seus principais inimigos. Eu fiquei realmente feliz vendo tudo isso acontecer de uma maneira que não pareceu forçada.

Porém, aquilo que mais me agradou, de longe, foram as cenas envolvendo a Nyssa. As participações de Malcolm nessa temporada foram sempre boas e quase sempre importantes para os episódios, mas uma dúvida sempre aparecia: ele, como líder da Liga dos Assassinos, não tem nada melhor para fazer? Foi bom ver que suas viagens frequentes para ver a filha tiveram algum impacto na sua posição de Ra's. O fato de que existia dentro da liga um grupo de descontentes que queriam a Nyssa como líder é a prova de que sua ausência não passou sem ser notada. Atenção aos detalhes é algo que poderia se aplicar em outros aspectos da série, mas por enquanto me agrada o fato de que ela foi usada aqui. E o mais interessante de tudo é o resultado disso: um conflito interno da liga que vai acabar envolvendo o Arqueiro Verde e o seu grupo com certeza é promessa de uma ótima história.

Unchained foi melhor que o episódio anterior por trazer de volta personagens queridos, mas principalmente por apresentar uma história interessante de se acompanhar. Os problemas de coreografia atrapalharam, mas dessa vez existiam mais fatores positivos para desviar a atenção.

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