[Review] Falling Skies 5x04/05/06 - Pope Breaks Bad/Non-Essential Personnel/Respite

Falta realmente pouco pra acabar a série e todos querem ver o final da história. Menos os roteiristas. Os últimos episódios de Falling Skies foram bons e tiveram alguns momentos excepcionais, mas cadê a preparação para o final?

A impressão que tive após assistir os três capítulos mais recentes da série é que anda faltando criatividade para os roteiristas. É verdade que a história do Pope está ótima, e vou com certeza falar disso mais adiante, mas se formos levar em conta que falta tão pouco para acabar e que o foco da série teoricamente é a invasão alienígena, então definitivamente parece ter algo faltando nesse aspecto. Com interações ótimas entre os personagens e histórias paralelas bem construídas a qualidade está se mantendo alta, mas o foco da série parece que foi perdido. Claro que conhecendo Falling Skies é bem provável que o sétimo episódio faça a história andar mais do que os seis anteriores, mas o problema de deixar muita coisa importante para o final é que sempre falta algo e o resultado nunca é tão bom quanto o esperado.

Mas só saberemos sobre o futuro da série quando os episódios forem lançados, então vamos falar destes últimos. Começando pelo principal: esse confronto final entre o Pope e o Tom está muito mais intenso do que eu esperava. Esses dois personagens têm um histórico muito movimentado, já foram amigos e se odiaram por mais de uma vez, mas agora parece ser definitivo. Eu realmente não esperava que o Pope fosse agir desse modo, e menos ainda achei que ele fosse conseguir tantos seguidores capazes de ouvir o seu discurso enfurecido (aliás, vai para o Anthony o prêmio de maior imbecil da série. Parabéns para ele), mas no final de Non-Essential Personnel ficou bem claro que ele seguiu por um caminho sem volta. É bem provável que ele morra até o fim da temporada, uma vez que seria bem impossível de acreditar que os dois conseguissem se perdoar. Nunca imaginei que pudessem fazer com que uma briga entre esses dois fosse tão interessante, mas os diálogos gerados pela inimizade dos dois foram fantásticos, com destaque para o momento em que Hal desafiou Pope antes da aparição de Tom.

Na review anterior eu falei que gosto de ver quando o lado emocional das pessoas é abordado em séries que envolvem grandes catástrofes, e acho que o segundo grande exemplo da temporada aconteceu nesses episódios. O homem protegendo o corpo de sua família morta foi bem impactante, especialmente porque não me lembro de já ter visto algo assim em Falling Skies. Ponto positivo por isso e pelo ator que fez esse papel, sua atuação foi muito boa. Outra coisa que ainda não tínhamos visto, ou que pelo menos eu não me lembro, era alguém conseguindo fingir que a invasão não existia. Claro que a Chinatown da Lexie não conta aqui. Como o próprio Tom falou, foi bom ver aquilo para lembrar porque eles estão lutando. Admito que as cenas na casa dessa família foram as que mais tiveram cara de enrolação, mas pelo menos algo foi tirado disso, então não acho que vale a pena criticar muito.

Por outro lado, a morte do pai do Cochise foi bem desnecessária. Realmente não entendi a necessidade desse fato para o andamento da história. Importante, ou pelo menos com potencial de ser, e realmente emocionante mesmo foi a extração dos espinhos na coluna da Maggie. Ela fez sua escolha sobre qual irmão ela realmente gosta, mas acho que o mais interessante foi ver a reação do Ben ao ocorrido. A conversa entre os dois foi emocionante e me fez sentir pena do filho do Tom. Pelo menos agora não tem mais necessidade de perder tempo dos episódios com a disputa boba que acontecia entre ele e o Hal.

No geral, esses últimos episódios foram melhores que os três primeiros. O andamento da história, ou pelo menos do enredo principal, foi bem pequeno, mas algumas outras paralelas ou se concluíram ou estão próximas disso. Só espero que agora que faltam apenas cinco episódios para o fim já seja possível ver a direção que a série pretende tomar, porque por enquanto só parece que tudo está sendo deixado para a última hora.