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[First Look] Dupla Identidade 1x01 - Episódio 1


Debaixo de bastante expectativa e bom material promocional, estreou Dupla Identidade, nova aposta da TV Globo no formato que se tornou a nova prática do canal: fazer séries com temporadas mais curtas, que podem ou não ter novos episódios. A série criada por Glória Perez (O Clone, Caminho das Índias, Salve Jorge) bebe diretamente do formato norte americano de se fazer televisão. Buscando fazer um suspense mais psicológico, lembra bastante As Noivas de Copacabana, produção também exibida pelo canal e protagonizada por Miguel Falabella, em 1992.

Na trama, somos apresentados a Edu (Bruno Gagliasso), um advogado jovem e brilhante, estudante de psicologia, bom moço, educado, sedutor e tudo aquilo que qualquer mulher gostaria de apresentar à sua família. Na teoria, ele seria o homem perfeito, exceto pelo fato que nas horas vagas é um serial killer extremamente frio que tem matado várias mulheres de forma brutal, meticulosa e que, aparentemente, não deixa rastros de seus crimes.

Do lado da lei e tentando resolver os crimes, conhecemos Dias (Marcello Novaes), um experiente e ambicioso delegado que, sofrendo pressão de todos os lados para solucionar os crimes, se vê numa posição complicada quando descobre que terá como parceira Vera (Luana Piovani), uma psicóloga forense que viveu durante muito tempo nos Estados Unidos e aprendeu no FBI como traçar o perfil de criminosos como Edu. A complicação na relação entre Dias e Vera se dá pelo fato deles terem sido amantes em uma parte de suas vidas, o que pode gerar possíveis atritos entre os dois.

No piloto, vemos Edu trabalhando para o senador Oto (Aderbal Freire Filho), um homem sem escrúpulos que está em busca da reeleição e vive em pé de guerra com sua mulher, Silvia (Marisa Orth). Os núcleos da história começam a se misturar no momento em que descobrimos que a mulher assassinada por Edu na primeira cena era amante do senador e amiga de Ray (Débora Falabella), que passa a ser o novo interesse romântico dele e sua possível nova vítima. E a teia aumenta quando o celular da morta é encontrado no apartamento de Junior (Bernardo Mendes), filho de Oto, fazendo com que a suspeita dos crimes recaia sobre ele.

A verdade é que o piloto de Dupla Identidade é bem redondinho, apresenta bem os personagens e a trama, tem uma produção caprichada, estética (fotografia, jogo de câmeras e ainda conta com o fato de ser a primeira produção do canal toda rodada no formato 4K) tipicamente americana, que lembra muito as séries dessa temática (The Killing, The Following). Outro ponto positivo desse piloto é a interpretação assustadora de Gagliasso (foge de todos os papéis de bom moço feitos por ele), passando uma frieza tão profunda debaixo dos seus olhos azuis que chega a causar calafrios.

O que me incomodou um pouco foi a personagem de Luana Piovani (fazendo cosplay de Olivia Dunham) ser um bocado robótica. É claro que pode ser um recurso da personagem, pois ela tem que lidar com mentes criminosas todos os dias e isso seria o seu "mecanismo de defesa" para não surtar. Bem, com todas essas qualidades, Dupla Identidade se mostra uma excelente opção para aqueles que curtem um bom thriller com uma pegada procedural. 

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