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[Review] Masters of Sex 2x03 - Fight

" Oh, darling... "


"Oh, darling..."

Um episódio de infinitas fases. Cinquenta e nove minutos que representaram um vida inteira de resoluções e desentendimentos. Uma luta eterna entre o real e o subliminar.

Esta semana fomos arrastados por uma corrente sem limites que não pediu licença para passar. Esta semana, fomos brutalmente convidados a degustar um episódio inteiro centrado em William Masters e Virginia Johnson. Experimentamos a doçura de belos gestos e palavras, mas também ousamos sentir o amargor indescritível que o relacionamento destas duas criaturas proporciona.

A subliminaridade talvez tenha sido a protagonista da história que vimos aqui. Incapazes de falar o que realmente se passa entre os dois, contos e mais contos sobre uma suposta vida regrada a encontros de um casal perfeito tomam conta do Sr. e da Sra. Holden. Este também foi um episódio de primeiras vezes, por mais incrível que isto possa soar. Pela primeira vez, o tempo foi dedicado de maneira integral aos dois. Pela primeira vez, William Masters esteve em sua melhor forma de bom humor. Pela primeira vez, Virginia admitiu estar apaixonada.

Com o uso descarado de uma historinha convincente e paralela aos fatos vividos, Virginia chegou exatamente onde queria. E olha, Bill, muito cuidado com esta mulher. Temos aqui uma mestre em manipulação. Como uma boa representante do gênero feminino, Gini conseguiu sutilmente tocar em cada ferida que queria. Alfinetou a covardia de William em levar um vida dupla e ainda admitiu para ambos o quanto aquele relacionamento já é muito mais do que um simples caso. E foi exatamente o que pudemos ver ao longo do episódio.

Um casamento sólido. É o que isso se tornou. Numa única noite, o casal é capaz de passar por brigas, desentendimentos, sexo, amor, selvageria, descobertas, provação... tudo. Absolutamente tudo que uma vida a dois tem a oferecer. A diferença reside apenas no tempo, que é curto demais para qualquer coisa, e que por isto mesmo faz com que Gini e Bill o aproveitem da maneira mais insana possível. Enquanto os dois tentam construir uma nova ordem amparada por aquelas quatro paredes, a realidade se sobrepõe a cada instante, dando tapinhas nada amigáveis em nossa face. Seja com telefonemas que clamam por uma história para dormir ou por um "nós nunca tomamos café da manhã juntos". Cada vez mais, a ficha de ambos vai caindo, e o resultado do que vimos aqui foi um William mais reflexivo em função de uma Virginia mais decidida a não ser deixada para trás.

E como se não bastasse os paralelos traçados nas conversas entre Bill e Gini, ainda tivemos o maior soco no estômago sentido nestes últimos tempos. O pedido desesperado de Masters para que o pai aceite o filho de qualquer forma é a mesma prece que o primogênito de Bill fará quando mais maduro estiver. William o despreza de todas as formas, e ninguém nunca foi capaz de convencê-lo de outra maneira. Cada vez mais fica provado que o problema que o médico teve com seu pai levantou verdadeiros obstáculos na sua vida. Mas será que Masters se esforça mesmo para derrubá-los?

P.S.1: Catherine parece permanecer viva na mente de Masters. Na história dos Holden, é por uma filha que William parece se derreter e cumprir todos os desejos.

P.S.2: O 'médico' usou um livro na hora da cirurgia para cortar o membro da criança fora. Gente?

P.S.3: Quão a frente do seu tempo Virginia pode estar? Seus questionamentos sobre o gênero da criança e a convencionalidade da sociedade foram maravilhosos.

P.S.4: E bem.. as cenas de sexo entre os dois... uou! Talvez as mais significativas até aqui.


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