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[Review] Homeland 3x07 - Gerontion

Depois de Saul, foi a vez de Peter Quinn.


Depois de Saul, foi a vez de Peter Quinn.

Após o sétimo episódio deste terceiro ano, já é possível ver que essa não é mesmo a temporada de Carrie Mathison. Homeland mudou seu foco, excluiu quase que totalmente um de seus protagonistas da história, e deu uma chance aos personagens antes apenas coadjuvantes. A série deixou os dramas de Carrie de lado para focar nessa gigante e complexa operação para capturar os culpados pelo atentado em Langley. E com esse enfoque diferente, o destaque é todo de Saul, definitivamente o melhor até aqui. Porém, sobrou um tempo para explorar o quase maníaco Peter Quinn. 

Peter sempre foi estranho. Surgiu de repente, com ar de mistério e aos poucos fomos conhecendo mais desse personagem que tem extremo desprezo por "caras maus", quase a nível Dexter. Ao que parece, neste episódio ele já demostrou desgaste por tantos anos na CIA, e confessar um crime que não cometeu pode ter pesado ainda mais em sua cabeça. A impressão que fica é que Peter pode ter um ataque parecido com os de Carrie a qualquer momento, e que esse é um trabalho que realmente deixa as pessoas malucas. Seja como for, graças ao pedido de Carrie, alguém que Peter parece ter extrema devoção, o agente vai continuar trabalhando por mais um tempo, e isso deve ser um fator importante nos episódios finais.

Saul novamente comandou o episódio mostrando que poderia protagonizar a série sem problemas. Com uma manipulação eficiente, convenceu Javadi a trabalhar para ele. E se isso não foi bem visto por Lockhart, quem se importa? Tranque o senador numa sala escura e deixe ele lá até tudo dar certo. Momento épico para o quase ex-diretor da CIA, e que abre uma brecha para uma aparição ainda inédita do presidente dos EUA na série, lembrando que em 24 horas, o presidente era personagem fixo, mas acredito que em Homeland fica difícil acontecer algo parecido por não se encaixar ao contexto da série. 

Porém, se Saul é bem sucedido no trabalho, na vida pessoal as coisas não vão bem. Apesar dele ser "liberal", creio que não vai gostar nada de saber que a esposa dormiu com outro. Saul pode parecer passivo, mas já vimos que ele pode mudar de temperamento, o nariz de Javadi que o diga. Falando em Javadi, é válido dar atenção a raiva de Fara que quase complica toda a operação, a jovem tem seus princípios e assim como Peter Quinn, ela pode ganhar mais um destaque nos episódios finais.

Apesar de não estar sendo a temporada de Carrie, a cena mais interessante do episódio foi entre ela e Javadi na conversa sobre Brody. Será difícil provar a inocência do ex-fuzileiro, mas quem dúvida que Carrie fará o possível para que isso aconteça? As atenções voltam para os bons personagens Bennett e Franklin (interpretados por Martin Donovan de BOSS e Jason Butler Harner de Alcatraz, sabia que conhecia esses rostos de algum lugar), que cai entre nós, parecem vilões bem mais interessantes que Javadi. Bom, eles que se cuidem pois a mira de Carrie agora vai na direção dos dois. 

Faltando cinco episódios para o final da temporada, Homeland indica por qual caminho deve seguir. Existem milhões de possibilidades, mas Brody deve retornar em breve. Mesmo assim, o grande destaque fica por conta da conclusão da operação de Saul. Resta aguardar os desenrolar dessa trama mais densa que a série adotou em seu terceiro ano. 

Considerações Finais

- Episódio fluiu muito bem sem a presença da família Brody.

- Essa gravidez de Carrie não poderia chegar em pior hora.

- Excelente a cena do interrogatório de Peter Quinn e a indignação do detetive (Clark Johnson de The Wire). Mostrar como os erros das operações da CIA afetam a vida de cidadãos comuns foi uma boa escolha nessa temporada.

Showtime 8073472452905851960

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