[Review] Glee 5x04/05 - A Katy or a Gaga/The End of Twerk
Uma explosão de cultura POP!
http://siteloggado.blogspot.com/2013/11/review-glee-5x0405-katy-or-gagathe-end.html
Não,
Glee nunca enganou ninguém ao tentar
ser mais do que uma comédia de referências enraizada nos arquétipos das
próprias demandas culturais do nosso mundo. Certo que por muitas vezes a série
toca na ferida, partindo para temas polêmicos e condizentes com o universo dos
adolescentes, mas até isto é feito de uma maneira toda especial, ou melhor, de
uma maneira bem Glee. Assim, é mais
do que perceptível que A Katy or a Gaga
e The End of Twerk são dois passos
bem dados pela série para tentar amenizar o clima soturno que permeou todo o
início da temporada, com Ryan Murphy
e seus comparsas se provando tão atuais e espertos quanto a própria trama que
conseguiram colocar no ar. Sim, não tivemos novidades, continuidade ou qualquer
coisa que justifique uma storyline mais
concreta, porém tem horas que se ligarmos o “seize the day” e deixarmos o “mimimi
enxaqueca” de lado, dá para se divertir... e muito.
Para os antenados no peculiar
mundo das divas do POP contemporâneo, A
Katy or a Gaga deve ter funcionado mais do que o normal. Lady Gaga e Katy Perry tiveram seus perfis fabricados e satirizados em cada
piadinha com bolsas amnióticas ou tigres enjaulados. Com um novo concorrente –
o Throat Explosion – se destacando
como um grupo de coral que praticamente personifica uma versão escolar do Cirque du Soleil, o New Directions e o próprio Will embarcam numa tarefa de explorarem
as diferenças dos integrantes do glee
club usando a personalidade das duas cantoras como chamariz. Eu devo
confessar que, por mais que o clima pastelão com as versões vergonha alheia dos
hits Applause e Roar (ou É o Tchan na Selva
com direito a balanceios de corda no nada) tenham incomodado muita gente, eu ri
para caramba de absolutamente tudo. Os responsáveis por isto? Sam e a querida
Becky (voltando mais surtada do que nunca).
O romance de Sam com a enfermeira
salaminho finalmente ganhou um lado divertido e inspirado. As piadinhas
espertas com os gostos dele por séries canceladas da Nickelodeon e a partida para recrutar uns fãs de Gaga foram sensacionais. Becky também
teve parte em tudo e os “Oh, snap!”
eram tão bacanas quanto qualquer xingamento dito por ela. Claro que eu não poderia
deixar de mencionar um trio que também funcionou muito bem. Kitty, Tina e
Unique juntas só não superaram a fantasia de Thundercat gay do Jake, porém a versão do grupo Gaga para Wide Awake foi a melhor das quatro músicas cantadas. No McKinley, o
romance de Jake e Marley também deu uma balançada, só que, infelizmente, os
motivos foram requentes de tramas que já vimos no passado de Glee; e como o casal não é favorito de
ninguém, acho que não deu para dar a mínima (só atentei para a pronúncia que Kitty
deu ao nome da vilãzinha Bree. Todos amam a cheerio
velha ainda mais).
Pamela Lansbury! Este é o nome da
banda criada por Kurt em NY. Li que muitos julgaram a trama como um dos
momentos mais avulsos da galera da Big
Apple, mas eu discordo totalmente. Se fosse para estar no NYADA sempre e
ver um McKinley 2.0, os roteiristas não deveriam nem ter começado a trama na
cidade. Logo, eu gostei de darem um propósito para Kurt – ainda que estranho –,
e mais ainda da adição do personagem de Adam
Lambert. Marry the Night foi bem
legal e torço para que o Elliot “Starchild”
Gilbert ganhe espaço em NY. O mais divertido de toda a ideia por detrás da
banda foi justo a escolha do nome da mesma. Pérolas como The Apocalipstick, Niplestick ou Niples 51 foram geniais e só podiam ter saído, em sua grande
maioria, da cabeça de Santana.
Como Glee sem Sue Sylvester querendo destruir o New Directions não é Glee (isso se estivermos no McKinley),
ganhamos um novo decreto de guerra contra Will e seu coral, sendo The End of Twerk e todo o ódio à dança
do momento – o twerking da Miley Cyrus – um prato cheio para as
tramoias da treinadora. Bem menos caricato, mas não menos nonsense, o quinto episódio tratou de quebra de convenções e,
novamente, pesando merecidamente a mão no lado humorístico, abusou das
situações mais ridículas nos corredores do McKinley, sem se esquecer do tom
todo especial, dado a vontade de Rachel e Kurt de sair do status quo que o luto pela perda de Finn amarrou em suas vidas.
Olha, tenho que concordar com
Sue: na vida real, Will teria sido demitido por justa causa depois de cantar e
sensualizar com os alunos do colégio numa música como Blurred Lines. Foi novamente um número de vergonhas alheias, mas
todo o twerk em si é bem vexaminoso
(Blaine que o diga). Ver o “Cantinho da Sue” voltando com propostas estatais
megalomaníacas foi sensacional, e a onda maciça de revolta contra os decretos
da tirana estavam nostalgia pura. Sim, é bem frágil e repetitiva toda esta
trama de Ohio, porém não me ofendeu ou deixou de me divertir, só guardo algumas
ressalvas para o drama de Wade/Unique, que mesmo mandando uma dramática versão
de If I Were A Boy, foi totalmente
ofuscado por Tina fazendo necessidades no banheiro químico que Sue mandou botar
no meio da sala do coral.
Para o fim do casal Jarley um “durou até demais” já basta,
não é mesmo? Se tiver alguém que um dia torceu por eles, desconheço
completamente. Tudo foi visivelmente montado para menina Marley cantar o novo
hino dos corações partidos: Wrecking Ball.
O veredicto final é que deve ser divertido se balançar numa bola de demolição
e destruir paredes de PVC, porém a imaginação de Marley para o clipe original pareceu uma bela homenagem aos cenários do Chaves.
Amigos saindo para beber e fazer
tatuagens deu à dupla Kurchel cenas
divertidas e um desfecho bem emocionante para uma das falas de Rachel. O ensaio
para Funny Girl já deu para provar
que o cuidado da série com a escalada da jovem diva na Broadway vai ser bem
cuidadoso. Ela cantando You Are Woman, I
Am Man com o Sr. Fantástico (sim, não sei o nome dele) foi produção de
primeira. As tatuagens foram mais macguffins
do que qualquer outra coisa, porém a sensação de liberdade inspirou não só
Kurt, como trouxe até Rachel algo para fazer a memória de Finn ser mais do que
um eco na sua vida. O nome do namorado tatuado, foi bonito de verdade.
Com um longo caminho até o seu
primeiro hiato, eu sou do time que
ainda confia no tato de Glee para
inspirar, fazer rir, emocionar e trazer ao nosso mundo essa visão amacacada de
tudo o que acontece no nosso dia a dia. A gente vive tão triste e pensativo às
vezes, que chegar e rir sem compromisso do que é verdade e realidade na nossa semana
vai ser bem vindo sempre. E com Glee,
meus caros, isto nunca deixou de ser uma certeza.
Gleeks Gonna Gleeks:
Becky dizendo que não faz handies
para o Sam. Hilário!
Gleeks Gonna Gleeks [2]: “Bullying
free zone”, só Glee para vir com
uma maluquice tão antenada.
Gleeks Gonna Gleeks
[3]: “It's got Bette Midler”, tá aí Kurt,
genializaram tua tatuagem, rapaz.
Haters can be hate: Zero estima ou cotação para a apresentação em
grupo com a versão de On Our Way.
Forçaram a barra sim ou claro?
Músicas dos Episódios:
Marry
the Night (Lady Gaga) -
Elliot “Starchild” Gilbert.
Applause (Lady Gaga) – Sam, Blaine, Artie, Marley e Ryder.
Wide Awake (Katy Perry) – Jake, Kitty, Tina e Wade/Unique.
Roar (Katy Perry) – New Directions e Pamela Lansbury.
You Are Woman, I Am Man (Funny Girl) – Rachel e Paolo.
Blurred Lines (Robin Thicke feat. T.I. e Pharrell) – Will e o New Directions.
If I Were a Boy (Beyoncé) – Wade/Unique.
Wrecking Ball (Miley Cyrus) – Marley.
On Our Way (The Royal Concept) – New Directions.
Applause (Lady Gaga) – Sam, Blaine, Artie, Marley e Ryder.
Wide Awake (Katy Perry) – Jake, Kitty, Tina e Wade/Unique.
Roar (Katy Perry) – New Directions e Pamela Lansbury.
You Are Woman, I Am Man (Funny Girl) – Rachel e Paolo.
Blurred Lines (Robin Thicke feat. T.I. e Pharrell) – Will e o New Directions.
If I Were a Boy (Beyoncé) – Wade/Unique.
Wrecking Ball (Miley Cyrus) – Marley.
On Our Way (The Royal Concept) – New Directions.