[Review] Masters of Sex 1x08 - Love and Marriage
Quando o amor não basta.
http://siteloggado.blogspot.com/2013/11/review-masters-of-sex-1x08-love-and.html
Quando o amor não basta.
Uma coisa é certa em Masters of Sex: ninguém passará despercebido por esta série. Cada personagem, por menor que seja seu papel (a princípio) terá sua importância mais cedo ou mais tarde na trama, com histórias de vida de tirar o fôlego.
Em Love and Marriage, tivemos a continuação da triste saga que envolve o "casal" Scully, que por mais que já estivesse na pior, conseguiu se superar neste quesito. Se antes o drama de Margaret em se sentir jogada pelo seu marido já foi de cortar o coração, imagine agora que ele só complicou ainda mais a história. Fiquei sem ar na cena do bar. Mas também não havia como não ficar: em um único ambiente se encontravam Barton, Dale e Margaret. Vibrei ao pensar que finalmente tudo seria desmascarado, e foi por pouco. Muito pouco. A sra. Scully percebeu na hora tudo que estava acontecendo, mas não durou muito até que ela fosse novamente atingida por uma história sem pé nem cabeça envolvendo prostitutas para que tudo se "consertasse". Barton é covarde, e todos nós já percebemos isto.
Por mais que se trate dos anos 50 e a situação para os homossexuais não fosse das melhores, a condição do reitor não deveria lhe dar o direito de viver uma farsa. O amor não basta para Margaret, que nunca foi vista como uma mulher, como alguém que merece ser desejada. Desde o início fica claro que o casamento dos Scully foi por pura convenção, e imagine o que é passar 30 anos fadada a esperar pela entrega verdadeira de um homem que a diz amar com todas as letras. E ama, não há dúvidas. Mas da maneira errada e incompleta. Para piorar - pela segunda vez - Scully ainda insiste na insanidade de uma "cura gay" (qualquer semelhança com a atualidade não é mera coincidência), e pela primeira vez Dale conseguiu me surpreender e dizer a que veio. Sua não aceitação em participar do processo de "cura" de Barton foi admirável, demonstrando todo o seu nojo por tudo aquilo. Eu espero que a série aprofunde mais esta temática, que sempre dá espaço para ótimas discussões.
Mas Barton não foi o único a ver-se sozinho, já que Margaret também não evoluiu com seu relacionamento com Austin. Após abrir seu coração para o amante, ela mal poderia imaginar que Austin enlouqueceria e deixaria tudo para trás, mais uma vez. Pelo pouco que conhecemos do personagem, já podemos detalhar cada passo dado. Austin é um homem extremamente problemático e que não conhece maneiras de solucionar problemas, sua especialidade mesmo é criá-los. Neste episódio ainda conhecemos a sua esposa e filhos, e a situação ficou ainda mais clara. Covardia (existe algum homem não covarde nesta série?) e galinhagem o define, vide o novo caso com a vendedora de jóias.
Já para Libby, a vida parece continuar num mar de rosas. Masters mudou e, para melhorar as coisas, uma nova gravidez foi descoberta. Confesso que essa urgência em engravidar novamente a personagem me incomodou, mas se tratando do roteiro de Masters of Sex espero bons desenvolvimentos mais para a frente. Temos que atentar também para o fato de que nos aproximamos do final desta primeira e surpreendente temporada a cada episódio, e que o terreno precisa ser preparado.
Como citei no início do texto, ninguém passa despercebido na série, certo dra. DePaul? A personagem que chegou aparentemente com o propósito de causa mal-estar, apenas, nos entregou uma bela história. Sua luta pelo combate ao câncer de colo de útero vai além da ciência: Lilian DePaul tem câncer. E que belo desenvolvimento tivemos para a personagem aqui. Em um único episódio, ela conseguiu ir de alguém insuportável a alguém a quem queremos conhecer cada vez mais; sua interação com Masters foi deveras inusitada, mas extremamente gostosa de se assistir. Por causa de Virginia, William se aproximou de Lilian, e esta parceria com certeza trará bons frutos para a pesquisa dela. Ou assim espero.
Mas por falar em Virginia, tenho uma palavra para defini-la: Inspiração. A cada episódio minha admiração por Virginia Johnson só aumenta. A mãe solteira de dois filhos já na casa dos 30 anos e com uma vida inteira perdida, deu a volta por cima e vem deixando seu rastro por cada lugar que passa. Destemida e determinada, Gini vem alcançando cada objetivo que estipulou para esta nova fase de sua vida. Com a humildade em pessoa - e a excelente interpretação de Lizzy Caplan -, Virginia conseguiu se inserir respeitosamente no campo científico, com a coragem de uma grande pesquisadora e os questionamentos certos para cada nova descoberta, surpreendendo até o coração mais peludo como o de Lilian DePaul. Com tudo isso, William Masters consegue cada vez menos esconder sua preocupação pela assistente, e o quanto se importa com seu futuro dali para a frente. Cada vez mais se aproxima o grande momento em que as cartas serão, de fato, colocadas na mesa, e eu mal posso esperar.
P.S.1: Torci por Libby e o rapaz do tango, confesso.
P.S.2: Ethan cada dia mais fofo. Não me decepcione! Obrigada.
P.S.3: Socorro! Morri com o pobre rapaz gravando o ~pornô científico~ de Masters com a nova versão high tec do Ulysses.
Em Love and Marriage, tivemos a continuação da triste saga que envolve o "casal" Scully, que por mais que já estivesse na pior, conseguiu se superar neste quesito. Se antes o drama de Margaret em se sentir jogada pelo seu marido já foi de cortar o coração, imagine agora que ele só complicou ainda mais a história. Fiquei sem ar na cena do bar. Mas também não havia como não ficar: em um único ambiente se encontravam Barton, Dale e Margaret. Vibrei ao pensar que finalmente tudo seria desmascarado, e foi por pouco. Muito pouco. A sra. Scully percebeu na hora tudo que estava acontecendo, mas não durou muito até que ela fosse novamente atingida por uma história sem pé nem cabeça envolvendo prostitutas para que tudo se "consertasse". Barton é covarde, e todos nós já percebemos isto.
Por mais que se trate dos anos 50 e a situação para os homossexuais não fosse das melhores, a condição do reitor não deveria lhe dar o direito de viver uma farsa. O amor não basta para Margaret, que nunca foi vista como uma mulher, como alguém que merece ser desejada. Desde o início fica claro que o casamento dos Scully foi por pura convenção, e imagine o que é passar 30 anos fadada a esperar pela entrega verdadeira de um homem que a diz amar com todas as letras. E ama, não há dúvidas. Mas da maneira errada e incompleta. Para piorar - pela segunda vez - Scully ainda insiste na insanidade de uma "cura gay" (qualquer semelhança com a atualidade não é mera coincidência), e pela primeira vez Dale conseguiu me surpreender e dizer a que veio. Sua não aceitação em participar do processo de "cura" de Barton foi admirável, demonstrando todo o seu nojo por tudo aquilo. Eu espero que a série aprofunde mais esta temática, que sempre dá espaço para ótimas discussões.
Mas Barton não foi o único a ver-se sozinho, já que Margaret também não evoluiu com seu relacionamento com Austin. Após abrir seu coração para o amante, ela mal poderia imaginar que Austin enlouqueceria e deixaria tudo para trás, mais uma vez. Pelo pouco que conhecemos do personagem, já podemos detalhar cada passo dado. Austin é um homem extremamente problemático e que não conhece maneiras de solucionar problemas, sua especialidade mesmo é criá-los. Neste episódio ainda conhecemos a sua esposa e filhos, e a situação ficou ainda mais clara. Covardia (existe algum homem não covarde nesta série?) e galinhagem o define, vide o novo caso com a vendedora de jóias.
Já para Libby, a vida parece continuar num mar de rosas. Masters mudou e, para melhorar as coisas, uma nova gravidez foi descoberta. Confesso que essa urgência em engravidar novamente a personagem me incomodou, mas se tratando do roteiro de Masters of Sex espero bons desenvolvimentos mais para a frente. Temos que atentar também para o fato de que nos aproximamos do final desta primeira e surpreendente temporada a cada episódio, e que o terreno precisa ser preparado.
Como citei no início do texto, ninguém passa despercebido na série, certo dra. DePaul? A personagem que chegou aparentemente com o propósito de causa mal-estar, apenas, nos entregou uma bela história. Sua luta pelo combate ao câncer de colo de útero vai além da ciência: Lilian DePaul tem câncer. E que belo desenvolvimento tivemos para a personagem aqui. Em um único episódio, ela conseguiu ir de alguém insuportável a alguém a quem queremos conhecer cada vez mais; sua interação com Masters foi deveras inusitada, mas extremamente gostosa de se assistir. Por causa de Virginia, William se aproximou de Lilian, e esta parceria com certeza trará bons frutos para a pesquisa dela. Ou assim espero.
Mas por falar em Virginia, tenho uma palavra para defini-la: Inspiração. A cada episódio minha admiração por Virginia Johnson só aumenta. A mãe solteira de dois filhos já na casa dos 30 anos e com uma vida inteira perdida, deu a volta por cima e vem deixando seu rastro por cada lugar que passa. Destemida e determinada, Gini vem alcançando cada objetivo que estipulou para esta nova fase de sua vida. Com a humildade em pessoa - e a excelente interpretação de Lizzy Caplan -, Virginia conseguiu se inserir respeitosamente no campo científico, com a coragem de uma grande pesquisadora e os questionamentos certos para cada nova descoberta, surpreendendo até o coração mais peludo como o de Lilian DePaul. Com tudo isso, William Masters consegue cada vez menos esconder sua preocupação pela assistente, e o quanto se importa com seu futuro dali para a frente. Cada vez mais se aproxima o grande momento em que as cartas serão, de fato, colocadas na mesa, e eu mal posso esperar.
P.S.1: Torci por Libby e o rapaz do tango, confesso.
P.S.2: Ethan cada dia mais fofo. Não me decepcione! Obrigada.
P.S.3: Socorro! Morri com o pobre rapaz gravando o ~pornô científico~ de Masters com a nova versão high tec do Ulysses.
