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[First Look] Dracula 1x01 - Pilot

Jonathan . Rhys . Meyers .


Jonathan. Rhys. Meyers.

Três anos após o final de The Tudors, ele está de volta às telas, agora no papel do vampiro mais famoso da ficção na série homônima. E a produção da série, que tem à disposição nomes de Downton Abbey, soube como aproveitá-lo bem, onde Alexander Grayson (nada de piadas referenciando Revenge aqui, por favor) apareceu em 11 a cada 10 cenas, esbanjando charme com suas piscadelas e deixando jornalistas desconcertados. 

O personagem possui, obviamente, um lado sombrio e misterioso bem característico, mas não deixa de ser bem trabalhado no Piloto, associando sua sede por sangue ao erotismo, e seus atos violentos à necessidade de vingança, de combater a tão afamada Ordem do Dragão. Esta, por sua vez, não se estabeleceu como grande força oposta ao protagonista, restringindo-se a conter os danos causados pelo assassinato de um dos membros do Conselho. Pelo menos por enquanto.

Essas palavras resumem bem minha opinião sobre essa estreia. “Por enquanto”. No momento, a série cumpriu seu papel de apresentar a trama, mas ainda ficou devendo em muitos aspectos. Dracula era a minha principal aposta para a Fall Season, pois fiquei animadíssimo com as promos. A decepção começa na insólita parceria entre o vampiro e Van Helsing. Não porque rejeito energicamente a “novidade”, mas pela forma vulnerável e dependente como retrataram o famoso caçador, contrastando com a supremacia do protagonista.

“Por enquanto” não foram revelados mais detalhes dos outros personagens que não sejam seus nomes e suas profissões/ocupações – o mesmo vale para Van Helsing. Espero que nos próximos episódios, mesmo que seja de forma bem “didática” como numa entrevista, tenhamos mais espaço para eles, com direito até a plots próprios. Essas tramas paralelas devem amparar a trama principal, que é um tanto insossa.

A série se passa em 1896, quando o empresário Alexander Grayson, com o pretexto de trazer ciência avançada sob a forma de energia sem fio, chega em Londres para se vingar daqueles que o traíram e queimaram viva sua esposa. No grande evento em sua casa, ele conhece Mina, uma possível reencarnação de sua esposa, que também acredita tê-lo conhecido antes.

Não há nada de errado na trama à primeira vista, mas na forma como ele será abordada. No episódio, Grayson afirma que não basta assassinar os membros da Ordem, porque são rapidamente substituídos, e que sua missão será bem sucedida se o desfalque for financeiro. Minha esperança é que Dracula tivesse muitas cenas de ação; no entanto, a única no episódio foi muito rápida, mal saciou a vontade, além da sensação de que a morte de outro membro não terá consequências. Então quando o personagem diz que não será uma disputa física, o futuro da série pode ser decepcionante.

Os ganchos e a prévia da temporada dão um novo ar, uma nova esperança. Alguns plots secundários podem fazer parte da série, incluindo alguns bem comuns para série de vampiros, que podem "enriquecê-la". Pelo que foi visto, Dracula também continuará apelando visualmente ao espectador e utilizando a luxúria do protagonista, mas espero que o mesmo receba menos destaque em alguns momentos e que venha se desvencilhar da imagem de um vampiro banal, utilizando todo o talento que conhecemos de Meyers.

O episódio foi bem agradável, principalmente com o ajuda da trilha sonora, que, embora não seja apropriada para a época em que a série relata, é bem chamativa. As atuações não deixaram a desejar, e os personagens são simpáticos. Torço para que ela consiga espaço na TV aberta e evolua com o tempo. Sem dúvidas uma boa estreia, talvez uma das melhores. Mas pode melhorar. E muito. 

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