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[First Look] The Blacklist 1x01 - Pilot

Um dia de cão… E virão mais como ele.


Um dia de cão… E virão mais como ele.

É engraçado notar que The Blacklist, segue a linha de muitas séries de sucesso das temporadas passadas, mas mesmo assim eu não acreditei nela até encarar o seu piloto. Para exemplificar o molde do sucesso, vamos aos seguintes fatos: (1) o programa recebeu um anúncio anuviado por uma sinopse cliché de fazer qualquer “gato velho” de fall season revirar os olhos, tendo como atrativo apenas uma estrela do alto escalão da TV, aqui no caso o sensacional James Spader (Boston Legal e The Office); (2) The Blacklist veio carregada pelo símbolo da NBC, que nos últimos anos surpreendeu com tudo que à primeira vista não funcionaria (Hannibal e Awake) e claro, (3) o roteiro maroto foi além do que o promo sofrível mostrava, dando força não só ao personagem de Spader, o maquiavélico Raymond Reddington, como também tornando a promissora Megan Boone e sua Elizabeth Keen no contraponto adicional que deve manter a trama viva e empolgante.

A história da série começa quando Raymond “Red” Reddington, o criminoso mais procurado do mundo, se entrega às autoridades e passa a revelar informações precisas e surpreendentes sobre outros criminosos tão perigosos quanto ele. No entanto, Red, não entrega tudo de mão beijada, e antes que realmente esclareça o porquê de um terrorista aparentemente morto estar andando pelas ruas, ele exige a presença da agente novata Elizabeth Keen. 

É aí que o piloto realmente deslancha. Elizabeth tem uma vida perfeita, e já começa o primeiro dia de trabalho com helicópteros e prisões secretas em sequências divertidíssimas, porém é na conversa com o chefe do FBI que descobrimos mais sobre a moça. Ela não tem muitos amigos e não se relaciona bem com as pessoas pelo simples fato de que todos a acham uma bitch. A agente perdeu o pai sob as mesmas circunstâncias que Red abandonou a própria família, e esse mistério que aparenta não ser mistério (sim, eu também acho que Red possa ser o pai dela) foi uma jogada de mestre para conectar os dois. A partir daí, Elizabeth segue as dicas do Conselheiro do Crime (como ele mesmo se auto intitula) e vive um verdadeiro inferno para salvar a vida da filhinha de um general, em cenas de suspense e ação de tirar o folego.

Os méritos de The Blacklist começam pelo roteiro ágil e dinâmico que não tem medo de soar forçado ao derramar uma carrada de twists em 43 minutos de episódio. Tudo funciona tão bem, que chegamos a comprar até mesmo a cena em que a agente Keen quase mata Red, uma escolha arriscada, porém necessária para provar o senso de urgência da trama. Ainda no quesito rapidez, a edição e os diálogos empolgam e divertem ao provar que o humor negro de Red será a cereja do bolo, como na cena do parque onde o criminoso não perde a chance de zoar o desespero de Elizabeth ao ver o ucraniano fugindo com uma arma química perigosíssima.

Mesmo que se revele um procedural ao final do segundo tempo e corra o risco de cair na mesmice rapidinho, The Blacklist é desde já a melhor pedida da fall season até o momento, e promete mais do que ousa assumir, o que já está de bom tamanho depois das semanas de estreias fraquíssimas (tirando a também ótima Agents of SHIELD) que tivemos. Algo me diz que estamos diante da primeira nova queridinha do mundo dos seriadores. Indispensável.

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