[Review] Grey's Anatomy 10x01/02 - Seal Our Fate/I Want You With Me
" Quando você está certa, você está mesmo certa. "
http://siteloggado.blogspot.com/2013/09/review-greys-anatomy-10x0102-seal-our.html
"Quando você está certa, você está mesmo certa."
E alguns meses após o início
da tempestade, Grey’s Anatomy está de volta para seu décimo ano. Dando
continuidade a ganchos polêmicos da temporada passada, a série retornou morna,
mas já conseguiu traçar bem a linha que pretende seguir nesta nova temporada.
Falando em polêmico, vamos
começar por elas, Callie e Arizona. A traição da pediatra foi motivo de revolta
entre os fãs mesmo antes de acontecer, quando havia “apenas” o flerte compulsivo
com a dra. Lauren. Após o fato, Callie ficou devastada, desfigurada e por que não dizer
descontrolada? Sua reação em contar na frente de todos o que estava acontecendo
entre ela e a esposa era algo bem esperado, mas confesso que torcia por alguma atitude mais radical da parte dela, ao menos em palavras. No entanto, foi bem pesado,
apesar de tudo, deixar Sofia longe de Arizona daquela forma, impedindo que as
duas se vissem. Descontar a raiva na criança e sua convivência com sua outra
mãe com certeza é somente o primeiro de muitos sinais de que tudo irá piorar
ainda mais para o casal. Arizona perdeu a confiança de Callie exatamente no
momento em que as duas pareciam reconstruir sua relação após o
trágico acidente aéreo da oitava temporada, e com essa conversa fiada de Arizona, e toda a
tentativa de fazer piada com a situação em que elas estão passando, não será
fácil retomar esse casamento.
Muito também se falou sobre o
destino do chief Webber após seu acidente no gerador. Seria possível sua
sobrevivência? No fundo sabíamos que o médico não morreria, mas é claro que a
jornada até lá não seria pequena e por isso, talvez, a necessidade de uma
season première dupla (só isso explica), para dar esse ar de muito chão até a recuperação de
Webber. Foi bonito, como sempre é, ver a preocupação de Bailey acerca de tudo
que acontecia com aquele que ela considera um pai, que junto com Yang e Hunt e
claro, Meredith (que descobrimos ser a responsável pelas decisões médicas para
Richard), tiveram um ótimo núcleo na força-tarefa para salvar a vida do chief.
Catherine Avery , por outro lado, foi mais uma vez desnecessária e
desagradável. A sra. Avery sempre teve o ar de intolerância para tudo ao seu
redor, mas tratar a equipe médica, ainda mais esta em especial, daquela forma
foi algo que atravessou todos os limites, e eu espero que haja um bela redenção
(de verdade) da personagem em breve. Fiquei feliz que Richard tenha acordado exatamente na hora em que Meredith discutia com sua namorada sobre o valor que ele tem.
E se o chief Webber conseguiu
sair dessa “ileso”, quem não teve a mesma sorte foi a pobre Brooks. A interna
era de longe a mais interessante da nova geração, e perdeu sua vida por
inconsequência e imaturidade de Ross. Competição sempre foi algo presente em
Grey’s Anatomy, mas dessa vez ela custou a vida de alguém. Não sei se foi
apenas impressão minha, mas acho que a única pessoa que veio a sentir realmente
a perda de Brooks foi Derek, porque o que Ross sentiu não foi perda, mas sim
culpa. Me incomodou bastante, durante todo o episódio, a aparente falta de interesse dos
outros quanto a situação pela qual Heather Brooks passava. Vimos flashs rápidos
de tristeza em cada um, mas nada que possa ser tomado como um sentimento verdadeiro por alguém tão próximo deles. Repetir a história da gelatina, aquela que
Meredith contou sobre George, para a mãe de Brooks por “falta de criatividade”
foi a gota d’água para mim. Não vimos o suficiente destes novos internos para
medir com segurança o grau de intimidade e lealdade entre eles, mas é impossível
não fazer comparações àquela primeira geração de internos, que sempre esteve
junta passando por tantas situações difíceis. Vamos esperar para ver como Ross
irá lidar com toda a culpa que carrega nos ombros a partir daqui, provavelmente
será uma trama importante a ser extraída desta situação.
Quanto a April, seu status com Matthew continua nebuloso. April ainda se sente fortemente atraída por
Avery, o primeiro homem da sua vida, e tem sido bem difícil esconder tudo isso.
Ainda que ela jure e diga com todas as palavras que quer ficar com Matthew,
para o seu próprio bem e felicidade, seu olhar diz justamente o contrário. Sua
paixão reprimida alia-se ainda ao fato de esse romance morno de Jackson com a
interna Stephanie não soar nem um pouco verdadeiro, o que deixa tudo ainda mais
confuso. Com certeza teremos surpresas nesta trama num futuro próximo. Triste
para Matthew, que levará outro baque. E por falar em confusão, não
se pode deixar em branco o casal indefinido: Owen e Cristina. Os dois não são
felizes juntos, os dois não são felizes separados e são de longe o casal mais
problemático desta série (e olha a quantidade de casais problemáticos que já
passaram por aqui!). Cristina Yang é destemida, corajosa, mas há uma trava quando
a pauta envolve sentimentos. Ela sabe que ama Owen, mas sabe também que as
barreiras são enormes num futuro para os dois, e como ela bem mencionou, não é
fácil. Vale lembrar que a atriz Sandra Oh está de saída marcada da
série, e este pode ser o início do verdadeiro fim para o casal.
Mas a melhor parte deste
retorno? Sem dúvida, a velha guarda. Meredith, Cristina, Alex e Derek brilharam
em tela. Cristina e Meredith são sempre o ouro, os diamantes em meio as pedras.
As duas garantiram ótimos momentos neste episódio duplo, com as melhores
conversas sempre; é gostoso acompanhar o jeito único que elas têm em se
comunicar, em devanear sobre coisas importantes da vida. A conversa que
envolvia as duas e Alex, sobre quem deveria ser responsável por quem quanto às
decisões médicas foi divertidíssima, trazendo um tom de humor negro sem soar de
mau gosto mesmo em meio à situação difícil pela qual o hospital estava
passando. É difícil ver um futuro para Grey’s Anatomy sem a figura marcante de
Cristina Yang, e eu espero, do fundo do coração, que esta décima temporada seja
inundada de ótimas cenas com a personagem, que merece o melhor. Derek e Meredith também foram
fantásticos durante todo o episódio. O neurocirurgião conseguiu segurar bem as
pontas em vários momentos diferentes, passando pela morte de Brooks, o
nascimento de seu filho e ainda conseguindo ser um ótimo pai. Derek evoluiu muito desde a
adoção de Zola, e tem sido mais tolerante com muitas coisas desde então. E não
há como ser melhor do que estando casado com Meredith. A personagem é o exemplo da
evolução em Grey’s Anatomy, indo de inconsequente a mãe responsável (não só
de seus filhos), ao longo destes dez anos de série.
Grey’s Anatomy está de volta,
e muito ainda está por vir. Com tantas mudanças já anunciadas, será um ano de
definitivas transições importantes para a série. Por enquanto, vamos torcer
para que Shonda Rhimes não presenteie mais ninguém com a morte. Amém.
P.S.: Derek, como não amar? A
cena dele com Zola e Sofia no final foi fofíssima!
P.S.2: Somente Cristina Fuc*ing Yang pra se meter numa briga de casal e fazer Callie deixar Arizona ver Sofia.
Até semana que
vem!