Review | The Walking Dead 7x05 - Go Getters
https://siteloggado.blogspot.com/2016/11/review-walking-dead-7x05-go-getters.html
Acho que já é improdutivo falar do ritmo de The Walking Dead, pois quem assiste a série até aqui já se acostumou e aceita que é assim na maior parte dos episódios. Dito isto, a única coisa que vale a pena comentar é como Negan altera esse ritmo. Os episódios com a presença do líder dos Salvadores dão outro ar a série e tudo fica mais interessante, até porque Negan pode resolver colocar Lucille para trabalhar a qualquer momento. O vilão era um elemento que faltava na série. Go Getters é um episódio sem a presença dele, ao menos fisicamente, pois Negan consegue ser uma presença abstrata em todo lugar que seus salvadores vão.
Com o grupo dividido em partes, esse foi um episódio focado em Maggie e Sasha, mas também ocupou tempo desenvolvendo um pouco mais outros personagens que têm lá seu potencial. Jesus é um deles, o morador de Hilltop é uma boa oposição a Dwight, por exemplo. Jesus não é bem um líder, apesar do nome, e está lá para ajudar da forma que for possível. Pode parecer pouco, mas matar walkers no chute e se arriscar no caminhão dos salvadores faz dele alguém bem carismático, em um episódio onde isso ficou em falta. Veja bem, eu gosto bastante de Maggie, apesar da produção exagerar na maquiagem pálida da atriz Lauren Cohan, e ela foi o ponto forte do episódio, destruindo os walkers com o trator e sendo a líder que aquela comunidade precisa. Entretanto Sasha, apesar de estar evoluindo e se tornando uma boa personagem, ainda deve muito nesse aspecto, por isso a presença de Jesus ajuda. Os três têm uma relação legal, que pode se tornar algo muito promissor com o passar dos episódios.
Como Maggie bem alertou, os covardes são os piores, logo Gregory ainda deve causar problemas para ela. Gregory não tem nenhum orgulho e lamberia as botas - para não dizer outra coisa - dos Salvadores se eles pedissem. Este tipo de personagem consegue ser extremamente irritante, e já sofremos algo parecido com o Padre Gabriel. Porém, este é outro ponto que pode desenrolar em algo interessante no momento em que as coisas ficarem tensas e essas comunidades entrarem em conflito. O Gregory pode fazer algo de errado, e como isso deve prejudicar Maggie ou Sasha é um mistério. Pode até ser que os roteiristas nem se preocupem com isso e matem o personagem de forma aleatória.
Do outro lado da estrada, o plot de Carl e Enid finalmente passou de fase. O beijo que colocou Carl nos trending topics do Twitter não foi o auge do episódio e nem desencadeou em outros eventos. A diferença é que aproxima mais os dois. Enid agora está em Hilltop, enquanto Carl caminha para o santuário de Negan. A sorte dele é que Jesus também apareceu e pode dar uma ajuda, porém como ambos têm objetivos distintos, é capaz que essa parceria ainda acabe mal para um dos dois.
Go Getters é o típico episódio de embasamento e aprofundamento da relação entre personagens. Com alguns momentos interessantes e sem grandes emoções, está lá para preparar o grau de intensidade do que vem pela frente. Ao não se prolongar demais, conseguiu ser melhor que The Well. Colocar mais personagens em cena sempre ajuda a não tornar tão maçante a experiência e assistir a um episódio de The Walking Dead que ainda usa a expectativa do que vem por aí como principal instrumento para manter o público interessado. Nesse caso, desenvolver melhor a relação entre personagens investindo tempo nos que têm carisma é um acerto. Entretanto, ainda está longe do que a série conseguiu fazer há pouco tempo, tornando a temporada atual um tanto mais que mediana.
Observações Finais
Maggie tem uma força descomunal dentro dela. Perder toda a família e o marido e ainda continuar de pé é para poucos. Nesse ponto, o roteiro foi bem escrito, desenvolvendo nela um certo apego ao relógio de Glenn para depois concordar com Jesus no fato de que as lembranças não ficam restritas a objetos, mas sim à própria memória. Glenn lutou para sobreviver em situações extremas, é natural que Maggie faça o mesmo.
Maggie tem uma força descomunal dentro dela. Perder toda a família e o marido e ainda continuar de pé é para poucos. Nesse ponto, o roteiro foi bem escrito, desenvolvendo nela um certo apego ao relógio de Glenn para depois concordar com Jesus no fato de que as lembranças não ficam restritas a objetos, mas sim à própria memória. Glenn lutou para sobreviver em situações extremas, é natural que Maggie faça o mesmo.
Carl, corte o cabelo, por favor.