Review | Arrow 5x01/02 - Legacy/The Recruits
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Depois de uma temporada no mínimo problemática, Arrow já começa seu quinto ano tendo que resolver algumas dificuldades pendentes. O que vimos depois da primeira metade da terceira temporada foi uma queda de qualidade enorme e inesperada, e será necessário muito esforço para compensar isso. E se os primeiros episódios deste quinto ano não foram perfeitos, pelo menos eles mostram que a série está tentando achar seu caminho.
Nos últimos quatro anos, nós acompanhamos o desenvolvimento do
Oliver. Ele começou como um vigilante assassino, passou por uma fase de
vigilante normal e então tentou se tornar um herói que não mata. E, se minhas
suspeitas estiverem certas, parece que finalmente acharam um bom ponto que
serve ao personagem. Por mais que eu ache interessante a série tentar explorar
esse lado mais ideal do herói, tenho que admitir que isso não representa bem a
complexidade do Arqueiro Verde dos quadrinhos. Dessa forma, o Oliver como
alguém que só mata quando julga necessário faz sentido. Isso mostra que todos
esses anos defendendo sua cidade de fato impactaram o personagem. Só espero que
não tentem mudar isso de novo, porque acho que eu não aguentaria ver essa plotline sendo explorada novamente.
Por outro lado, nós temos outros personagens cujo desenvolvimento
parece não ter servido para muita coisa. Começando com o caso positivo, a
Felicity. Se eles não eram capazes de escrever a personagem e o Arqueiro como um casal, me deixa muito feliz ver que ela ainda funciona como alívio cômico, voltando um
pouco mais para aquela pessoa que todos gostavam no começo da série. Porém
ignorar o desenvolvimento dos personagens é ruim na maioria dos casos, e
Quentin Lance é um dos exemplos disso. Ele já tinha sofrido tanto com a bebida
e se esforçado muito para melhorar que jogar o personagem de novo nessa
situação simplesmente não faz sentido. É uma pena que tenham feito isso com
ele.
Voltando para o lado positivo, eu estou gostando dessa nova
dinâmica do “Team Arrow”. Acompanhar a formação de um novo grupo com novos
personagens parece uma boa ideia, e a forma como isso vem sendo executado está
bem interessante. Só espero que os roteiristas consigam encontrar um equilíbrio
dentro da história para que isso funcione de modo convincente. O grupo não pode
dar certo desde o começo, e nem pode ficar bom de uma hora para outra. A
progressão tem que ser visível dessa vez, porque com a Laurel e com a Thea nós
tivemos vários momentos que não faziam sentido, levando em conta a habilidade
delas (a Laurel do nada ficou muito boa e a Thea tinha dificuldade para
derrotar oponentes muito menos qualificados do que ela).
Os vilões da temporada também parecem promissores. Tobias
Church traz uma dinâmica interessante, e mesmo soando meio clichê ele
provavelmente será uma distração interessante antes do vilão principal,
Prometheus. Comentarei mais a respeito dele especificamente quando tiver um
pouco mais de tempo de tela, mas ver um personagem com tanto potencial (e que é
tão relevante nos quadrinhos) me anima.
Esses dois primeiros episódios foram um bom começo para a
temporada. Mas por mais que uma base sólida seja um bom começo, vou segurar
um pouco mais as minhas expectativas, já que eu não estou interessado em ter
outra grande decepção.
Obs.: O Diggle
precisa de mais tempo de tela. A história dele está muito mais interessante do
que os flashbacks.