Crítica | Inferno
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Em 2003, o autor Dan Brown lançou seu maior sucesso editorial, O Código Da Vinci, livro que construiu uma gigante base de fãs em sua maior parte ao tocar no polêmico tema de religião, e logo chamou a atenção dos produtores de Hollywood. Três anos depois, a trama criada por Brown chegou à tela grande capitaneada pelo experiente diretor Ron Howard (Uma Mente Brilhante) e estrelada por Tom Hanks (Forrest Gump - O Contador de Histórias). Mesmo não agradando parte da crítica e aos fãs mais fervorosos da obra original, o longa se tornou um sucesso e arrecadou generosos U$$ 758 milhões ao redor do mundo.
Em 2009, Hanks e Howard repetiram a dobradinha e adaptaram Anjos e Demônios, primeira aventura do simbologista Robert Langdon, o carismático personagem criado por Brown. O longa não alcançou o mesmo desempenho de seu antecessor, mas os U$$ 485 milhões foram suficientes para manter a chama acesa. Dez anos após o lançamento de O Código Da Vinci, chega aos cinemas Inferno, quarto livro protagonizado por Langdon (até agora não sabemos o porquê de O Símbolo Perdido não ter ganho adaptação para a tela grande) e em sua terceira aventura nas telonas.
No longa, Robert Langdon (Hanks) acorda com amnésia e um aparente ferimento na cabeça em um hospital de Florença, Itália. Após ser misteriosamente atacado, ele acaba no apartamento da Dra. Sienna Brooks (Felicity Jones), onde encontra um pequeno projetor da famosa pintura de Botticelli, Mappa dell’Inferno. A partir daí, eles passam a seguir as pistas deixadas por Bertrand Zobrist (Ben Foster), um bilionário que defendia que a raça humana estava em perigo devido à superpopulação, em obras de arte relacionadas a Dante Alighieri, que os levaria a uma doença a ser espalhada para dizimar metade dos humanos na Terra.
O maior defeito e problema de Inferno está na forma burocrática e nada inspirada com que Howard conduz o filme. Tudo no roteiro soa muito previsível e essa apatia se reflete na atuação de Hanks e Jones, isso atrapalha bastante a imersão do espectador na trama. Também temos o fato de o livro no qual se origina a trama fugir daquilo que mais chama atenção nas obras de Brown: as conspirações mescladas com a temática religiosa. Os flashbacks que permeiam o primeiro terço do longa dificultam a percepção sobre o que realmente está acontecendo e para onde a trama caminha.
Mas nem tudo está perdido. No frigir dos ovos, Inferno acaba funcionando na hora de entreter, seja pela bela fotografia e belos cenários ou simplesmente pelo carisma de Hanks, que se mostra muito confortável no papel, ainda que prejudicado pela condução fria do diretor. Se formos levar em consideração todos os pontos negativos e positivos do longa, é preciso estudar um novo caminho no caso de uma possível outra adaptação das aventuras de Robert Langdon para a tela grande, a fim de evitar a previsibilidade e, consequentemente, o esquecimento quase que imediato.
Em 2009, Hanks e Howard repetiram a dobradinha e adaptaram Anjos e Demônios, primeira aventura do simbologista Robert Langdon, o carismático personagem criado por Brown. O longa não alcançou o mesmo desempenho de seu antecessor, mas os U$$ 485 milhões foram suficientes para manter a chama acesa. Dez anos após o lançamento de O Código Da Vinci, chega aos cinemas Inferno, quarto livro protagonizado por Langdon (até agora não sabemos o porquê de O Símbolo Perdido não ter ganho adaptação para a tela grande) e em sua terceira aventura nas telonas.
No longa, Robert Langdon (Hanks) acorda com amnésia e um aparente ferimento na cabeça em um hospital de Florença, Itália. Após ser misteriosamente atacado, ele acaba no apartamento da Dra. Sienna Brooks (Felicity Jones), onde encontra um pequeno projetor da famosa pintura de Botticelli, Mappa dell’Inferno. A partir daí, eles passam a seguir as pistas deixadas por Bertrand Zobrist (Ben Foster), um bilionário que defendia que a raça humana estava em perigo devido à superpopulação, em obras de arte relacionadas a Dante Alighieri, que os levaria a uma doença a ser espalhada para dizimar metade dos humanos na Terra.
O maior defeito e problema de Inferno está na forma burocrática e nada inspirada com que Howard conduz o filme. Tudo no roteiro soa muito previsível e essa apatia se reflete na atuação de Hanks e Jones, isso atrapalha bastante a imersão do espectador na trama. Também temos o fato de o livro no qual se origina a trama fugir daquilo que mais chama atenção nas obras de Brown: as conspirações mescladas com a temática religiosa. Os flashbacks que permeiam o primeiro terço do longa dificultam a percepção sobre o que realmente está acontecendo e para onde a trama caminha.
Mas nem tudo está perdido. No frigir dos ovos, Inferno acaba funcionando na hora de entreter, seja pela bela fotografia e belos cenários ou simplesmente pelo carisma de Hanks, que se mostra muito confortável no papel, ainda que prejudicado pela condução fria do diretor. Se formos levar em consideração todos os pontos negativos e positivos do longa, é preciso estudar um novo caminho no caso de uma possível outra adaptação das aventuras de Robert Langdon para a tela grande, a fim de evitar a previsibilidade e, consequentemente, o esquecimento quase que imediato.