Review | Penny Dreadful 3x08/09 - Perpetual Night/The Blessed Dark (Series Finale)
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Vanessa Ives, Mother of Darkness.
É com um pouco de tristeza no coração que venho escrever esta
última review de Penny Dreadful, uma
vez que a Showtime anunciou seu final. Como fã realmente sentirei falta de
tudo, mas após ver estes dois episódios lindos eu só tenho uma vontade de abraçar
todos os envolvidos e dizer: John Logan, muito obrigada por tudo.
Dito isto, vamos aos episódios, que de uma forma geral
concluíram bem a saga de Vanessa Ives e mostrou que, mesmo depois de um período
de trevas, a luz voltará a prevalecer. Em Perpetual
Nitgh, os nossos viajantes chegam a uma Londres imersa na escuridão e névoa
e são recebidos por vários mistérios, como a morte de muitas pessoas na cidade. Ao chegarem em casa, os mesmos são recepcionados por uma horda de vampiros
enviados por Drácula e talvez só tenham sobrevivido por conta da ajuda de Catriona
(que lembrou muito a Selene de Anjos da
Noite em suas cenas de ação, só que com uma paleta de cores amarronzada).
Ethan e Kaetenay saem na noite para procurar alguma pista
sobre Vanessa, mas acabam topando com Drácula e seus seguidores em plena lua cheia e sobrevivem. Sir Malcolm e Catriona, por outro lado, recebem a visita
de Seward, que diz ter pistas sobre Ives já que seu subordinado foi contido num
hospício – o mesmo em que Victor está trabalhando para curar Lily. Esta que, depois
de confessar ao seu criador sobre o real motivo por trás de si, é liberta de toda
a dor, raiva e cativeiro. Depois procura Dorian para se despedir do mesmo e do
túmulo de sua falecida filha.
Voltando ao hospício, Victor encontra Sir Malcolm e todos
vão atrás de Vanessa para tentar salvá-la de Drácula em seu esconderijo, claro.
Uma das coisas que os produtores não economizaram em The Blessed Dark foram as boas sequências de ação no covil do dragão.
E só um parêntese aqui: eu realmente esperava vê-lo com asas de morcego e tudo
mais, porém a simplicidade de seus poderes, ao invés de ser uma falha, o tornou
mais próximo da realidade dos outros personagens (lembre-se que até os lobisomens
não são como em Hemlock Grove...).
No momento final, temos nosso casal cumprindo finalmente a
profecia apache. Ethan, após uma prece sincera e muita dor, derruba a Mãe das
Trevas, afugenta Drácula e traz luz de volta ao mundo. Porém a morte de Vanessa
acabou sendo um alívio para a mesma. Claro que todo mundo sofreu, já que ela é
rainha nessa série, mas convenhamos que foi uma cena bastante linda de se ver.
Assim como várias outras cenas durante a série, esta merece palmas para tudo:
atuação, figurino, roteiro e até para o cenário.
Gostaria agora de comentar alguns finais: John Clare, quando
estava com mais esperanças na sua nova vida, perdeu o filho e depois Vanessa
(sua querida amiga). E como todo bom poeta, ele é quem narra os momentos finais
com essa dor. Só agora no fim é que percebi que o filho dele parece muito
com o primogênito de Victor, nada mais poético. Lily terminou tentando
deixar sua dor do mundo no passado, já Dorian abraçou sua solidão nos confins
dos quadros de sua mansão.
É muito triste quando uma série de boa qualidade com esta
chega ao seu fim, porém é sempre feliz quando vemos um final bom como este.
Acredito que Penny Dreadful é daquelas séries que te marca para a vida toda, assim como uma
maldição de bruxa ou mordida de morcego. É, meus caros, estes foram os contos
de Vanessa Ives, a Mãe das Trevas.