Fora de Cena | Oldboy
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Vamos falar sobre vingança.
Oh Dae-Su era um homem tranquilo, que nunca se metera em confusão, bom pai e marido. Um belo dia, sem nenhuma razão aparente, é repentinamente sequestrado. Seu captor, desconhecido. O motivo, um mistério. E mais: sua esposa é assassinada e ele é o principal suspeito. Durante 15 anos a vida desse homem se resumiu a um quarto com banheiro e uma televisão. Inicialmente Dae-Su tenta deixar a loucura consumi-lo e, muitas vezes, tenta acabar com a própria vida. Nesses momentos há intervenção de algumas pessoas que o observam constantemente, mas sempre com o cuidado de não se deixarem ver.
Após esse longo período de reclusão, em um dia qualquer, sem explicação, ele é liberto. Apesar de estar mais uma vez em contato com o mundo, Dae-Su não está completamente livre. Seu captor mantém contato com ele através de um telefone celular que apareceu em seu bolso quando acordou na rua. Agora começa outra fase do jogo. Motivado pelo ódio e pelo desejo de vingança, ele está determinado a descobrir quem o capturou e o porquê, embora venha a descobrir mais tarde que mais importante que isso é entender a razão pela qual fora solto em primeiro lugar.
Oldboy é um filme sul-coreano de 2003 dirigido por Park Chan-wook e baseado no mangá japonês de mesmo título. Segunda parte da Trilogia da Vingança, (sendo o primeiro filme Mr. Vingança e o terceiro, Lady Vingança) é um filme intenso e foi aclamado pela crítica quando lançado, ganhando inclusive o Grand Prix 2004 no Festival de Cannes. Muito além de cenas fortes que retratam grande violência, possui uma história que mergulha no coração humano e revela todas as suas obscuridades, mostrando o que somos capazes de fazer em situações extremas.
Em 2013, o filme ganhou um remake americano de mesmo nome dirigido por Spike Lee e estrelado por Josh Brolin e Elizabeth Olsen. A essência da história permanece a mesma, com apenas algumas modificações. Isso leva a questionar a necessidade de tal remake e sua verdadeira intenção. Os longas norte-americanos ocupam a maior parte do cenário cinematográfico, sendo ainda hoje muito difícil para filmes estrangeiros ganharem visibilidade, principalmente os orientais. É como diz o velho ditado: "nada se cria, tudo se copia".