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Crítica | Truque de Mestre: O Segundo Ato


Os Cavaleiros estão de volta em Truque de Mestre: O Segundo Ato, uma trama recheada de ação, vingança, mágica e reviravoltas. Dirigido por Jon M. Chu, o filme consegue consertar algumas falhas de seu antecessor. Não se leva muito a sério e investe ainda mais no lado “mágico” de sua narrativa. Contudo, nem mesmo os pontos positivos são suficientes para salvar o longa.

Passaram-se 18 meses desde que os mágicos conhecidos como Cavaleiros fugiram das autoridades e incriminaram Thaddeus Bradley (Morgan Freeman) pela quantia em dinheiro adquirida do último golpe. Acontece que Bradley está refugiado em sua cela articulando as etapas de seu plano para se vingar do grupo. Também interessados no paradeiro dos Cavaleiros está o FBI, e a agente Natalie Austin (Sanaa Lathan) mostra-se impaciente com o pouco que Dylan Rhodes (Mark Ruffalo) apresentou até agora de suas investigações.

Com o auxílio da novata Lula (Lizzy Caplan), o grupo formado por Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merritt McKinney (Woody Harrelson) e Jack Wilder (Dave Franco) embarca numa tentativa de expor as ações corruptas de um jovem magnata da tecnologia, porém o feitiço acaba virando contra o feiticeiro e eles são expostos em pleno palco, escapando com sorte graças ao auxilio do jovem milionário Walter Mabry (Daniel Radcliffe), que tem suas próprias intenções por trás do resgate. Outro que volta atrás de vingança é Arthur Tressler (Michael Caine), que está inconformado com a destruição de sua reputação e quer destruir os Cavaleiros de uma vez por todas.

Como deu para notar, Truque de Mestre: O Segundo Ato é recheado com muitos personagens e muitas reviravoltas. E isto acaba por prejudicar o filme. Além dos já citados acima, somos apresentados ao irmão gêmeo de Merritt, um personagem que, se por um lado demonstra a versatilidade de Woody Harrelson, por outro poderia muito bem ser retirado da trama que não faria falta alguma. O mesmo se aplica a Thaddeus Bradley, interpretado por Morgan Freeman, cuja participação na trama só se explica devido à incomparável presença de cena de seu intérprete. Não obstante, as muitas reviravoltas que acontecem durante a narrativa só prejudicam ao invés de ajudar a contar a história e agregar valor ao produto final.

No mais, repetindo o mesmo desempenho aborrecido de antes, Jesse Eisenberg não exibe nenhuma evidência do carisma que presenciamos em filmes como Zumbilândia e A Rede Social. Substituindo a personagem de Isla Fisher, a atriz Lizzy Caplan não consegue emplacar a química que sua antecessora tinha com o restante do grupo, e seu esforço para arrancar risadas é evidente e é constrangedor. Apesar do talento demonstrado ao interpretar dois personagens, Woody Harrelson está desinteressante e apagado. Sanaa Lathan pouco tem a fazer com o ingrato papel que lhe é dado. Michael Caine, Mark Ruffalo e Dave Franco exibem competência com seus papeis e estão relativamente bem com o material que lhes é dado. O melhor ator em cena é, sem sombra de dúvida, Daniel Radcliffe. Chegando quase que de surpresa na trama, Walter Mabry é um sujeito que demonstra empolgação quando encontra os Cavaleiros, mas por trás da fachada de bom moço rico está um jovem com intenções obscuras e com personalidade volátil, e Radcliffe se sai maravilhosamente bem ao trabalhar com a volatilidade de seu personagem, fazendo com que o público esqueça em vários momentos que ele também foi o intérprete de Harry Potter.

Melhorando sensivelmente em relação ao filme original, Truque de Mestre: O Segundo Ato é um longa muito bem dirigido que funcionaria ainda melhor se tivesse um roteiro mais trabalhado. O diretor Jon M. Chu já merece muitos créditos por fazer milagres com a narrativa mal lapidada. No entanto, fazer um ótimo filme de um roteiro ruim é um truque de mágica que nem David Copperfield e nem Mister M conseguiriam realizar.

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