Review | Once Upon a Time 5x22/23 - Only You/An Untold Story (Season Finale)
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O mesmo de sempre, mas dessa vez diferente.
Com um ritmo mais intenso do que a maior parte da temporada e com algumas surpresas bem grandes, Once
Upon a Time se despede do seu quinto ano de exibição mostrando que
dificilmente terá folego para ir muito mais longe. Mas se enganem com o que disse, a série pode continuar até
que Regina e Emma virem avós, mas a qualidade (já decadente) tende a sumir caso não façam algo para sair dessa rotina.
Apesar do ritmo mais acelerado e de reviravoltas interessantes, OUaT mais uma
vez reciclou diversas coisas que já tínhamos visto antes, e por mais que esses
dois episódios tenham sido bons quando analisados sozinhos, eles trazem uma
perspectiva bem negativa para o futuro da série.
Vamos começar falando um pouco sobre aquilo que nos aguarda
no próximo ano: temos a aparição de um novo vilão, que mesmo podendo
fazer qualquer outra coisa da vida resolveu atacar Storybrooke. Esse vilão,
aliás, já se encontrou com o Rumple e, apesar de considerá-lo como inimigo, fez
um acordo com ele de forma a beneficiar ambos (e prejudicar os outros
personagens). E a Regina? Novamente como Rainha Má, ela se empenhará na missão
de se vingar daqueles que a causaram sofrimento. Essa sinopse, propositalmente
genérica, poderia ser usada em diversos momentos diferentes da série, e parece
que os roteiristas não estão nem aí para isso. Óbvio que existem
particularidades, algumas inclusive muito boas, que diferenciam esse evento dos
anteriores, mas esse modelo já está cansativo faz um tempo, e ver tudo
acontecendo da mesma forma não tem como deixar de ficar desanimado.
Como disse mais para cima, esses dois episódios, quando
analisados sozinhos, foram bons, e é bem fácil de ver o porquê. A inserção de Dr. Jekyll e Mr. Hyde foi inesperada e muito bem-vinda. Aprendi minha lição depois desse
último ano da série e não vou esperar algo mais interessante porque os
personagens são mais sérios ou assustadores, mas mesmo assim as possibilidades
para trabalhar com a história de O Médico e o Monstro são grandes e, caso os
roteiristas tentem fazer algo diferente, pode ser um momento positivo
para OUaT. Apesar da nada surpreendente ligação entre o(s) novo(s)
personagem(s) e Rumple, nosso “querido” clichê de todo ano, esse tem
potencial para explorar mais a questão do bem e do mal dentro de todos. Esse
assunto já foi retratado, até mesmo mais de uma vez, mas nunca de maneira tão
direta. Quem sabe agora isso possa gerar algo interessante?
Outro aspecto que começa soando errado, mas que pode ser bom, é a volta da Rainha Má. Na review anterior, eu comentei que a pior coisa que
podiam fazer com a mãe adotiva do Henry era torná-la uma vilã novamente, mas
acabei sendo pego de surpresa pela divisão da personagem em duas. Aliás, algo
que precisa ser dito é que essa história toda de separação começou em um dos
melhores diálogos da temporada. Lana Parrilla deu um show de interpretação e
mostrou a Regina de uma maneira impressionante. Explorando toda a complexidade
da personagem, o que vimos naquela conversa com Emma foi um momento de
fragilidade sem comparação que, ao mesmo tempo, serviu para mostrar a força
emocional e o crescimento da personagem ao longo dos anos. O melhor momento
dela na série em muito tempo, sem dúvida.
E depois de falar tudo isso, o que concluir? Novamente temos
um vilão que, no papel, possui muito potencial e mais uma vez nós vemos um
enredo reciclado, só que com uma cara um pouco diferente e mais interessante.
Fosse essa a primeira vez que algo assim acontecesse na série, eu estaria
extremamente esperançoso com a próxima temporada. Mas depois de cinco anos não é
mais tão simples. Criando uma base interessante para o próximo ano, desde que
mudem algumas coisas, e mostrando uma qualidade acima da média para essa temporada,
Only You e An Untold Story não foram fantásticos, mas pelo menos conseguiram
encerrar o ano de Once Upon a Time
com um saldo não tão negativo.