[Review] Once Upon a Time 5x12 - Souls of the Departed
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Depois de um Fall Finale decepcionante, Once Upon a
Time voltou com força em 2016. Com o retorno de vários personagens
conhecidos, bons diálogos e muitas cenas emocionantes, Souls of the Departed é um bom começo para esse segunda metade da
temporada.
Emoção foi, sem dúvida, o sentimento mais marcante nesse
episódio, presente em diversas cenas regadas a muito choro. Num primeiro
momento parece ter sido demais, e alguns criticaram a série por isso, mas isso tudo se encaixa bem naquilo que está sendo proposto desde o começo da
temporada. Com um tom sombrio que há tempos não aparecia, esse quinto ano da
série parece empenhado em explorar de maneiras novas os personagens principais,
e uma ida ao submundo é uma forma de fazer isso, já que o cenário
nunca tinha sido tão diferente. O melhor exemplo de acerto nesses momentos de
emoção foi a primeira cena. Emma e Neal protagonizaram um dos
momentos mais intensos do episódio logo de cara, e não importa o quanto você
está desapontado com a série, essa interação incrível com certeza foi boa o
bastante para dar vontade de continuar vendo o episódio.
Apesar de sentir falta da referência ao Inferno de Dante com
o aviso para que eles abandonem toda a esperança, a chegada ao mundo dos mortos
foi uma surpresa positiva. A ideia de transformar aquela parte do inferno em
uma versão destruída de Storybrooke foi bem inteligente. Não só é uma saída
simples e barata para o canal, mas também é interessante levando em conta o
fato de que muitos dos encontrados ali só estão no submundo devido às ações da
Regina e dos outros que foram à procura do Gancho. E isso me leva a algo que
gostei muito: a volta de personagens antigos. O irmão do Charming e o Peter Pan
foram retornos inesperados e não tão necessários, diferente dos pais da Regina,
mas a nostalgia ao vê-los fez com que suas presenças não fossem completamente
inúteis. Cora, por outro lado, foi uma das estrelas desse retorno, e fiquei
muito feliz com a maneira com a qual ela foi retratada. Tentando de tudo para salvar sua filha, e
recebendo o que para ela é o pior dos castigos por isso, ela com certeza merece
aparecer de novo no final da temporada para, quem sabe, conseguir ir para um
lugar melhor.
Ainda nesse assunto, o mordomo/pai da ex-Rainha Má foi outra
surpresa positiva. Apesar de não ter gostado muito dos flashbacks, sua história no presente foi bem interessante, e o
final dela foi bem emocionante. O melhor de tudo é que foi dele que veio o
motivo para fazer com que todos fiquem no submundo por mais tempo. Encontrar o
Killian era um motivo válido para uma ida rápida, mas, para ficarem lá
procurando, a amizade com a Emma não colaria como motivo forte o bastante, e
essa missão para salvar as almas daqueles presos no submundo foi
uma boa ideia; primeiro porque, de fato, a presença deles naquele lugar horrível
se justifica; e segundo porque isso abre espaço para a volta de outros
personagens interessantes (lê-se Cruella).
Outro ponto que pareceu interessante é o fato de que o clima
sombrio aqui parece ter ficado ainda mais forte, ou pelo menos tem potencial
para isso, o que ficou bem claro na aparição do falecido capitão. A imagem dele
ferido e sangrando me surpreendeu porque não me lembro de já ter visto algo
desse tipo em OUaT. Espero que seja isso mesmo e que
durante a estadia no submundo eles se deparem com situações
desesperadoras e sofrimentos que não possam ser resolvidos com a ajuda deles,
porque por mais que essa seja uma série sobre finais felizes e personagens de
contos de fadas, ainda penso que um pouco de sentido e realidade é necessário.
Nem todos podem ter finais felizes, e não possui lugar mais apropriado para se
explorar esse fato do que o inferno.
No geral, Souls of the
Departed superou minhas expectativas. Apesar de não ser um episódio
perfeito, ele conseguiu criar uma base bem sólida para o resto da temporada.
Basta saber se dessa vez a história terá um final que faça jus à qualidade da
ideia que gerou esse enredo.