[Crítica] Peter Pan
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Olá leitores do LoGGado, como estão? Hoje vim escrever um pouco sobre uma das estreias da semana nos cinemas do Brasil: Peter Pan. São inúmeras as versões dessa história que já passaram pela telona. Além da animação, temos a versão de 2003, a versão com Robin Williams, e por aí vai. Você pode pensar "vale a pena ver de novo?" com toda razão, e acredito que os produtores desta nova adaptação cinematográfica da peça de J. M. Barrie também tinham isso em mente. Pan tenta ser criativo e inovador em alguns momentos, e apesar de cair no clichê, ainda assim consegue dar um novo gás para essa a saga do menino que nunca cresce.
Esse novo longa metragem conta com a direção de Joe Wright, famoso por Orgulho e Preconceito, Desejo e Reparação e Anna Karenina
- aqui entre nós, me surpreende que a princesa Tigrinha seja
interpretada por Rooney Mara e não por Keira Knightley. A narrativa se
concentra na época em que Peter - interpretado por Levi Miller - ainda
não era Pan, e sim um órfão sofrendo nas mãos de uma freira malvada no
meio de um cenário caótico da guerra. Quando piratas insanos começam a
sequestrar as crianças do orfanato, Peter vê seu mundo virar de cabeça
para baixo - às vezes literalmente - e chega à famosa Terra do Nunca -
que nessa versão mais parece o mundo de Mad Max, com piratas insanos cantando clássicos do Rock. Uma liberdade criativa que faz de Pan um filme pipoca muito mais interessante.
O
vilão dessa vez não é o Capitão Gancho e sim o Barba Negra, um dos
papéis que Hugh Jackman mais deve ter se divertido atuando. Capitão
Gancho aqui é apenas James Hook (Garrett Hedlund), aspirante a pirata
que vê em Peter sua chance de escapar do terrível Barba Negra. Como já
dito, o filme conta também com Rooney Mara, a princesa Tigrinha, que terá
com Hook uma relação muito parecida com a vista entre Han Solo e
Princesa Leia em Star Wars. O próprio Peter nasceu destinado a botar ordem nas coisas em Neverland. Luke Skywalker manda lembranças.
Aproveitando a deixa, a estrutura narrativa do roteiro segue a fórmula de Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança
(como muitos filmes fazem há mais de 30 anos), tornando a história
recheada de clichês. A direção de Joe Wright e seu uso inteligente do 3D
amenizam esse problema. Os efeitos visuais não foram feitos visando o
realismo em alguns casos, como com os pássaros da floresta da Terra do
Nunca, mas o espectador que comprar a história e mergulhar na fantasia
não vai se incomodar muito com isso. O filme mantém um bom ritmo do
começo ao fim, e deve agradar ao público infantil.
Peter Pan
não faz feio em relação a outras versões dessa obra, mas é provável que
não se torne um filme memorável, sendo mais um clássico para a sessão
da tarde daqui alguns anos. Entretanto, é um longa divertido que tenta
ser inovador em alguns momentos, o que hoje em dia já é algo
considerável. A ideia de ser um prólogo abre espaço para uma
continuação, mas isso sempre depende de bilheteria. Quem é fã de Peter e
da Terra do Nunca tem que ver esse filme. Já aqueles que só procuram
diversão, tem uma boa opção em cartaz nos cinemas. Fico por aqui e até a
próxima!