[Review] Fear The Walking Dead 1x05 - Cobalt
O mundo está dividido entre os que atirariam e os que não. Será?
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O mundo está dividido entre os que atirariam e os que não. Será?
Fear The Walking Dead chega ao seu quinto episódio novamente colocando as personagens à prova. Cobalt
reafirma a personalidade de alguns, ao mesmo tempo que joga luz sobre
como se deu o colapso da civilização. Mesmo sem ainda confirmar a
justificativa de sua existência, o spin-off consegue proporcionar
alguns momentos interessantes. Entretanto, no final das contas tudo
gira em torno na mesma questão de sempre: quem se adapta melhor ao
apocalipse zumbi.
Como
já aparentavam, Madison e Salazar são da turma do "faça o que tiver que
fazer". O sequestro e interrogatório do soldado confirmaram isso. Goste
Travis, ou não, só assim para eles descobrirem que o exército já
planeja uma operação de extermínio. Se essa operação existe é porque a
situação já saiu de controle. Infelizmente. a série perdeu a chance de
mostrar isso com mais calma, o que é um erro grave, uma vez que a
proposta era justamente mostrar os primeiros dias de epidemia. Talvez
tenha faltado um núcleo de personagens no governo, mostrando como as
decisões foram tomadas, como surgiram facções rebeldes, quando a
epidemia se proliferou a ponto de sair de controle etc.
A
situação na qual as personagens se encontram já é muito próxima do
momento em que "Rick acorda". Quando o exército partir, será cada um por
si e isso já vemos em The Walking Dead. Ao que parece, só assim
para Travis tomar uma posição. Enquanto isso, Nick enclausurado, vê
naquele estranho sujeito sua única chance de sair daquela "área
hospitalar" onde se encontra. É fugir ou ser exterminado. Aqui temos um
ponto positivo da série: mostrar como nem mesmo os médicos sabiam
exatamente como lidar com a doença. Até descobrirem que ser mordido
ativava o vírus, muita gente deve ter sido morta só por estar com febre.
Porém algumas coisas já vão ficando mais claras, como com a morte de
Griselda, que já levou o disparo na cabeça logo em seguida. Ou seja, já
sabem que todos que morrem acordam como walkers. A conclusão é
que, por pior que estejam as coisas, Los Angeles deve ter se saído
melhor do que Atlanta nos primeiros dias de infecção.
A
hesitação de Travis, por mais que seja algo chato de ver no sentido do
entretenimento que a série proporciona, parece ter uma tentativa do
roteiro em soar realista. E se é para pensar em termos realistas, talvez
muitos hesitassem em atirar em uma pessoa, por mais que ela fosse um
zumbi. Ao menos no começo. Como disse o tenente do exército "se elas não
estão mortas, somos um bando de assassinos". Provavelmente seja isso
que se passe na cabeça de Travis, assim como foi com Rick. A diferença é
que Rick é um policial acostumado em ter que decidir se atira ou não.
Travis é professor, uma pessoa comum. Descobrimos que Salazar é do jeito
que é pois já foi à guerra. Travis não foi, logo é até natural que ele
tente manter as coisas o mais normais possíveis. Por mais apático que
seja esta personagem, é o desenvolvimento dele que parece ser mais
promissor.
Restando um episódio, Fear The Walking Dead deu mais sono do que medo, e ainda não empolga plenamente. Se o melhor ficou para o final, então agora é a hora. As season finales de The Walking Dead costumam ser boas, salve uma ou outra exceção. Espero que com Fear seja assim também, mas nem um episódio perfeito vai tirar a impressão de que esse spin-off poderia ser algo melhor. Faltou muita coisa, mas deixo a análise geral para o próximo texto. Até semana que vem!