[Crítica] The Rocky Horror Picture Show (VII Janela Internacional de Cinema do Recife)
https://siteloggado.blogspot.com/2014/10/critica-rocky-horror-picture-show-vii.html
Recife/PE - Por Jo Pais
Um dos clássicos mais
conhecidos e amados, The Rocky Horror
Picture Show (que, ainda bem, não teve seu título traduzido para o Brasil)
sempre foi um filme que quis assistir justamente por essa fama toda que ele tem
lá fora. E conhecê-lo foi simplesmente adorável nessa experiência no Janela, que tem esse papel lindo de
apresentar clássicos aos que não os conhecem ainda.
Janet (Susan Sarandon) é pedida em casamento por Brad (Barry Bostwick) e nosso casal mais feliz
do mundo sofre com um pneu furado numa estrada sem volta, onde eles precisam
sair debaixo de chuva e pedir ajuda no castelo do Dr. Frank N Furter (Tim Curry, a diva do filme). Já sabia
que o filme era um clássico musical, e é justamente assim que ele começa, com
uma boca vermelha sobre um fundo preto e a música que todos na sala aplaudiram.
Na verdade, a minha sessão
teve não só este caso particular dos aplausos dos fãs durante todo o longa como
também rolou dancinha, o que é bastante interessante, ao meu ver, uma vez que o
filme mantém bastante esse diálogo com o espectador. Muitas tomadas são de
closes nos atores se dirigindo à câmera. E por que não conversar de volta com o
filme da maneira mais divertida se não dançando e cantando junto?
Ao chegarem ao castelo, nossos
protagonistas são apresentados a este novo mundo do Dr. Frank e se assustam
muito, o choque de culturas não só é imediato como também questionado. O típico
casal de cidade pequena agora está ali, exposto ao travesti orgulhoso que é o
nosso doutor, uma diva mor, já que ele arrasa em atuação o filme inteiro, não
só divertindo, o que é muito a proposta do filme, como também nos conquistando
a cada cena (sim, eu torci para que ele ficasse com o Rocky, seu monstro
musculoso no final).
Rocky (Peter Hinwood) é uma paródia típica do monstro Frankenstein e o filme faz várias apologias aos filmes B de terror.
O tal horror é cômico até com a morte de Eddie (Meat Loaf), um motoqueiro e sobrinho de uma figura importante do
governo. O filme é narrado por um criminologista que até nos ensina os
passinhos dos transilvanos.
Além da trilha, claro, e das
atuações que não só renderam risos e como também foram carismáticas prendendo
assim o público, o filme também foi bem dirigido. Percebe-se isso na
coreografia de dança dos atores e nas tomadas de câmeras também. O filme é uma
adaptação da peça teatral homônima de Jim
Sharman (diretor do filme) e Richard O’Brien, que também atua no filme como
Riff Raff, personagem que me surpreendeu até com o desfecho do roteiro. Acho
que é uma ótima pedida não só para os sábados à meia-noite (horário que o filme
costumava ser exibido nas salas) como também para qualquer hora. Vejam!!