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[Review] Mad Men - The Beginning of The End (7x01-05)

Os últimos dias de Don Draper.


Os últimos dias de Don Draper.

Mad Men já é uma série consagrada e com certeza já passou pelo auge quando foi coroada pela quarta vez seguida com o Emmy de melhor drama. Passada a era de tantas premiações, a série chega ao seu último ano com a missão de encerrar de maneira eficiente a saga de Donald Draper. E por enquanto o que vemos é um Don que tenta reorganizar sua vida após os eventos finais da sexta temporada.

Até aqui vimos um Don com muito tempo livre e sem saber o que fazer com ele. É mais do que claro que ele não se importa muito com Megan, mas insiste em manter o casamento. Ao mesmo tempo tenta se aproximar de Sally, cada vez mais rebelde. Porém, em vez de resolver os problemas da vida pessoal, Draper prefere correr atrás de ter seu emprego de volta, e uma vez que consegue, quer correr atrás do status que tinha antes. Sinais claros de que prefere isso a dar uma atenção especial para esposa e filhos. No final das contas, o que move Don é seu trabalho, e ficar sem ele é inaceitável para o publicitário. 

Sendo assim, podemos presenciar situações divertidas como Peggy tentando mandar em seu (ex)chefe, ou toda a agitação pela presença de Draper na agência, principalmente de Lou, alguém que com certeza Don vai querer derrubar assim que puder. 

Além do protagonista, poucos personagens estão tendo muito destaque. Roger vem logo em seguida, tentando consertar o fato de ser um pai ausente e que influenciou a filha a ser uma mãe ausente. Mas está ai outro homem que viveu para o trabalho e que nunca amadureceu de fato. Mas é de se destacar sua lealdade a Don e seu esforço em trazê-lo de volta. Quando Roger quer, consegue convencer qualquer um com seus argumentos, o que explica que ele não é dono de uma agência por mero acaso, ou sorte. 

Do outro lado temos Peggy, que continua na mesma, e acredito que aquele plot das flores é engraçado, mas muito superficial comparado ao que a personagem pode oferecer à série. Dawn é outra que conseguiu um destaque e acabou ganhando um cargo melhor em uma situação onde o racismo ficou nas sombras, mas Joan conseguiu lidar com toda a confusão de trocas de secretárias. Mesmo assim, Joan e Peggy ainda não saíram de suas zonas de conforto nessa temporada. Para não ser injusto, vale destacar a paranoia de Michael e como Peggy é azarada para mais essa ter sobrado para ela. 

Betty também é outra adulta imatura na série e continua com os mesmos dramas. A diferença é que dessa vez os filhos reagem a ela e isso torna seus plots mais interessantes. Ela se vê como uma pessoa mal amada, mas não percebe que essa é simplesmente a visão dela e que as coisas não são assim. Ainda aguardo mais um bom momento entre ela e Don, que sempre rendem boas cenas na série. 

A questão da modernização da agência e de como as pessoas lidam com isso é um ponto forte dessa primeira parte. Mas a verdade é que se Breaking Bad já aparentava estar desenhando seu final, Mad Men ainda não fez isso, acredito que não fará até o ano que vem. Acabamos então oscilando entre ótimos episódios e outros nem tão bons assim, mas a série continua apresentando algo de muita qualidade na TV. A vida de Don deve continuar sendo explorada, principalmente sua vida na agência, mas podemos esperar que a vida pessoal sempre voltará a ser o grande foco, por mais que Draper fuja disso o quanto pode. 

Enfim, resta acompanhar os últimos episódios do ano e aguardar o final. Mad Men deixará saudades e já é uma das melhores de todos os tempos, mas finais de séries são sempre cruciais, e mandar bem faz toda a diferença na visão que terão da série no futuro. Assim como SopranosLost e mais recentemente Dexter e Breaking Bad. Não precisa ser um final espetacular, mas tem que ser bom e condizente com os últimos sete anos, e acredito que deva ser, só falta a série apontar alguma direção para esse fim que está chegando.

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