[Review] The Good Wife 4x22 - What's in the Box? (Season Finale)
I'm in .
https://siteloggado.blogspot.com/2013/04/review-good-wife-4x22-whats-in-box.html
I'm in.
Há quatro anos Michelle e Robert
estavam tomando café. Os Kings não esperavam nenhuma visita naquele dia, por
isso estranharam quando uma pequena semente foi deixada na porta da casa deles.
Os dois resolveram que não era produtivo não plantar uma semente que no futuro
poderia dar muitos frutos para diversas gerações. Deram água, fertilizaram a
terra e deixaram no sol. A planta cresceu e criou raízes profundas. Alguns
galhos começaram a interferir no bom funcionamento da mesma, e não demorou muito
para que os dois resolvessem cortar os galhos rebeldes. Ela cresceu em direção
ao sol e às estrelas mais brilhantes. Mas hoje essa planta já não é mais planta, e sim uma árvore que se
destaca, não por ser a mais velha ou a mais alta, ou por ter mais folhas ou
mais caules, e sim pela sua exuberância em frente às demais.
The Good Wife
nunca quis ser a mais misteriosa, nunca quis ser a mais culta, nunca quis ser a
mais famosa. A pretensão da série não é falar sobre as “inter-relações pessoais
dentro de um ambiente de trabalho estressante”. The Good Wife é The Good Wife, foi criada para ser The Good Wife e sempre vai
ser The Good Wife. Foi
criada para falar de uma mulher traída que é deslocada bruscamente da sua zona
de conforto e jogada em um tribunal em guerra. Foi criada para falar como essa
mulher conseguiu se erguer e se firmar como uma mulher sucedida na profissão.
Não exagere ao falar de The Good Wife, mas mais importante, nunca diminua o
prestígio de uma série tão especial da televisão aberta americana, uma série
que, mesmo no baixo mais baixo ainda era o alto mais alto de metade dos
programas atuais. Puxe uma cadeira, porque vai começar, talvez não a mais
cretina das séries ou a mais famosa, apenas The Good Wife, e por “apenas” eu digo
a melhor série da televisão aberta.
A inspiração surgiu com os escândalos
sexuais envolvendo Bill Clinton e a sua esposa, Hillary Clinton. Peter Florrick
era um grande homem na política de Illinois, e sua esposa, Alicia Florrick, era
vista como modelo de perfeição. Até que os rumores chegaram, e o que não
passava de uma brisa logo virou um verdadeiro furacão. Muito aconteceu até
chegarmos aqui, a Season Finale da quarta temporada da série. Muitos odeiam e
muitos amam esta última temporada. Tenho amigos que abandonaram para sempre The
Good Wife, outros que perderam o encanto pela série e outros, ainda, que continuaram firmes
e fortes no navio. Eu mesmo já quase arranquei o teclado do computador ao
escrever a minha fúria com esta temporada, que começou escrupulosamente mau e
sem nexo, onde o nada levou ao lugar algum, e onde roteiros foram escritos as
pressas e abandonados na mesma velocidade. Alguns arcos da série foram
completamente esquecidos ou mal acabados pelos roteiristas. O que falar do
fiasco que foi o marido/estuprador/traficante/maníaco por sorvetes que foi o marido
da Kalinda?
Atentar-me aos defeitos não
significa ignorar os pontos positivos da série. Você pode criar uma linha temporal
do começo ao fim da temporada, e realmente vai encontrar mudanças. A Alicia do
episódio 4x01 não é a mesma do 4x22. Mesmo reafirmando minha posição de que
arrastar o triangulo amoroso foi desnecessário, ao olhar o quadro geral podemos
perceber que foi essencial para chegarmos até o famigerado “I’m in”. Será que
Alicia iria sair da Lockhart/Gardner se não existisse uma nuvem negra em cima
do Will? Ao contrário das minhas previsões, a série acelerou o passo e
apresentou o resultado das eleições na Season Finale. Mas ao contrário das
eleições para Procurador, Alicia teve um papel decisivo na reta final, literalmente.
Peter ganhar não significa necessariamente uma mudança na vida da Alicia, mas
certamente haverá mudanças no que diz respeito ao casamento dos dois.
Falando do episódio isoladamente,
eu gostaria de afirmar que não poderia ter sido melhor. Como um episódio com os
clássicos “in my opinion”, “mil desculpas mas não consegui uma babá” e o não
menos importante “juiz pouco ortodoxo que fica circulando no tribunal” poderia
ser ruim? A história gira em torno de
uma urna (de papel, cadê a tecnologia Brasil?), que aparentemente foi
adulterada a favor de um candidato. Quem descobriu isso? O nosso amado, só que
não, Zach Florrick. Todo o caso jurídico foi meticulosamente trabalhado e eu
amei como todo mundo estava na correria, realmente, a cena em que o juiz fala
que, na verdade, os votos eram 28000 a favor do Peter foi ótima. Todo mundo de
repente trocando de lado e fingindo que esqueceram as últimas duas horas.
Palmas lentas para Martha Plimpton em: “Querido, você é do terceiro partido,
você perdeu.”
Eu acho que toda a cena final do
episódio merecia um texto próprio, mas vou tentar resumir neste parágrafo. Tudo,
absolutamente tudo, foi perfeito. A Alicia sentada na cama, indo ao banheiro e
ligando pra quem poderia ser o Will, depois chegando em casa e se preparando
com uma taça de vinho enquanto tirava a roupa da secadora e finalmente a vinda
do “’I’m in”. Depois de muita especulação teremos uma Florrick, Agos &
Associados, que irá competir com a Lockhart/Gardner & Associados,
onde Kalinda irá competir com Robyn, amigos que agora serão rivais. Tudo
mudará.
Observações:
- Só não gostei de um fechamento desastroso nesta Season Finale. O namorado/babá da Nana Florrick. A última vez que essa cara apareceu na
série foi um milhão de anos atrás e eles me chegam com esse fechamento de B*?
Melhor nem colocar, fingir que nunca aconteceu pouparia todo mundo, visto que
ninguém mais se lembrava de que esse homem existiu dentro de The Good Wife.
- Colin bêbado foi engraçado!
- Ao que parece a pica do Mr. Big
era a maior!