[Review] The Good Wife S04E08/09 - Here Comes the Judge/A Defense of Marriage
Já podemos chamar de desastre?
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Já podemos chamar de desastre?
S04E08 - Here Comes the Judge
Foram oito episódios desde o começo dessa temporada de The Good Wife. Nunca antes a série esteve tão estagnada quanto está agora, nunca antes eu me senti tão desanimado com a minha série aberta favorita. O fato é que logo ela irá entrar em hiato e não temos nada planejado, nenhum dos novos personagens introduzidos até aqui teve efeito na trama; Prova disso foi trazer plots da terceira temporada como o processo do Will. Eu sei que não é má vontade minha com a série, pois eu não sou o único, a maioria dos fãs está preocupada com o rumo de The Good Wife.
Quem nunca viu as temporadas anteriores
da série e só começou a assisti-la a partir da quarta, não irá saber diferenciá-la de
um procedural qualquer. O nível de urgência está tão grande que até os filhos
da Alicia conseguem ter importância porque nós não temos um arco melhor para se
agarrar. Ficamos condenados a ver Grace assumindo um romance com um avulso
qualquer e Eli Gold, o homem, servir de babá para um Zach que não consegue
resolver seu problema sozinho.
É engraçado notar que a única
razão de The Good Wife ter sido renovada por todos esses anos foi o seu roteiro
e as premiações que a série dá para a CBS. Porque se dependesse da audiência,
The Good Wife nem sequer temporada completa teria conseguido. Nada iria me doer
mais do que um cancelamento nesse momento, não quando a série não está
mostrando tudo a que veio. A pergunta que fica é: No momento que The Good Wife
parar de receber prêmios (coisa que ela não vai ter se depender dessa
temporada), o que vai acontecer?
Aliás, quero propor aqui uma nova
corrente a favor de cortar todas as cenas em que o Nick aparece, principalmente
se for para ele ficar xingando aleatoriamente os outros, bancar uma de macho
alfa e ter um relacionamento absurdamente desestruturado com a Kalinda. Vocês
já pensaram como seria muito mais proveitoso se a edição tirasse tudo sobre ele
e focasse na formiga que morreu por câncer de pele? Eu praticamente me senti
ofendido naquela cena dele como o Cary.
Realmente, a única coisa que resta
de bom em The Good Wife são os casos da semana. Talvez uma das coisas que a
diferencie agora de um procedural qualquer. Como sempre, o dessa semana foi
muito bem trabalhado. A interação entre aprendiz (Laura) e mestre (Alicia), foi
muito boa. Eu só fico me perguntando o que ela realmente faz na série além de
ser “miguxa” de Alicia. Vamos ser francos, se for para ser recorrente e voltar
mais vezes, que venha com uma boa história. Gostei bastante também do momento
onde Alicia embate o Juiz e começa o barraco generalizado que eu sempre amo ver
em séries jurídicas.
Observações:
- Se aquele garoto causar qualquer problema que como consequência aconteça algum desastre onde eu vou ser obrigado a ver Grace sendo centro do episódio, juro que eu vou simplesmente fingir que os minutos nunca existiram e vou pular.
- O que é Zach e aquela
voluntária avulsa vinda de Marte? Alguém me diz que aquilo não é a resposta dos
roteiristas para a falta de tramas.
S04E09 - A Defense of MarriagePeter, agora eu vou te usar.
Na Review passada eu escrevi
sobre a minha insatisfação com The Good Wife. Porém um aspecto que eu não
percebi é que por causa da falta de tramas descentes a série está tentando se
segurar nos seus personagens mais atraentes, investindo nos relacionamentos e
em paralelo a isso, histórias com certo impacto na sociedade. Esse foi o caso
de A Defense of Marriage que como o próprio nome diz, fala sobre a defesa do
casamento, e nesse caso, a dos homossexuais.
Muita gente fala que o casamento
gay é tão batido, que está tão na mídia, que não cabe mais falar dele como tema
polêmico e nem investir em histórias que tratam sobre o assunto. Eu discordo, porque a maioria da população
ainda não aceita os direitos dos gays e até hoje, pleno século XXI, os heterossexuais
e os homossexuais não têm os mesmos direitos. Assim sendo, se existe uma coisa
que The Good Wife nunca pecou, foi tratar de assuntos que refletem a hipocrisia
da sociedade e dessa vez não foi diferente.
O caso jurídico da semana foi sobre
dois homens que estavam sendo processados pela promotoria porque fizeram um
esquema de sonegação de impostos na Receita Federal. É interessante acrescentar
que a promotoria queria mostrar gravações na corte entre um dos acusados e o
seu conjugue, o que é proibido por lei. Porém, em âmbito nacional (observando que
os Estados Unidos são uma nação federalista), o casamento gay não é
reconhecido. Logo, a lei que proíbe que gravações entre cônjuges sejam usadas
no tribunal só se aplica a casais heterossexuais.
É aí que entra o advogado da
Suprema Corte, Jeremy Breslow. Se apresentando como um homem honesto que somente
quer ajudar Diane e Alicia a ganhar o caso, ele entra no processo em favor da
defesa. No decorrer do episódio vimos que na verdade ele não queria “ganhar” o
caso, e sim levá-lo para a Suprema Corte. Para que se os Juízes decidissem que
a “Lei de Proteção ao Cônjuge” é válida para casais do mesmo sexo, e assim a mesma
sirva de precedente para tribunais em todo o país. Eu faço questão de falar que
não gostei da arrogância do homem, muito menos quando ele ousa cortar Alicia
Florrick em pleno julgamento.
Um personagem surpresa que eu não
estava esperando era a mãe da Alicia. Ela se chama Veronica, e não parece ter
uma boa relação com a filha. Eu já comecei gostando dela, já que por culpa de
sua chegada na série puderam trazer novamente o sempre maravilhoso David Lee. Achei
esse caso todo da herança um pouco artificial e avulso, mas pago em notas de
100 mais cenas de David fazendo barraco na sala de reuniões. Sala essa que
tinha sido alugada pelo Gestor de Contas, por onde anda Clarcke Hayden?
Mas se por um lado a introdução
de novos personagens como Veronica traz outros ares para a série, alguns estão
enchendo o saco. Como eu daria tudo para ver mais Davids vestidos de palhaço e
menos Nicks sendo Nick. O que são os diálogos entre Cary e Nick? Acho
totalmente dispensável e não acrescenta nada na série. Se fossem engraçados como
os da Alicia e Veronica; Mas não, são 5 minutos semanais de pura vergonha
alheia.
E agora finalmente está na hora
de comentar do ponto alto do episódio, que foi Peter sendo usado que nem boneco
de pano por Alicia. Eu não vejo muito problema nisso, só que eu realmente
preciso que tenha um desenvolvimento nessa história toda e não fique no "Amigos
com benefícios". Talvez foi um pouco exagerado se você observar que ela só fez
isso para provar que estava acima das opiniões de mãe e, detalhe, esse não foi o
primeiro episódio que acaba com Peter e Alicia transando.
Observações:
- Preciso agora de cena bônus de
Veronica falando sobre esse maravilhoso livro, Vagina, para Jackie. Simplesmente
amei a cena da mãe da Alicia falando que a Jackie contratou um menino de
programa pra cuidar dela. Acho que ela não conhece todo o veneno que
Jackiezinha tem!