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Frontier | A primeira temporada


Jason Momoa e seus índios. 

Frontier conta a história de como o jovem inglês Michael Smyth vai parar na fronteira entre Estados Unidos e Canadá nos anos 1700 e se envolve na trama mais tensa que Lord Benton, responsável pela Companhia da Baía de Hudson (um lugar de alto comércio de peles de animais entre os dois países), enfrenta no momento: Declan Harp, o Jason Momoa em pessoa. Harp é meio nativo e meio irlandês, mas vive com o povo de sua mãe e ex-esposa apache. Ele vira um problema para os irlandeses por procurar vingança contra o que houve com a sua família e a faz atrapalhando as negociações de Benton e Capitão Chersterfield.

Benton tenta forçar Michael a realizar a árdua tarefa de entregar-lhe Harp, contudo o jovem cativa-o e acaba indo para o lado oposto da luta. O que vemos de forma bem explícita quando sua namorada chega à Baía e tenta convencê-lo de que é Benton que está certo sobre essa luta toda. Ela falha e os dois ficam sob as asas de Harp como amigos convidados, o que também não agrada muito o povo apache - os quais já vivem sob vigilância constante sobre por onde andar e viver por conta dos irlandeses que estão lá matando seu povo a torto e a direita.

A série só tem seis episódios, mas já foi renovada para a sua segunda temporada pela Netflix. E apesar de não ser lá uma obra-prima histórica, é bastante legal de assistir por conta dos subplots e reviravoltas que têm em seu enredo. A atuação do Jason Momoa não é das melhores, confesso, mas ele nos convence que seu personagem é sim o herói e amigo que vai proteger todos quanto puder. Além dele, o elenco, que tem bons atores, não chega a impressionar muito também, mas gostaria de comentar que o Evan Jonigkeit (Capitão Chesterfield) já faz seu personagem se tornar icônico na série logo nas primeiras cenas por nos passar um nojinho e desconfiança enormemente característicos do personagem, roubando assim todas as outras cenas.

O final da série deixa você intrigado como telespectador apenas por não sabermos realmente o que vai acontecer em seguida com toda a situação que a temporada montou: se os irlandeses irão caçar arduamente os apaches; se os canadenses, que agora querem sua independência, irão conseguir isso e se meter na briga toda que rola da Baía; e claro, o que vai acontecer com Michael e sua namorada no meio de tudo isso por eles simplesmente representarem o ser invasor que comprou o lado oposto da briga.

De fato, o que mais cativa em Frontier é o enredo e suas nuances. As cenas de luta não são ruins - mas sabemos que se tratando de Netflix pode melhorar muito a produção disso, e os atores também podem ter uma direção melhor, já que a inocência do protagonista (Michael) incomoda até o último momento em que ele tem que tomar a frente e virar um líder de rebelião, largando assim a vida de menino burguês.

Recomendo a série por ser rápida e fácil de assistir, por conter aqueles bons elementos históricos que eu particularmente amo (contudo, não é uma série histórica tão boa) e pelo roteiro contagiante, que você não sabe bem se presta atenção no Padre James Coffin (a tirada cômica da série) ou na cunhada do Harp, que nos introduz a história do personagem que até então desconhecemos.
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