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Fora de Cena | Horizonte Perdido (1973)


O final da década de 1960 e começo da década de 1970 foram marcados por alguns dos musicais mais famosos no mundo do cinema: A Noviça Rebelde, Grease, Os Embalos de Sábado à Noite, Um Violinista no Telhado e muito mais. Aproveitando essa euforia, o diretor Charles Jarrott traz, 36 anos depois do original de Capra, uma versão musical de Horizonte Perdido.

A história se mantém a mesma. Durante uma tempestade, um avião cai em algum lugar do Himalaia. Em busca de ajuda, os sobreviventes acabam encontrando um mundo estranho e maravilhoso chamado Shangri-la, onde existe a eterna juventude e a felicidade plena. Mais detalhes sobre o enredo você pode ler aqui, na Fora de Cena do filme original.

Esta postagem vem para ressaltar os pontos positivos e negativos de um remake musical que veio mais de 30 anos depois de seu original. A impressão que temos quando assistimos ao filme original e logo em seguida essa versão, é desanimadora. Este musical pode parecer simplesmente uma versão exageradamente feliz de uma história que deveria manter o seu caráter de serenidade. O ar de mistério e a complexidade das personagens são desfeitos nos diversos números musicais que desmistificam todo o conteúdo do filme.

Sabe aquela sensação desconfortável de "Por que raios eles começaram a cantar do nada?", um bom musical superaria essa sensação em quem assiste, fazendo até aqueles que não são muito fãs do gênero apreciarem a história, mas não é o caso deste filme. As canções tornam tudo muito óbvio e conferem até um certo tom jocoso a toda a ideia que a história propõe. Além, é claro, de algumas músicas exaltarem certos valores excessivamente tradicionais já para a década de 1970.

A vantagem de um remake é que normalmente o filme original é desconhecido. Se você assistir apenas esta versão, tenho certeza que achará minimamente razoável. Porém, se levar em consideração a obra de 1937 perceberá que esta versão não merece todos os louros que recebe por aí.
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