Review | The Flash 2x20/21 - Rupture/The Runaway Dinosaur

“Expecto Patronum.”

2x20 - Rupture

Nem sei por onde começar a escrever sobre esse episódio. Com uma temporada cheia de altos e baixos, um episódio desse nível foi extremamente surpreendente e satisfatório. Era o que a temporada precisava e o que eu esperava que ela fosse ao longo dos meses. Teve meta-humano, desenvolvimento de trama principal, piadas e referências fantásticas, além de um cliffhanger tão promissor que tudo que eu senti no final foi vontade de aplaudir.

Logo de início vemos uma ideia bem ousada, mas interessante, de Cisco para manter a esperança do povo de Central City: um Flash holográfico. A ideia não é tão ruim uma vez que o Flash não passa de um borrão, mas como disse Wells, não é algo que vai durar. O Flash precisa recuperar a sua velocidade antes que algo muito pior que o sequestro de Caitlin aconteça, e esse é o tema do episódio. Com participação especial de Henry (e uma atuação bastante ruim para quem acabou de descobrir todas as tretas do filho), vemos o desenrolar de como o Flash pode voltar à ativa, tornando o episódio cheio de diálogos longos, mas não dispensáveis.

Para balancear o tom sério, temos Cisco vibrando sobre seu irmão Dante e uma aparição no mínimo empolgante do vilão Ruptura, a contraparte da Terra-2 de Dante. Ruptura veio ao nosso universo em busca de vingança pela morte de Reverb e traz ação necessária para os primeiros 30 minutos do episódio. Enquanto tudo isso acontece, Zoom toma a delegacia de Central City para si e faz exatamente o que Harry estava com medo que acontecesse: mata policiais para provar que ele comanda a cidade. Além disso, mata também Ruptura, que falhou em assassinar os policiais para buscar sua vingança.

O auge do episódio são os minutos finais, quando Barry decide submeter-se a uma nova explosão do acelerador de partículas para tentar recuperar seus poderes. Fiquei muito contente com a maneira como isso foi explorado porque me pareceu uma adaptação do arco Ponto de Ignição (leia mais aqui), um dos meus favoritos do herói. Porém, como drama nunca é demais em séries da CW, depois de um longo discurso de vários personagens, inclusive uma declaração romântica de Iris, Barry acaba desaparecendo após a tentativa de recriar seus poderes. Além disso, a explosão acaba por atingir Jesse e Wally, o que pode vir a originar o poder dos dois dentro da série.

Por fim, o episódio soube dosar comédia (Cisco, eu te amo por mencionar Fringe e Harry Potter), drama e ação, trazendo o clima inicial da série e até mesmo uma tensão necessária para o final deste segundo ano, que está muito próximo. Se a série conseguir surpreender e souber arriscar, poderemos ter uma temporada incrível em termos de adaptação de HQ.

2x21 - The Runaway Dinosaur

 “Run, Barry, run!”

Com outro episódio incrível para seguir o gancho anterior, The Flash apostou em tentar explicar coisas difíceis até mesmo quando se trata de quadrinhos. Focado em Barry, o personagem passa mais da metade do episódio preso na Força de Aceleração, sendo testado para conseguir os poderes de volta.

Não me recordo de nenhuma HQ na qual a Força de Aceleração aparece personificada, mas a ideia de mostrá-la assim na série funcionou bem. Aparecendo como Joe, Iris, Henry e Nora, vemos Barry numa jornada pessoal de aceitação não só dos poderes, mas também da vida que teve até ali. As cenas todas foram ótimas, mas nenhuma se compara com Nora Allen lendo o livro com Barry. Não sei o motivo, mas toda vez que ela aparece meus olhos já se enchem de lágrimas e as cenas nunca decepcionam. No final, é graças à mãe que Barry consegue finalmente ter forças para aceitar seu destino e capturar a “sombra” que daria seus poderes de volta.

Durante tudo isso acontecendo em algum lugar, temos uma história repaginada no S.T.A.R. Labs. Apesar de Wally levantar logo após a explosão o atingir (e mostrando que ainda não virou um velocista, até onde sabemos), Jesse não teve a mesma sorte e entra em uma espécie de coma parecido com o de Barry durante o primeiro acidente. Enquanto Henry cuida de Jesse, Cisco e Wells tentam descobrir uma maneira de trazer Barry de volta, e os poderes de Cisco são novamente cruciais para a série. Além disso, a explosão reanimou o corpo de Viga, que estava no subsolo do S.T.A.R. Labs há dois anos, criando o primeiro meta-humano zumbi da série (e espero que o único). Existem vilões da semana muito mais legais que o Tony, e trazê-lo de volta pode até ter sido engraçado, mas não foi algo extremamente necessário. Tive a impressão que tudo aquilo só serviu para o Barry mostrar que voltou muito mais poderoso depois do contato com a Força de Aceleração.

Por fim, mas não menos importante, vemos Zoom concretizando seu plano de trazer meta-humanos da Terra-2 para dominar a Terra-1. Eu sabia que viriam alguns, mas a quantidade mostrada ao final do episódio foi absurda. Vão precisar de três Ligas da Justiça para dar conta daquilo tudo...

Ainda assim, o episódio conseguiu ser incrível, mesmo sendo mais parado do que o normal. Agora ficamos só na torcida para que Barry tenha capacidade de lutar com tudo que vem pela frente nos dois últimos capítulos da temporada!