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[Review] Supergirl 1x09/10/11 - Blood Bonds/Childish Things/Strange Visitor From Another Planet


Os últimos três episódios de Supergirl parecem ter pouca coisa em comum quando analisamos os vilões enfrentados pela heroína, mas eles possuem um tema em comum muito importante: o passado. Desde o retorno no começo do ano, o que vimos foram três histórias diferentes que serviram para nos dar mais detalhes sobre o que aconteceu com alguns dos personagens antes do começo da série e como esse passado pode voltar para atormentá-los.

O passado de Krypton, apresentado no episódio que menos gostei entre esses três, é muito mais complexo do que esperávamos e a relação entre Kara e sua tia se mostrou também mais complexa do que havia sido mostrado. Até aqui estava tudo mal explicado: ela amava a tia quando era jovem e depois, quando se reencontram pela primeira vez, muito rapidamente está disposta a lutar contra sua parente, acreditando que ela não passa de um inimigo cruel. A profundidade desse relacionamento não tinha sido bem explorada até aqui, e por mais que a relação entre elas - e todo esse plot dos criminosos da dimensão fantasma - tenha cara de novela mexicana, penso que esse elemento extra adicionado no novo episódio seja muito positivo.

Saindo de Krypton e indo para National City o que vimos foi uma reviravolta muito interessante. Até agora, o Winn, na minha opinião, não passava de uma versão masculina e mais sem graça da Felicity, mas em Childish Things vemos o personagem tendo destaque pela primeira vez, e o resultado foi muito positivo. A ideia de fazer dele filho do Toyman não só foi muito boa como também muito bem executada. As interações entre ele e o pai foram bem escritas e trouxeram à tona um lado ainda não explorado do (até então) melhor amigo da Kara. Espero que ele volte ainda mais perigoso nas próximas temporadas, porque o Toyman é, sem dúvida nenhuma, um vilão que vale a pena ser mais explorado.

Já no mais recente dos episódios, a história contada foi a de J'onn J'onzz e uma coisa é inegável: esse foi o melhor dos três exatamente por explorar a história do marciano. Fazendo uma referência ao nazismo na Segunda Guerra Mundial, a história de marte não só é extremamente triste, mas também justifica a relutância do diretor do DEO em usar seus poderes. A cena em que ele conta o que aconteceu com sua família foi uma das melhores do ator David Harewood até aqui, o que é muito bom levando em conta que sua atuação no começo da série era apenas genérica e sem muitos pontos positivos. Outra coisa interessante foi a possibilidade de uma invasão dos marcianos brancos. Imaginem que incrível seria se o confronto final da temporada fosse contra uma invasão de marcianos? Com certeza seria um evento grandioso.

Mas não foi somente no enredo principal que o passado foi tema, e em Strange Visitor From Another Planet a volta do filho mais velho de Cat também foi bem interessante de se acompanhar. A personagem é uma das melhores da série. Ver seu lado mais vulnerável é muito interessante. E ainda temos um bônus aqui: quem assistia Glee e shippava a Marley com o Ryder agora tem outra chance de ser feliz. Eu, pessoalmente, não gostava desse casal na outra série e acho que o Winn não deveria ser esquecido tão rápido aqui. Mas fazer o que, né?


Outro ponto interessante, esse presente nos episódios nove e dez, foi a identidade da Supergirl. Os roteiristas não parecem saber lidar muito bem com esse tema e isso me incomoda um pouco. Eu tinha adorado o fato de que a Cat sabia a identidade secreta da Kara. E por mais que a forma como mudaram isso tenha sido engraçada, o fato é que eu não creio que esse tenha sido o melhor caminho, principalmente porque imagino que as interações entre chefe e funcionária ficariam ainda mais interessantes daqui pra frente. Mas o que mais me incomodou foi a forma como Maxwell Lord descobriu a relação entre a Supergirl e a Alex. Ele é brilhante e isso aconteceria, mas podiam ter executado de uma forma que não fizesse a Alex parecer tão descuidada. O resultado dessa revelação provavelmente será bom, mas a forma como chegaram a isso deixou um pouco a desejar.

Esses três episódios foram muito completos. Eles trataram de pontas soltas, exploraram bem alguns personagens e criaram ótimas possibilidades de enredo. Supergirl tem a qualidade necessária para ser renovada, mas também apresenta espaço para melhoras, e espero que minhas expectativas sobre o restante da temporada sejam alcançadas.

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