[Crítica] Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme

Criada por Charles Schulz em 1950, a tirinha de jornal Peanuts se tornou uma das mais populares do mundo, graças ao incrível carisma de personagens como o tristonho garoto Charlie Brown e seu beagle Snoopy. Chega agora os cinemas brasileiros Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme, uma bela homenagem à obra de Schulz com uma encantadora história que traz todas as características amadas pelo publico nas tiras de jornal.

Nesta animação dirigida por Steve Martino (A Era do Gelo 4) acompanhamos Charlie Brown e sua tentativa de conquistar a garota ruivinha, enquanto Snoopy tem que lidar com seu inimigo, o Barão Vermelho. O roteiro é muito simples e o filme vai contando uma série de eventos, quase despreocupado em apresentar uma única história. A impressão que dá é a de estarmos lendo várias tirinhas em sequência. O roteiro não esquece das características principais de algumas personagens, como Lucy e seus conselhos psiquiátricos, Schroeder e seu piano, Linus com seu cobertor e seus conselhos, entre outros.

Para quem não é fã, o filme pode não ser tão envolvente, pois a história perde o foco algumas vezes. A força de Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme está na nostalgia, e pode aumentar a curiosidade do público infantil para ler as tirinhas após o fim da sessão. Os efeitos em 3D são bacanas, mas não indispensáveis. A animação concorreu ao Globo de Ouro 2016, mas ficou de fora do Oscar, o que é até compreensível tamanha a despretensão desta obra em comparação a outras como Divertida Mente e O Bom Dinossauro. 

Enfim, Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme é um longa em animação para toda a família. É difícil não se identificar com Charlie Brown e seus dramas, mas a história tem uma mensagem muito positiva, ideal para um filme infantil. Para quem já é fã, vai encontrar momentos de nostalgia pura com o carisma inigualável de Peanuts. Uma bela homenagem à obra e algo diferente do que estamos acostumados a ver em animações de grandes estúdios hoje em dia.