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[Crítica] Missão: Impossível - Nação Secreta

O filme do verão!


O filme do verão!

A cena inicial de Missão: Impossível - Nação Secreta dá um pequeno aperitivo do que virá nas próximas duas horas. E, de cara, mostra Tom Cruise, aos 53 anos e no auge de sua forma física, agarrado a um avião em plena decolagem para delírio de quem está na sala de cinema e para a loucura de seus colegas em cena, afinal, não é todo dia que um ator do calibre de Cruise se propõe a fazer cenas com alto nível de periculosidade, mas isso já se tornou corriqueiro nas produções que o envolvem.

O longa dirigido por Christopher McQuarrie, com quem o ator trabalhou em Jack Reacher - O Último Tiro, é uma grata surpresa em um ano dominado por continuações e franquias que voltaram aos cinemas, vide Mad Max e Jurassic World. O filme tem a dose certa de ação desenfreada e absurda sem insultar a inteligência do espectador. Somado a isso, temos o carisma de seu protagonista, um time de coadjuvantes que funcionam de maneira bem azeitada e uma boa pitada de humor.

Na trama do filme, após o insucesso de uma missão da IMF, Alex Hunley (Alec Baldwin), um figurão da CIA, consegue dissolver a agência encabeçada por Ethan Hunt (Cruise), que se torna suspeita mais a atrapalhar o país do que efetivamente solucionar problemas. E para evitar que Hunt se torne o inimigo Nº 1 dos EUA, William Brandt (Jeremy Renner) aceita ficar ao lado de Hunley, enquanto Ethan conduz sua própria investigação para expor o "Sindicato", uma organização misteriosa ligada a terroristas e a chefes de estado e que estaria por trás de diversos crimes.

A personificação do "Sindicato" está em seu líder, o meticuloso e frio Solomon Lane (Sean Harris), que parece sempre estar um passo à frente de Ethan e sua equipe. Essa frieza cria no espectador em vários momentos da projeção a real sensação de que ninguém está a salvo. Aliada a Lane está a misteriosa Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), que em todo tempo joga dos dois lados e nos deixa confusos sobre a sua real posição nesse tabuleiro.

Ferguson, aliás, junto com Simon Pegg, que dá vida ao hacker Benji, são os grandes destaques da projeção. Ela por criar uma aura questionável em suas atitudes, ao qual não se sabe onde está a sua lealdade, além disso ela mostra que está no mesmo nível de Hunt. Já ele é o alívio cômico no meio de tanta loucura e funciona como os olhos do espectador para entender toda a trama que permeia o filme, e também são hilárias e funcionam muito bem as cenas com Cruise e Pegg.

Em tempos de esgotamento de ideias e formatos, Missão: Impossível - Nação Secreta dá novo fôlego à franquia, que já tem o sexto filme confirmado para 2017, e mostra que é possível divertir sem emburrecer.

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