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[Crítica] Hitman: Agente 47


Após o malfadado filme do Quarteto Fantástico dirigido por Josh Trank, Hitman: Agente 47 é a segunda tentativa desnecessária de reboot da FOX que vai por água abaixo (em menos de um mês!!!). O filme de ação baseado no famoso videogame homônimo tenta bravamente dar novo fôlego à saga do Agente 47, trazida pela primeira vez em 2007 com o ator Timothy Olyphant (o Raylan de Justified) no papel principal. No entanto, o que era para ser uma produção ambiciosa acaba se revelando um longa previsível e penoso.

Criado para ser uma máquina de matar sem medo ou remorso, o Agente 47 (Rupert Friend) recebe a missão de localizar Katia van Dees (Hannah Ware), uma moça com poder de ver o futuro que também está sendo procurada por uma corporação liderada por Le Clerq (Thomas Kretschmann), que está interessada em sua misteriosa e obscura ligação com o Dr. Litvenko (Ciarán Hinds), criador do programa que treinou o Agente 47 desde a infância. No caminho de Katia, surge John Smith (Zachary Quinto), um cândido protetor que acaba se revelando um lobo em pele de cordeiro. Agora, cabe a Katia e 47 se unirem para localizarem o Dr. Litvenko antes de seus perseguidores.

Em seu primeiro longa-metragem, o diretor Aleksander Bach aposta no espetáculo para compensar o fraco roteiro escrito por Skip Woods (que roteirizou o Hitman de 2007) e Michael Finch. Porém, nem mesmo sua condução consegue salvar o filme. As sequências de ação são tão pretensiosas que o filme parece acreditar que são momentos impressionantes, quando não o são. Além disso, as cenas dramáticas não são eficientes em produzir o efeito necessário. Não se consegue estabelecer uma conexão emocional quando Katia encontra o seu pai, ou nos ocasionais momentos em que 47 parece expor alguma fragilidade. Situações que necessitam da empatia do espectador são resolvidas com extrema rapidez, e isso acaba por prejudicar o longa.

Ainda que Rupert Friend represente bem a frieza do calculista Agente 47 e Hannah Ware faça um bom trabalho ao investir no medo e na ansiedade de sua personagem, suas atuações não são fortes o suficiente para melhorar o que já nasceu danificado. E pior do que acompanhar o inútil esforço dos protagonistas é sermos obrigados a ver atores como Zachary Quinto, Ciarán Hinds e Thomas Kretschmann sendo impiedosamente desperdiçados. O antagonista interpretado por Quinto não é ameaçador a ponto de temermos pelas vidas de 47 e de Katia; Hinds, apesar de competente no papel do Dr. Litvenko, pouco tem a fazer com o material que lhe foi dado; e o vilão burocrata de Kretschmann é entediante em demasia por ser tão... burocrático.

Como já se previa pelos trailers, seria melhor se a FOX nem se movesse para produzir mais um reboot descartável. Apostaram alto ao entregar um produto já conhecido do grande público nas mãos de realizadores inexpressivos achando que resultaria em bilheteria certa. Muito provavelmente, pagarão um preço muito caro por isso. A cena pós-créditos de Hitman: Agente 47 sugere o início de uma longeva franquia. Acho que não, hein?

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