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[Review] Arrow 3x01 - The Calm


Depois de longos meses de espera, Arrow volta para a televisão surpreendendo aqueles que achavam que a série já tinha nos surpreendido de todas as maneiras possíveis. A série sobre o Arqueiro Verde é, entre as que atualmente estão no ar, minha favorita e esse episódio mostrou exatamente o porquê.

Deixando para o fim os momentos tristes do episódio, vamos começar com as boas notícias: Roy está fantástico como parceiro do Oliver. Não sei que tipo de treinamento o fez ficar tão bom em tão pouco tempo, mas jamais questionaria algo tão trivial levando em conta o resultado. Ver os arqueiros lutando juntos logo no começo do episódio não só deu o tom para o episódio inteiro como já fez com que eu, e provavelmente todos os fãs da série ou dos quadrinhos, ficassem com um sorriso no rosto. O uniforme ficou incrível, a ação foi tão boa como sempre e a química entre eles funciona. Não existe motivo para reclamação.

Outra coisa que gostei foi a mudança na personalidade do Oliver. Os eventos ao longo do episódio de fato afetaram sua maneira de pensar e, muito provavelmente, o tão esperado Olicity não vai acontecer, mas ver um Oliver sorridente e feliz (mesmo que por pouco) é muito interessante, levando em conta o quanto a personagem é séria e sem tantas expressões. Diggle também entrou nessa onda de felicidade, e agora que é pai sua função no time com certeza será diferente. Aliás, que cena linda o encontro do team Arrow na maternidade.

Todos esses fatores foram bons, é verdade, mas o que mais me fez gostar desse episódio foi a sua enorme inteligência. Nós já estamos acostumados com as relações entre os flashbacks e as ações no presente e com o quanto elas são bem sincronizadas, mas essa foi a primeira vez (que eu me lembro, é claro) que um único episódio conseguiu, ao longo do seu enredo, transmitir dois temas de igual importância. Estou me referindo à necessidade de escolha (um homem não pode ter dois nomes) e ao conceito de legado. Começando pelo primeiro: os flashbacks e a história que se passa em Starling City tiveram esse tema em comum, tudo feito para mostrar ao telespectador, e ao próprio Oliver, que ele não pode ter duas vidas diferentes sem que uma prejudique a outra. Eu, sinceramente, acho que seria bom ignorar essa ideia para podermos ver um relacionamento entre o ex-bilionário e Felicity, mas ao mesmo tempo a forma como esse tema foi tratado se mostrou muito bem feita.

Entretanto, é o outro conceito que, na minha opinião, acabou brilhando mais do que todo o resto. A ideia de legado, quando um herói passa seu manto para outro, é algo muito comum nos quadrinhos e nesse começo da terceira temporada nós vimos isso pela primeira vez em Arrow. A “passagem da jaqueta” entre Sara e Laurel no final da última temporada foi algo muito mais simbólico do que o que vimos neste episódio. Em The Calm essa ideia ficou brutalmente clara. Mas começando pelos exemplos menores: um novo Conde Vertigo foi o vilão do episódio e, apesar da sua idade, sua habilidade de combate era muito maior que a do seu predecessor. Mas se ele serviu para alguma coisa, foi para deixar esse tema claro por meio de suas palavras no momento em que Oliver o capturou: “Sempre haverá um Vertigo, alguém para usar o manto”. Se isso é verdade para o vilão, também funciona para Oliver e Roy e, principalmente, para as irmãs Lance.

No primeiro parágrafo eu falei que Arrow mostrou que ainda pode surpreender, e a morte da Sara é um bom exemplo. Não que ela fosse totalmente inesperada, mas a maneira como aconteceu foi bem chocante. E admito, nunca achei que fosse chorar vendo Arrow, mas foi impossível não ficar triste vendo uma das personagens que eu mais gostava caindo de um prédio. Mas passado o choque, fica a repercussão do fato: quem matou a Canário? O quanto isso vai influenciar nas decisões de Oliver e o enredo da série? (especialmente nos primeiros episódios). Se já sabíamos que Laurel usaria o manto, agora já sabemos o porquê. O nome de Canário Negro, que Sara nunca usou, agora também tem uma explicação: o luto pela irmã.

É realmente incrível: no mesmo episódio em que somos apresentados a um Oliver mais descontraído, a cena final chega e coloca um tom extremamente dramático na série novamente. E tudo isso acabou ficando extremamente fluído, sem parecer que tudo foi fácil demais ou que alguns eventos foram desnecessários, o que contribuiu ainda mais para a qualidade do episódio.

Se antes de voltar do hiato a série estava com a obrigação de manter o nível da temporada anterior, acho que já é seguro afirmar que essa terceira temporada está com muitas chances de superar a anterior. Com muito para ser contado tanto no presente quanto nos flashbacks e com personagens novos muito promissores, Arrow pode fazer (ainda mais) história no que se refere às adaptações dos quadrinhos.
 
Obs.: Não comentei nada sobre a aparição do Ray Palmer para não acabar fazendo uma review gigantesca, mas falarei mais sobre ele em suas próximas aparições. Por enquanto, achei que a personagem está ótima.

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