[Review] The Strain 1x10/11 - Loved Ones/The Third Rail
Sem saída .
http://siteloggado.blogspot.com/2014/09/review-strain-1x1011-loved-onesthe.html
Sem saída.
The
Strain às vezes erra feio na condução de alguns episódios porém, quando
acerta, o negócio corre em grande estilo. Loved
Ones e The Third Rail trazem mais
pontos positivos do que as horas anteriores, justo por não se levarem tão a
sério. Desta forma, eles conseguem imprimir uma urgência pontual no
desenvolvimento dos plots centrais de
suas respectivas histórias. Sim, concordo que a série chegou num ponto em que a
convergência dos diversos núcleos já deveria ser mais evidente, mas se levarmos
em conta que a praga strigoi é o fio
condutor de toda a trama, ainda há justificativas para esta aparente falta de
foco.
O destino de Kelly Goodweather, por
exemplo, é o centro do excelente Loved
Ones. O que para alguns não precisava de tanto enfoque (é, eu sei que muita
gente preferia ver mais do tal BOPE vampiro), se mostrou mais necessário e
desesperador do que a transformação de alguns sobreviventes do voo Regis Air no
começo da temporada. Teoricamente, Kelly deveria estar tão livre de perigo quanto
o team Setrakian, portanto, ao vermos
a esposa de Eph ser infectada e passar pelos estágios brutais do vampirismo strigoi – a cena do primeiro ataque na
casa de Diane foi aterradora –, a sensação de vulnerabilidade dos protagonistas
é a primeira que desponta nas nossas reações.
Enquanto Kelly sofre, Vasiliy e
Dutch protagonizam uma missão bem burra no prédio de Eldritch Palmer.
Sinceramente, eu não pude deixar de rir da falta de lógica que foi levar a hacker para a Stoneheart quando ela
visivelmente seria reconhecida assim que pisasse os pés na corporação. A sorte
foi que Fitzwilliam, o chefe da segurança de Palmer, também acredita que os
propósitos de Eichorst levaram o caos até Nova York e dá uma segunda chance
para os invasores.
Com um aliado surpresa, com Kelly
sendo recepcionada pelo próprio Mestre – tenho certeza que ela será uma strigoi suprema como Eichorst
– e com o team Setrakian se preparando
para um ataque definitivo ao covil da criatura, Loved Ones foi um belo prólogo para a reta final desse primeiro ano
de The Strain. A prova maior desta
afirmativa? A tensa viagem aos túneis do metrô no empolgante The Third Rail.
A tensão foi garantida com Setrakian
e Vasiliy comandando a expedição ao ninho do Mestre. Quem conhece o trabalho de
Guillermo Del Toro sabe que ele é
fascinado pelos labirintos de túneis criados pelas redes de transporte
subterrâneo (Hellboy e Mutação têm cenas-chave nesses ambientes)
e é visível o cuidado na condução das sequências em questão em The Third Rail. O momento onde Eph,
Nora, Vasiliy e Setrakian têm de atravessar um buraco na parede sob um ataque dos
strigoi é surreal de tão bom. O que fica
devendo, no entanto, é a cartunesca caracterização do Mestre e confesso que eu
ainda estou deveras incomodado com a pobreza da maquiagem.
Fora dali, Zach e Gus protagonizam
outros encontros com a praga vampira, sendo o destino da família do mexicano a
única cena digna de nota. Sim, eu continuo achando que Zach é bem menos chato
que as crianças das produções do gênero, mas seria ainda mais legal se chegasse
um momento em que Setrakian passasse a treinar e contar mais sobre tudo o que
está acontecendo para o garoto, isto se Eph deixar, claro.
Faltando apenas um episódio para season finale, o saldo positivo de The Strain é mais relevante do que
todos os seus erros. Os sobreviventes no momento se encontram sem saída e
perderam o Mestre de vista mais uma vez, resta saber se o criador da infestação
lançará uma ofensiva mais direta contra o team
Setrakian agora que descobriu que está mesmo sendo caçado.
P.S.:
Os ataques dos strigoi melhoraram
bastante nesses dois episódios e isto é muito bom.
P.S.2:
Dois episódios sem Eichorst né? O alemão já tá fazendo falta.
P.S.3:
Cada vez mais sou fã do Vasiliy! O personagem é menos sério que o do livro,
mas ele tirando sarro da cara do Eph sempre rende bons momentos.