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[First Look] Red Band Society 1x01 - Pilot

" Sorte não é conseguir o que você quer. É sobreviver ao que você não quer. "


"Sorte não é conseguir o que você quer. É sobreviver ao que você não quer."

Dramédias são aquelas séries que você não sabe se ri, se chora ou se faz os dois ao mesmo tempo, olhando para a sua tela e sentindo uma desolação do tamanho do mundo. É um sentimento estranho, e muito raro de ser encontrando, mas o piloto de Red Band Society conseguiu fazer isso. Talvez seja por seu enredo, levemente inclinado como uma série médica, que leva a essa caracterização mais ‘triste’: um grupo de jovens internados na ala pediátrica de um hospital que convivem com seus problemas e frustrações, enquanto o narrador principal da série, Charlie, está em coma, e vê tudo de uma outra perspectiva.

Além de Charlie, no piloto somos apresentados aos outros personagens da Sociedade Vermelha; Jordi (Nolan Sotillo, Madison High), que dá entrada no hospital e irá perder uma perna por culpa do câncer, dividindo o quarto e a mesma história que Leo (Charlie Rowe, Neverland e A Bússola de Ouro). Dando entrada também no hospital, temos o alívio cômico, que é a líder de torcida pseudo-bitch Kara (Zoe Levin, O Verão da Minha Vida), admitida por problemas cardíacos e que vai direto para o final da fila para o transplante de coração, culpa das drogas. A fofa e anoréxica Emma (Ciara Bravo, Big Time Rush), que não deixa de ser inteligente com tiradas maravilhosas e sarcásticas, e para completar, Dash (Astro, The X Factor), o papel-esponja que fica sugando atenção dos outros.

Se não fosse um grupo principal carismático, sentiríamos falta de elementos, mas eles se completam, o que leva o elenco adulto da série apenas ser um plus nas ótimas aquisições: Enfermeira Jackson (Octavia Spencer, The Help) e seu modo durão de ficar em cima dos moleques, junto com o dedicado médico Jack McAndrew (Dave Annable, 666 Park Avenue ) e a inocente enfermeira Brittany (Rebecca Rittenhouse). Mas o shock value do piloto vem de dois personagens: o guitarrista voluntário, Nick (Thomas Ian Nicholas, American Pie), que descobrimos ser pai de Charlie e tem um cena muito tocante com Kara, nos deixando questionando o que aconteceu com seu relacionamento com o filho. E Ruben (Griffin Dunne, House of Lies), um velho hipocondríaco milionário que ao morrer irá deixar toda sua fortuna para o hospital. 

No emaranhado de tantos personagens, Red Band Society desenvolve bem o piloto e, até o momento de entrega das pulseiras vermelhas, mantém um ritmo bem calmo, mas sem deixar de se manter interessante. Os olhos ficaram marejados em inúmeras cenas, e com certeza faz você refletir que essa não é uma história sobre câncer, doença ou hospitais. É diferente. Tem um toque a mais de drama e solidariedade, abordando não só a doença desses garotos, mas suas relações, as descobertas entre si.

Cenas como a “Festa de despedida da perna do Jordi” ou Kara enchendo a cara de Charlie de pizza, fazem você sorrir de um modo triste, como se o sentimento por trás daquele sorriso fosse culpa. O sentimento está muito forte e muito presente e promete ser algo constante em Red Band Society. Ou seja, se você deseja acrescentar essa série na sua watchlist para esta Fall Season, acrescente muitos lenços em sua lista de compras. Creio que todos precisaremos.

P.S.: Red Band Society é derivada de uma série catalã chamada Polseres Vermelles, que eu não tive a oportunidade de conferir ainda.

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