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[Review] True Blood 7x10 - Thank You (Series Finale)

Sobre a vida, o amor, e mais algumas coisas.


Sobre a vida, o amor, e mais algumas coisas.

Meu sentimento sobre este episódio final ainda não está muito claro, mas a sensação após a última hora de True Blood é boa. Despeço-me da série com uma sensação agradável, sabendo que essa história e esses personagens farão falta, mas deixarão uma boa lembrança em minha mente, e só por isso a série já merece elogios pelos rumos que levaram a sua conclusão. Porém, antes de refletir sobre esse episódio e sobre a série em si, é necessário começar pelo mais importante: os momentos finais entre Sookie Stackhouse e Bill Compton.

Eu sempre fui fã desse casal, e fico feliz que o foco desta Series Finale tenha sido eles. Por mais que você possa não gostar de Bill, é necessário admitir que ele sempre foi o vampiro nº 1 na vida de Sookie. Sendo o grande amor da vida dela, acima de Eric e Alcide. Bill também amava Sookie, então por isso pediu que ela o matasse usando seus poderes e assim acabaria se livrando do assédio de futuros vampiros sobre si. Sookie não conseguiu fazer isso, não pode abdicar de quem era de verdade, mesmo assim matou Bill na maneira clássica. E matá-lo foi a maior prova de amor que ela poderia ter feito por ele, aceitando assim o destino que o vampiro escolheu pensando nele, mas também em Sookie. Dessa forma, tivemos uma melancólica e forte cena de despedida, que mistura sentimentos de beleza e tristeza. Coube a Sookie matar quem amava para que pudesse seguir em frente e viver a vida. O fim de Bill também significou o fim do assédio da morte na vida da fada, os anos passaram e as coisas se tornaram melhores para ela.

Essa decisão do roteiro torna toda a temporada coerente na proposta que fez. Apesar da morte de Bill, a ideia sempre foi valorizar a vida (encontrar a foto com a filha em seu caixão reforça essa ideia), foi isso que convenceu o vampiro a aceitar seu fim, e foi isso também que ditou os outros eventos do episódio. O casamento de Hoyt e Jessica (True Blood se inspirando em novelas e colocando um casamento em seu último capítulo? Nunca saberemos, mas não é impossível) foi uma grande celebração da vida, e também do amor à vida. "Amor é amor", disse Andy na sua melhor fala em toda a série, resumindo bem o que de fato é importante. "Viva cada dia como se fosse o último", disse Jason ao seu amigo Hoyt, reconquistando a amizade do mesmo e novamente colocando a filosofia que a série quis passar em foco. Jason encontrou em Brigette quem sempre procurou, e esse casal de última hora acabou dando muito certo. O pessoal de Bon Temps ganhou um desfecho alegre.

O casamento também reforçou os valores sobre família presentes em Bill, que assim conseguiu casar sua cria Jessica como nunca pode fazer com sua filha. Sookie pode ler os pensamentos do vampiro no momento em que ele foi mas humano, e isto também favoreceu na sua decisão de matá-lo, Bill sentia por Sookie exatamente o que Sookie esperava dele, e ela pode saber disso antes do fim. Enfim, essa longa cena do casamento proporcionou passar quase todas as mensagens que a série queria. Não tivemos um episódio de ação, e sim um totalmente emotivo, segundo a tendência dos últimos episódios.

Destaco a cena entre Sookie e o pastor, onde ela decide ter uma vida normal. Tivemos tempo para uma reflexão espiritual, onde fica claro que as decisões que tomamos sempre estão por nossa conta. Sookie teve consciência disso, o que justificou suas ações no episódio. Sua última cena mostra que ela conseguiu seguir em frente e fazer o Bill queria, um final feliz, não só para ela, mas também para seus amigos. Enquanto Sarah enlouqueceu e não tem nada pelo que agradecer, Sookie tem muito o que agradecer. A vida, enfim, sorriu para ela após a perda de Bill, que dessa forma se tornou um marco que determinou o fim da tristeza, como bem coloca a música do Led Zeppelin, que encerrou o episódio.

No final das contas True Blood era sobre isso. Valorizar o simples, o cotidiano, os bons momentos da vida. É incrível pensar que a série mais maluca e bizarra, cheia de criaturas mágicas e histórias excêntricas, termine passando uma simples mensagem como essa. Mas que apesar de simples, é bem forte e faz sentido, não havia por que esperar outra coisa. Por isso a mensagem positiva deixa uma sensação agradável e a morte de Bill não é de se lamentar. A série ficará na minha memória com um bom sentimento, e para mim isso que importa. Se a temporada foi das melhores ou não, é assunto para outro post. Mas o fim teve cara de fim.

Claro que não poderia encerrar este review sem falar de Eric, um dos meus personagens favoritos sim, mesmo sendo contrário ao casal que ele já formou com Sookie. O vampiro fez de tudo nesse episódio e garantiu as partes mais divertidas. Detonou Gus, o líder da corporação, literalmente. "Humanos são lentos", as frases icônicas de Eric sobre a humanidade também deixarão saudades. Salvou Sookie mais uma vez (aquela cena no carro com os capangas mortos já deve ter virado GIF), lançou o New Blood sozinho e enriqueceu. Continuará sua vida no Fangtasia junto com Pam, que também teve seus momentos épicos ao rejeitar Sarah e torná-la fonte de lucro. O fim dos dois foi bem ao estilo deles. Eric e Pam transbordam carisma e poderiam ter um spin-off só deles.

Considerações Finais

O marido de Sookie nem mostrou seu rosto, um claro sinal que os roteiristas mandaram para dizer que, ao fim de tudo, não era com quem Sookie ficaria que importava. A questão era outra, bem diferente.

- Se a série diz Thank You ao se despedir, eu também quero aproveitar a oportunidade para agradecer todos que acompanharam as minhas reviews aqui no LoGGado. A série termina, mas eu logo volto com Homeland e The Walking Dead. Espero que tenham gostado dos textos e também do final de True Blood. Até a próxima!

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