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[Review] The Strain 1x05 - Runaways

Nossa última esperança.


Nossa última esperança.

Sem mais delongas, The Strain engrenou de verdade no episódio dessa semana e Runaways pode sim ser considerado o melhor momento da série desde o piloto. O reencontro de Eph e Setrakian na casa dos Arnot redefiniu toda a visão que o chefe do Projeto Canário tinha da doença liberada pelo voo Regis Air, além de nos revelar diversas peças importantes no minucioso jogo orquestrado pelo tal Mestre que remota do passado sombrio de Setrakian nos campos de concentração da Polônia. Em meio a todas as revelações, continuamos acompanhando os três “sobreviventes” e suas ações que, mesmo soando cíclicas demais, acabam por fechar o quadro que nossos heróis vêm tentando ou vão passar a combater a partir de agora.

Os flashbacks que revelaram como Setrakian conheceu o Mestre, era algo que eu esperava muito. Eu me arrepiei de verdade com todas as cenas em questão, pois elas pareciam ter saído da minha imaginação tal qual eu pensei quando li os livros. Ainda teremos outros momentos do passado do velho judeu durante a temporada e a forma emblemática como essa primeira leva de sequências foi inserida, já deixa um gostinho de quero mais. Setrakian também esclareceu detalhes como a vulnerabilidade dos monstros à prata, a forma de identifica-los e até mesmo a sua denominação: strigoi. A química entre ele e Eph foi outro ponto que saltou aos olhos e a relação mestre/discípulo promete muito, vide a conversa divertida sobre como Eph conseguiu o seu carro.

O destino de Ansel e Ann-Marie não foi dos melhores, mas também nenhum dos “sortudos” remanescentes do voo Regis Air pode dizer que está passando por dias mais calmos. Bolívar fez duas vítimas, e não fosse a babá da advogada Joan Luss, a mulher também teria dado cabo dos próprios filhos. Gostei que o roteiro foi prático em esclarecer a necessidade de sobreviventes após o ataque do Mestre ao avião. O mesmo se aplica a explicação dada aos diferentes estados de latência da praga vampírica, relacionados magistralmente às respostas diversificadas que nós mesmos temos frente a um resfriado.

Nora também ganhou espaço para o seu drama familiar e aos poucos vai ficando claro que a série quer que nos identifiquemos com o porquê de cada personagem ter suas ressalvas diante do que está acontecendo, para só depois jogá-los no meio do caos gerado pelos strigoi. Esse é um dos principais trunfos da obra original, e mesmo que ainda seja empregado de forma burocrática pela série, eu confesso que até aqui não me incomodou muito. Por exemplo, Vasiliy se portar como um esquemático, porém simpático trabalhador do departamento anti-pragas da cidade, ao passo que é um dos primeiros a encontrar a nova ameaça nos túneis de Nova York, agrada pelo senso de convergência dramática do roteiro.

E é sob a linha de convergências que a primeira tentativa de Eph em alertar o CDC e o descrente Everett Barnes se volta contra o nosso pragmático herói. Setrakian bem que avisou e agora Eph percebe que a luta contra a praga liberada pelo Mestre vai ter que continuar nas escuras. Resta saber quanto tempo eles ainda têm, pois o misterioso e alardeado eclipse está chegando e com certeza deve ter parte nos planos do monstro.

P.S.: E a internet sabotada por Eldritch Palmer realmente tinha um motivo sombrio. Desinformação simples e pura, meus caros.

P.S.2: Espero que os ataques, como o que aconteceu no asilo, sejam noticiados de alguma forma, afinal tivemos muitas testemunhas ali.

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