[Review] The Strain 1x05 - Runaways
Nossa última esperança.
http://siteloggado.blogspot.com/2014/08/review-strain-1x05-runaways.html
Sem mais delongas, The Strain engrenou de verdade no
episódio dessa semana e Runaways pode
sim ser considerado o melhor momento da série desde o piloto. O reencontro de
Eph e Setrakian na casa dos Arnot redefiniu toda a visão que o chefe do Projeto
Canário tinha da doença liberada pelo voo Regis Air, além de nos revelar diversas
peças importantes no minucioso jogo orquestrado pelo tal Mestre que remota do
passado sombrio de Setrakian nos campos de concentração da Polônia. Em meio a
todas as revelações, continuamos acompanhando os três “sobreviventes” e suas
ações que, mesmo soando cíclicas demais, acabam por fechar o quadro que nossos
heróis vêm tentando ou vão passar a combater a partir de agora.
Os flashbacks que revelaram como Setrakian conheceu o Mestre, era algo
que eu esperava muito. Eu me arrepiei de verdade com todas as cenas em questão,
pois elas pareciam ter saído da minha imaginação tal qual eu pensei quando li
os livros. Ainda teremos outros momentos do passado do velho judeu durante a
temporada e a forma emblemática como essa primeira leva de sequências foi
inserida, já deixa um gostinho de quero mais. Setrakian também esclareceu
detalhes como a vulnerabilidade dos monstros à prata, a forma de identifica-los
e até mesmo a sua denominação: strigoi.
A química entre ele e Eph foi outro ponto que saltou aos olhos e a relação
mestre/discípulo promete muito, vide a conversa divertida sobre como Eph conseguiu
o seu carro.
O destino de Ansel e Ann-Marie não
foi dos melhores, mas também nenhum dos “sortudos” remanescentes do voo Regis
Air pode dizer que está passando por dias mais calmos. Bolívar fez duas vítimas, e não fosse a babá da advogada Joan Luss, a mulher também teria dado cabo dos
próprios filhos. Gostei que o roteiro foi prático em esclarecer a necessidade de
sobreviventes após o ataque do Mestre ao avião. O mesmo se aplica a explicação
dada aos diferentes estados de latência da praga vampírica, relacionados
magistralmente às respostas diversificadas que nós mesmos temos frente a um
resfriado.
Nora também ganhou espaço para o seu
drama familiar e aos poucos vai ficando claro que a série quer que nos identifiquemos
com o porquê de cada personagem ter suas ressalvas diante do que está
acontecendo, para só depois jogá-los no meio do caos gerado pelos strigoi. Esse é um dos principais
trunfos da obra original, e mesmo que ainda seja empregado de forma burocrática
pela série, eu confesso que até aqui não me incomodou muito. Por exemplo, Vasiliy
se portar como um esquemático, porém simpático trabalhador do departamento anti-pragas
da cidade, ao passo que é um dos primeiros a encontrar a nova ameaça nos túneis de
Nova York, agrada pelo senso de convergência dramática do roteiro.
E é sob a linha de convergências que
a primeira tentativa de Eph em alertar o CDC e o descrente Everett Barnes se
volta contra o nosso pragmático herói. Setrakian bem que avisou e agora Eph
percebe que a luta contra a praga liberada pelo Mestre vai ter que continuar
nas escuras. Resta saber quanto tempo eles ainda têm, pois o misterioso e
alardeado eclipse está chegando e com certeza deve ter parte nos planos do
monstro.
P.S.:
E a internet sabotada por Eldritch Palmer realmente tinha um motivo
sombrio. Desinformação simples e pura, meus caros.
P.S.2:
Espero que os ataques, como o que aconteceu no asilo, sejam noticiados de
alguma forma, afinal tivemos muitas testemunhas ali.