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[Review] Game of Thrones 4x03 - Breaker of Chains

Sabedoria e poder.


Sabedoria e poder.

Depois de um bombástico episódio logo no início da temporada, Game of Thrones segue ainda mais pomposa e sem medo de seguir adiante com sua história, entregando uma hora que se não opta por sequências de “tirar o fôlego” – os trocadilhos estão liberados –, tampouco faz feio ao mostrar mais uma vez a belíssima e bem estruturada divisão de núcleos vista na estreia. Claro, Porto Real ainda é o centro das atenções com personagens como Tywin e Oberyn protagonizando os melhores diálogos, só que desta vez a jovem Targaryen não se deixa por baixo ao lançar um ultimato um tanto quanto conceitual em plenos portões de outra poderosa cidade escravista.

Depois do assustador, porém merecido fim de Joffrey, é Tyrion quem leva a culpa. Era a acusação mais óbvia e as ameaças que o duende já havia feito para Cersei o põe numa situação nenhum pouco auspiciosa. Da sequência inicial, a fuga de Sansa e Sor Dontos é o maior destaque e encheu nossos olhos com os sempre bem-vindos planos que mostram a imponente capital de Westeros. O encontro com Mindinho no navio também foi sensacional. A frieza e a malícia com a qual ele mata o bobo da corte e a posterior explicação dada para Sansa sobre as verdades veladas daquela cidade, servem para nos alertar que no universo de Game of Thrones o verbo “confiar” é o mais inútil de todos.

Ainda em Porto Real, a primeira aula de história que Tywin dá para o agora Rei Tommem foi simplesmente hipnotizante. Não sei o que do ator Charles Dance impressiona mais, se é a entonação que ele dá para Tywin ou se é a austera presença de tela que o senhor impõe. Só sei que o discurso sobre as qualidades de um rei está ente uma das melhores coisas da temporada até aqui. A boba polêmica que a outra cena no Septo de Baelor gerou, normalmente não mereceria mais destaque do que a preocupação de Sam com a jovem Gilly, mas já que este é um dos assuntos da semana eu falarei só um pouco sobre ele. Não, não houve estupro. Cersei usou da sua principal “arma” para conseguir o que queria e o erro dela, na verdade, foi ter beijado Jaime justo ali do lado do corpo de Joffrey. Eu sei que ela recusou a investida do irmão, mas revendo a cena dá para perceber que a real intenção dela era outra. Se mais tarde a leoa for cobrar um favor a Jaime – como matar Tyrion, por exemplo – veremos um pouco mais do que significa “os fins justificam os meios” para Cersei.

Estou gostando de ver que finalmente resolveram dar uma mexida no núcleo de Jon Snow. As cenas na Patrulha da Noite com um clima de tensão crescente agora empolgam e o ataque dos Selvagens a uma vila próxima de Castelo Negro continua a dar o tom do que os patrulheiros terão de enfrentar logo logo. Arya e o Cão também continuam sua jornada e por mais que a sensação de que estamos vendo um esquete filler ocorra vez ou outra, não escondo para vocês que é sempre bom ver personagens bem desenvolvidos ganharem espaço. O embate final entre o antigo guarda-costas de Joffrey e a jovem Stark mostra bem isso.

Se Stannis fosse minimamente esperto, ele ouviria os conselhos de Davos, que no fim das contas é a Mão do Rei só no nome mesmo. Gostei bem mais de como Pedra do Dragão foi inserida no episódio e também não deixei de notar que Davos, assim como o Cão, mencionou os mercenários das Cidades Livres. Um falando da Companhia Dourada e o outro dos Segundos Filhos. Quem voltou a ser referenciado também foi o Banco de Ferro de Braavos, e acho que até o fim da temporada faremos uma visita à terra do querido Syrio Forel, o treinador de Arya lá da primeira temporada.

Já entenderam como o mundo funciona aos olhos de Oberyn Martell? Pois bem, isso sempre esteve claro para mim desde que li A Tormenta de Espadas com o Tyrion tentando zoar o Víbora Vermelha. Agora que Oberyn já deixou claro quem ele é, podemos aplaudir a conversa entre ele e Tywin. Dois articuladores inteligentes e mais propensos a deixar as diferenças de lado para garantir o poder de Westeros do que apostar em antigas rixas. Gostei que Tywin também revelou o quão Dorne é importante para os Sete Reinos ao mencionar sua resistência à chegada dos Targaryen antes da unificação. Acho que o papa Lannister deveria ser um professor da história de Westeros.

“Uau!”. Essa foi minha reação ao ficar de frente aos portões de Meereen. Obrigado HBO, obrigado pelo espetáculo visual. Dito isto, a nova empreitada da Mãe dos Dragões foi simplesmente arrebatadora. A direção de Alex Graves em toda a sequência que mostra Daario – não sei o que foi, porém gostei mais do novo ator aqui – enfrentando o campeão de Meereen e o momento em que Daenerys se impõe no alto valiriano, foi tão arrepiante quanto outa conhecida cena da jovem, também comandada por Graves. A chuva de correntes diante dos escravos traz o conceito humanista e libertador que Daenerys vem pregando desde que conheceu os horrores de Astapor e a julgar por mais essa demonstração de poder, eu não poderia estar mais ansioso para o novo capítulo desse épico.

P.S.: Margaery com status de viúva negra agora. Coitada da moça.

P.S. 2: De partir o coração a cena entre Tyrion e Podrick. Peter Dinklage sabe mesmo como nos deixar sem palavras.

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